Bronca em Estocolmo: alterado o clima no anfiteatro
Bert Bolin – primeiro director do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) – a meio da segunda sessão do simpósio, pediu a palavra e declarou: «Tudo o que os senhores dizem está errado. Eu é que estou certo. Vou-me embora». Subiu pelo anfiteatro em direcção à saída.
Entretanto, um dos participantes, Richard S Courtney, ex-colaborador do IPCC, levantou-se e disse: «O sr. tem o direito de dizer que estamos errados. Mas tem o dever de explicar porque estamos errados».
Bert Bolin regressou ao seu lugar e afirmou: «Aquilo que está certo encontra-se nas mais de 600 páginas editadas pelo IPCC». Mas não explicou quais teriam sido os erros dos críticos do IPCC.
Entretanto, outro participante, Hans Jelbring, levantou-se e acrescentou: «Mas é exactamente para provar que essas 600 páginas contêm erros graves que nós nos reunimos hoje em Estocolmo para explicar quais são».
Bert Bolin levantou-se e abandonou definitivamente a sala. A cena completa foi filmada pela Channel Four do Reino Unido. Ingleses vão apreciá-la. A afirmação de que todos estavam errados foi feita mesmo após alguns «warmers» terem apresentado as suas comunicações.
O burburinho provocado na sala resultava do desagrado sentido por todos, pró e contra-IPCC. Verdade se diga que os restantes «warmers» se mantiveram firmes e participaram activamente na continuação dos trabalhos.
Recorda-se que no segundo relatório de avaliação do IPCC, em 1995, foi introduzida, à socapa, a famosa frase da culpabilidade humana: «O conjunto de provas sugere uma influência humana discernível sobre o clima global».
No corpo do texto, o IPCC insistia ainda sobre a fraqueza do sinal, difícil de se distinguir no seio da variabilidade natural. Salientavam-se as incertezas que subsistiam para diferentes factores.
Frederick Seitz, antigo presidente da Academia das Ciências dos EUA, protestou contra a inclusão no último momento daquela frase acima citada.
Ao mesmo tempo que acrescentou esta frase, Benjamin D. Santer, autor principal do capítulo 8 do relatório do IPCC, no último momento apagou, sem avisar ninguém, frases clamando prudência.
Foram apagadas, por exemplo, estas palavras: «Nenhum dos estudos referidos atrás apresenta provas claras para que se possa atribuir as variações [climáticas] observadas à causa específica do aumento [das emissões] dos gases com efeito de estufa».
Ou ainda: «Nenhum estudo atribuiu no todo ou em parte [esta alteração climática] a causas antropogénicas». Steitz afirmou que, o apagamento à última hora das afirmações foi o caso mais grave de violação da deontologia científica que teve conhecimento na sua carreira científica.
Mas Bert Bolin, o presidente do IPCC da altura, defendeu Santer e afirmou que as modificações introduzidas não tinham por finalidade senão «produzir a melhor avaliação possível da ciência da maneira mais clara».
De qualquer modo, já era tarde demais e o génio havia saído da garrafa: o homem era declarado culpado das alterações climáticas! A frasezinha acrescentada por Ben Santer no resumo executivo do relatório do IPCC deu a volta ao mundo mediático.
E tão pouco foi retirada do relatório seguinte, o terceiro. Pelo contrário, neste último, publicado em 2001, foi introduzida (de novo à última hora, após aprovação por parte de todos os membros) o famoso “hockey stick”.
Por sinal, um dos autores que desmascarou a impostura do “hockey stick”, Steven MacEntyre, estava presente na sala do Real Instituto de Tecnologia, de Estocolmo. Falou quase a seguir. A página de McEntyre faz um relato do simpósio de Estocolmo.
Entretanto, um dos participantes, Richard S Courtney, ex-colaborador do IPCC, levantou-se e disse: «O sr. tem o direito de dizer que estamos errados. Mas tem o dever de explicar porque estamos errados».
Bert Bolin regressou ao seu lugar e afirmou: «Aquilo que está certo encontra-se nas mais de 600 páginas editadas pelo IPCC». Mas não explicou quais teriam sido os erros dos críticos do IPCC.
Entretanto, outro participante, Hans Jelbring, levantou-se e acrescentou: «Mas é exactamente para provar que essas 600 páginas contêm erros graves que nós nos reunimos hoje em Estocolmo para explicar quais são».
Bert Bolin levantou-se e abandonou definitivamente a sala. A cena completa foi filmada pela Channel Four do Reino Unido. Ingleses vão apreciá-la. A afirmação de que todos estavam errados foi feita mesmo após alguns «warmers» terem apresentado as suas comunicações.
O burburinho provocado na sala resultava do desagrado sentido por todos, pró e contra-IPCC. Verdade se diga que os restantes «warmers» se mantiveram firmes e participaram activamente na continuação dos trabalhos.
Recorda-se que no segundo relatório de avaliação do IPCC, em 1995, foi introduzida, à socapa, a famosa frase da culpabilidade humana: «O conjunto de provas sugere uma influência humana discernível sobre o clima global».
No corpo do texto, o IPCC insistia ainda sobre a fraqueza do sinal, difícil de se distinguir no seio da variabilidade natural. Salientavam-se as incertezas que subsistiam para diferentes factores.
Frederick Seitz, antigo presidente da Academia das Ciências dos EUA, protestou contra a inclusão no último momento daquela frase acima citada.
Ao mesmo tempo que acrescentou esta frase, Benjamin D. Santer, autor principal do capítulo 8 do relatório do IPCC, no último momento apagou, sem avisar ninguém, frases clamando prudência.
Foram apagadas, por exemplo, estas palavras: «Nenhum dos estudos referidos atrás apresenta provas claras para que se possa atribuir as variações [climáticas] observadas à causa específica do aumento [das emissões] dos gases com efeito de estufa».
Ou ainda: «Nenhum estudo atribuiu no todo ou em parte [esta alteração climática] a causas antropogénicas». Steitz afirmou que, o apagamento à última hora das afirmações foi o caso mais grave de violação da deontologia científica que teve conhecimento na sua carreira científica.
Mas Bert Bolin, o presidente do IPCC da altura, defendeu Santer e afirmou que as modificações introduzidas não tinham por finalidade senão «produzir a melhor avaliação possível da ciência da maneira mais clara».
De qualquer modo, já era tarde demais e o génio havia saído da garrafa: o homem era declarado culpado das alterações climáticas! A frasezinha acrescentada por Ben Santer no resumo executivo do relatório do IPCC deu a volta ao mundo mediático.
E tão pouco foi retirada do relatório seguinte, o terceiro. Pelo contrário, neste último, publicado em 2001, foi introduzida (de novo à última hora, após aprovação por parte de todos os membros) o famoso “hockey stick”.
Por sinal, um dos autores que desmascarou a impostura do “hockey stick”, Steven MacEntyre, estava presente na sala do Real Instituto de Tecnologia, de Estocolmo. Falou quase a seguir. A página de McEntyre faz um relato do simpósio de Estocolmo.
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