Ciência sem consciência
Retornemos ao Prof. Bob Carter. No “The Myth of Dangerous Human-Caused climate change”, o capítulo “IS THERE A CONSENSUS?” contém um prólogo de Michael Crichton.
«Sejamos claros: o desenvolvimento da ciência não tem nada a ver com consensos. O consenso é um assunto dos políticos. A ciência, pelo contrário, requer somente um investigador que, para estar seguro, precisa de possuir resultados verificáveis no mundo real. Em ciência o consenso é irrelevante. O que é relevante é a reprodução dos resultados. Os maiores cientistas da história da ciência foram notáveis precisamente porque romperam o consenso…» – escreveu Michael Crichton.
Como diz o Prof. Carter, seria difícil descrever uma ideia mais exacta acerca do modo como funciona a ciência do que esta sucinta de Michael Crinchton (médico, escritor, com opinião ouvida pelo Congresso dos EUA).
Ninguém diz que existe consenso quando se afirma “o Sol nascerá amanhã”. Pelo contrário, continua Carter, quem diz “o Sol nascerá amanhã” baseia-se num resultado empírico. É um fenómeno previsto pelas teorias de Copérnico e de Newton.
Assim, a afirmação “há um consenso de que ocorrerá o perigo do aquecimento global” transmite uma ideia sociológica sem significado científico. As pessoas, as organizações e os governos que propagam esta ideia perfilham uma agenda política.
Carter realça que o proclamado ‘consenso’ transmitido aos decisores políticos pelo IPCC corresponde à faceta política desta organização. É uma afirmação sem sentido que o IPCC transmite igualmente aos media para estes passarem para a opinião pública.
Segundo ele, as críticas dos racionalistas centram-se na manipulação do IPCC sobre o perigo do aquecimento global causado pelo Homem. Este argumento falacioso sobressai nos Relatórios de Avaliação, quinquenais, desde o Primeiro ao Quarto.
Significativamente, o mais recente – Fourth Assessment Report (4AR), de 2007 – foi fortemente criticado mesmo pelos apoiantes do aquecimento global. Até, publicamente, alguns revisores que trabalharam para o IPCC denunciaram as distorções do 4AR.
David Wasdell no artigo “Political Corruption of the IPCC Report?” denuncia os burocratas do IPCC que, durante a redacção final do 4AR, removeram indicações que maximizavam os riscos. Foram substituídas por outras que os minimizavam.
Nesse artigo, David Wasdell, um revisor oficial do IPCC, escreve que, na versão publicada, foram feitas “alterações espantosas (relativamente ao draft final do Relatório completo) impostas pelos representantes governamentais durante a fase da redacção final”.
Foram estes burocratas (que dizem, sem vacilar, fazer parte de milhares de cientistas que colaboram com o IPCC) que votaram o relatório onde se afirma – sem a mínima probidade intelectual – que “é de 90 % a probabilidade de o homem ser o culpado”.
Já se viu como se realizam as votações que fazem parte desta metodologia pouco digna (para a Ciência) das Probabilidades à la Carte.
Como muito bem diz o Prof. Bob Carter, não interessa considerar se a interferência dos burocratas resultou no exagero ou não dos riscos; o que se deve salientar é que o dito “consenso” é político e não científico.
É ciência sem consciência, como diria Edgar Morin.
P.S. Foi corrigida a redacção do parágrafo "David Wasdell ... minimizavam os riscos. Foram substituídas pelo catastrofismo do aquecimento global". Ficou "David Wasdell ... maximizavam os riscos. Foram substituídas por outras que os minimizam". Na redacção anterior constava uma ideia contrária a esta. Um leitor, a quem se agradece, chamou a atenção para o erro.
«Sejamos claros: o desenvolvimento da ciência não tem nada a ver com consensos. O consenso é um assunto dos políticos. A ciência, pelo contrário, requer somente um investigador que, para estar seguro, precisa de possuir resultados verificáveis no mundo real. Em ciência o consenso é irrelevante. O que é relevante é a reprodução dos resultados. Os maiores cientistas da história da ciência foram notáveis precisamente porque romperam o consenso…» – escreveu Michael Crichton.
Como diz o Prof. Carter, seria difícil descrever uma ideia mais exacta acerca do modo como funciona a ciência do que esta sucinta de Michael Crinchton (médico, escritor, com opinião ouvida pelo Congresso dos EUA).
Ninguém diz que existe consenso quando se afirma “o Sol nascerá amanhã”. Pelo contrário, continua Carter, quem diz “o Sol nascerá amanhã” baseia-se num resultado empírico. É um fenómeno previsto pelas teorias de Copérnico e de Newton.
Assim, a afirmação “há um consenso de que ocorrerá o perigo do aquecimento global” transmite uma ideia sociológica sem significado científico. As pessoas, as organizações e os governos que propagam esta ideia perfilham uma agenda política.
Carter realça que o proclamado ‘consenso’ transmitido aos decisores políticos pelo IPCC corresponde à faceta política desta organização. É uma afirmação sem sentido que o IPCC transmite igualmente aos media para estes passarem para a opinião pública.
Segundo ele, as críticas dos racionalistas centram-se na manipulação do IPCC sobre o perigo do aquecimento global causado pelo Homem. Este argumento falacioso sobressai nos Relatórios de Avaliação, quinquenais, desde o Primeiro ao Quarto.
Significativamente, o mais recente – Fourth Assessment Report (4AR), de 2007 – foi fortemente criticado mesmo pelos apoiantes do aquecimento global. Até, publicamente, alguns revisores que trabalharam para o IPCC denunciaram as distorções do 4AR.
David Wasdell no artigo “Political Corruption of the IPCC Report?” denuncia os burocratas do IPCC que, durante a redacção final do 4AR, removeram indicações que maximizavam os riscos. Foram substituídas por outras que os minimizavam.
Nesse artigo, David Wasdell, um revisor oficial do IPCC, escreve que, na versão publicada, foram feitas “alterações espantosas (relativamente ao draft final do Relatório completo) impostas pelos representantes governamentais durante a fase da redacção final”.
Foram estes burocratas (que dizem, sem vacilar, fazer parte de milhares de cientistas que colaboram com o IPCC) que votaram o relatório onde se afirma – sem a mínima probidade intelectual – que “é de 90 % a probabilidade de o homem ser o culpado”.
Já se viu como se realizam as votações que fazem parte desta metodologia pouco digna (para a Ciência) das Probabilidades à la Carte.
Como muito bem diz o Prof. Bob Carter, não interessa considerar se a interferência dos burocratas resultou no exagero ou não dos riscos; o que se deve salientar é que o dito “consenso” é político e não científico.
É ciência sem consciência, como diria Edgar Morin.
P.S. Foi corrigida a redacção do parágrafo "David Wasdell ... minimizavam os riscos. Foram substituídas pelo catastrofismo do aquecimento global". Ficou "David Wasdell ... maximizavam os riscos. Foram substituídas por outras que os minimizam". Na redacção anterior constava uma ideia contrária a esta. Um leitor, a quem se agradece, chamou a atenção para o erro.
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