quinta-feira, janeiro 25, 2007

Trocas meridionais (0)

Marcel Leroux
Prof. Jubilado da Universidade Jean Moulin, Lyon, França
Laboratório de Climatologia de Lyon (Centre National de la Recherche Scientifique)

(Simpósio de Estocolmo, 11-12 de Setembro de 2006, trad. Rui G. Moura)

A meteorologia - climatologia vive presentemente uma situação paradoxal. Por um lado, como toda a gente sabe, são necessários longos e penosos anos de estudo para se conseguir dominar esta matéria.

Mas, por outro lado, na discussão de todos os tópicos relacionados com meteorologia - climatologia, a explicação é sempre a mesma: o responsável por todos os fenómenos é o famoso efeito de estufa (EE) e, especialmente, o CO2!

- Se o par EE/CO2 cresce, então …[diz-se que – nota do tradutor] a temperatura (T) aumenta, …as ondas de calor (dog days) aumentam…a temperatura dos pólos alcança o mais elevado aumento…

- Se EE/CO2 + T cresce, então …[diz-se que] a precipitação (P) aumenta, …o número de tempestades e de ciclones aumenta…

Estamos perante uma climatologia primária. Resumidamente, [diz-se que] os mantos de gelo fundem…o nível do mar sobe…tudo cresce cada vez pior…e, embora as observações nada provem, o par EE/CO2 tornou-se na panaceia – na chave – dos fenómenos meteorológicos e climáticos.

Com uma teoria “científica” tão simplificada, quase seria desnecessário fazer a pergunta fundamental: - Perante estas afirmações “teóricas” qual é a realidade observada? Confirmam-se estas fantasias?

(continua)