Al Gore na escola
Um leitor ouviu esta manhã, às 8 horas, na Antena 1, uma notícia que durou alguns minutos sobre erros grosseiros encontrados no “An inconvenient truth” de Al Gore. Diz também que este estaria próximo de receber um Prémio Nobel da Paz.
O governo do Reino Unido decidiu enviar o documentário de Al Gore para as escolas mostrarem aos alunos. Essa decisão provocou várias contestações. Algumas chegaram aos tribunais.
O camionista Stewart Dimmock, que se diz membro do New Party, também apresentou uma queixa em tribunal. Este deu-lhe razão parcial. Dimmock considerou o documentário como uma “brainwashing”.
O tribunal começou por criticar o despacho governamental que foi enviado às escolas para obrigar à exibição do documentário. Considerou que o despacho da Secretaria de Estado da Educação era mera propaganda política.
O tribunal considerou existirem pelo menos 11 erros graves no documentário. A BBC fala em apenas nove erros. O acusador diz que são mais. Registam-se a seguir 11 erros apontados pelo tribunal do Reino Unido:
- O documentário apresenta a retracção das neves do Kilimanjaro como prova do “global warming”. O expert do governo foi forçado a reconhecer que é uma afirmação errada. Deve-se, sim, à diminuição da precipitação e à modificação da envolvente do Monte. [Pode-se acrescentar que o equador meteorológico vertical se deslocou para Sul diminuindo a precipitação];
- Al Gore afirmou que o recuo de mantos de gelo dos glaciares prova que o aumento da concentração do CO2 promove o aumento da temperatura. O tribunal considerou provado que existe uma desfasagem de 800 a 2000 anos entre o crescimento da temperatura (causa) e o aumento da concentração do CO2 atmosférico (efeito), tal como se induz dos registos de 650 mil anos.
- O documentário apresenta de modo dramático os efeitos do Katrina e sugere que este foi causado pelo “global warming”. O expert do governo aceitou que “that it was not possible to attribute one-off events to global warming”.
- Al Gore afirma que a seca do Lago Chade foi devida ao “global warming”. O expert do governo aceitou que não era o caso.
- O documentário mostra que um estudo indica o próximo futuro desaparecimento dos ursos polares. De facto, o expert acha que Al Gore interpretou mal (?) o estudo que aponta apenas para 4 ursos desaparecidos numa tempestade violenta.
- O documentário ameaça com a paragem da corrente termohalina que conduziria a Europa para uma era de gelo. Foi provado em tribunal que esta hipótese representa uma impossibilidade científica.
- Al Gore fala na extinção de múltiplas espécies incluindo corais. O representante governamental não foi capaz de provar estas afirmações.
- O documentário sugere que o nível dos oceanos subiria até 7 metros provocando o deslocamento de milhões de pessoas. De facto, a hipotética subida poderia atingir apenas 40 centímetros nos próximos 100 anos sem ameaçar a imigração maciça de pessoas, conforme o expert.
- O documentário afirma que a subida do nível do mar já provocou a evacuação de habitantes de ilhas do Pacífico perto da Nova Zelândia. O expert do governo não foi capaz de provar esta afirmação. O tribunal considerou mesmo que se trata de uma afirmação falsa.
- Al Gore sugere que a fusão dos mantos de gelo da Gronelândia provocaria neste século uma subida catastrófica dos níveis do mar. O representante governamental afirmou que apenas daqui a um milénio é que tal poderia acontecer.
- O documentário sugere que o Antárctico tem os mantos de gelo a desaparecer. O expert governamental reconheceu que, pelo contrário, os mantos estão a aumentar de volume.
O tribunal considerou ainda que a passagem do documentário nas escolas deve ser antecedida das seguintes observações:
1) É um documento político que promove apenas os argumentos de um dos lados sobre o “global warming”;
2) Foram detectadas onze imprecisões que devem ser indicadas aos estudantes;
3) Se os professores não acatarem esta determinação incorrem numa violação do artigo 406 do “Education Act 1996” e seriam culpados de doutrinação política.
P.S. – Foi publicada a Acta do julgamento. Considera nove erros. Os últimos dois apresentados no post – que se baseia numa descrição, mais viva, feita pelo “claimant” Stewart Dimmock – estão contidos no 1º erro da Acta. Confirma-se que Stuart Dimmock é camionista de truks (TIR) e pertence à comissão de pais da escola dos seus dois filhos.
O governo do Reino Unido decidiu enviar o documentário de Al Gore para as escolas mostrarem aos alunos. Essa decisão provocou várias contestações. Algumas chegaram aos tribunais.
O camionista Stewart Dimmock, que se diz membro do New Party, também apresentou uma queixa em tribunal. Este deu-lhe razão parcial. Dimmock considerou o documentário como uma “brainwashing”.
O tribunal começou por criticar o despacho governamental que foi enviado às escolas para obrigar à exibição do documentário. Considerou que o despacho da Secretaria de Estado da Educação era mera propaganda política.
O tribunal considerou existirem pelo menos 11 erros graves no documentário. A BBC fala em apenas nove erros. O acusador diz que são mais. Registam-se a seguir 11 erros apontados pelo tribunal do Reino Unido:
- O documentário apresenta a retracção das neves do Kilimanjaro como prova do “global warming”. O expert do governo foi forçado a reconhecer que é uma afirmação errada. Deve-se, sim, à diminuição da precipitação e à modificação da envolvente do Monte. [Pode-se acrescentar que o equador meteorológico vertical se deslocou para Sul diminuindo a precipitação];
- Al Gore afirmou que o recuo de mantos de gelo dos glaciares prova que o aumento da concentração do CO2 promove o aumento da temperatura. O tribunal considerou provado que existe uma desfasagem de 800 a 2000 anos entre o crescimento da temperatura (causa) e o aumento da concentração do CO2 atmosférico (efeito), tal como se induz dos registos de 650 mil anos.
- O documentário apresenta de modo dramático os efeitos do Katrina e sugere que este foi causado pelo “global warming”. O expert do governo aceitou que “that it was not possible to attribute one-off events to global warming”.
- Al Gore afirma que a seca do Lago Chade foi devida ao “global warming”. O expert do governo aceitou que não era o caso.
- O documentário mostra que um estudo indica o próximo futuro desaparecimento dos ursos polares. De facto, o expert acha que Al Gore interpretou mal (?) o estudo que aponta apenas para 4 ursos desaparecidos numa tempestade violenta.
- O documentário ameaça com a paragem da corrente termohalina que conduziria a Europa para uma era de gelo. Foi provado em tribunal que esta hipótese representa uma impossibilidade científica.
- Al Gore fala na extinção de múltiplas espécies incluindo corais. O representante governamental não foi capaz de provar estas afirmações.
- O documentário sugere que o nível dos oceanos subiria até 7 metros provocando o deslocamento de milhões de pessoas. De facto, a hipotética subida poderia atingir apenas 40 centímetros nos próximos 100 anos sem ameaçar a imigração maciça de pessoas, conforme o expert.
- O documentário afirma que a subida do nível do mar já provocou a evacuação de habitantes de ilhas do Pacífico perto da Nova Zelândia. O expert do governo não foi capaz de provar esta afirmação. O tribunal considerou mesmo que se trata de uma afirmação falsa.
- Al Gore sugere que a fusão dos mantos de gelo da Gronelândia provocaria neste século uma subida catastrófica dos níveis do mar. O representante governamental afirmou que apenas daqui a um milénio é que tal poderia acontecer.
- O documentário sugere que o Antárctico tem os mantos de gelo a desaparecer. O expert governamental reconheceu que, pelo contrário, os mantos estão a aumentar de volume.
O tribunal considerou ainda que a passagem do documentário nas escolas deve ser antecedida das seguintes observações:
1) É um documento político que promove apenas os argumentos de um dos lados sobre o “global warming”;
2) Foram detectadas onze imprecisões que devem ser indicadas aos estudantes;
3) Se os professores não acatarem esta determinação incorrem numa violação do artigo 406 do “Education Act 1996” e seriam culpados de doutrinação política.
P.S. – Foi publicada a Acta do julgamento. Considera nove erros. Os últimos dois apresentados no post – que se baseia numa descrição, mais viva, feita pelo “claimant” Stewart Dimmock – estão contidos no 1º erro da Acta. Confirma-se que Stuart Dimmock é camionista de truks (TIR) e pertence à comissão de pais da escola dos seus dois filhos.
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