Campo de ventos
Viu-se anteriormente que a passagem de um ou mais anticiclones móveis polares provoca o estabelecimento de um campo de pressões. Como exemplo, foi invocado o caso da última queda de neve sobre Lisboa (Vd. Fig. 39).
Já se abordou anteriormente o afastamento do ar do substrato das trajectórias do deslocamento de um AMP mal saem do seu berço. Verificou-se que esse ar era aquecido e se dirigia para a região polar de onde partira o AMP (Vd. Fig. 49).
Vejamos agora, com mais pormenor, como a passagem de um ou mais AMP estabelece, além do campo de pressões, simultaneamente, um campo de ventos. O mesmo exemplo pode servir para analisarmos esta questão.
São especialmente importantes os fluxos de ar quente que se dirigirem para os pólos como se encontram registados na Fig. 50 – Fluxos de ar quente desviado.
A figura em questão representa um exemplo genérico do espaço Atlântico Norte. Mas aplica-se ao que aconteceu no dia 29 de Janeiro próximo passado. Na falta de uma figura real, que se procurou obter sem resultado, aquela serve para o efeito.
No dia 24 de Fevereiro de 2006, realizou-se, no Centro de Geofísica da Universidade de Évora, um Seminário intitulado «Neve em Évora – Análise Sinóptica». O editor do Mitos Climáticos foi convidado para esta importante iniciativa.
O convite partiu do Prof. Doutor João Corte Real, decano da Climatologia em Portugal. O seu prestígio ultrapassa as fronteiras do País. O Prof. Corte Real fez uma exposição aprofundada sobre o fenómeno meteorológico observado em Janeiro deste ano.
A sua comunicação foi acompanhada pela presentação de diapositivos sobre a evolução de variáveis meteorológicas (pressões, temperaturas, ventos, humidade, etc.) do dia da queda de neve em Évora, com começo às zero horas.
Começou pela projecção de uma imagem em movimento de um anticiclone móvel polar perfeitamente visível! Seguiram-se várias imagens com campos de pressões atmosféricas a várias altitudes (referidas em hectopascais) para diferentes horas.
Impressionou a apresentação de um intensíssimo fluxo de vento quente desviado em direcção ao Pólo Norte. O fenómeno era muito semelhante ao representado na Fig. 50, embora nesta figura apareça apenas o deslocamento de um AMP.
No caso de um conjunto de AMP, como aconteceu em 29 de Janeiro, também se detecta um desvio de ar quente violento entre dois AMP contíguos. Este fenómeno tem a particularidade de provocar uma ascensão com um efeito Venturi (aceleração no interior de um escoamento com constrição).
Estes fluxos de ar quente desviados pelos AMP estão representados na figura em análise por meio de linhas curvas interrompidas dirigidas para a região boreal. Vão afectar os mantos de gelo, não só os superiores mas também os dos mares e de algumas orlas costeiras.
Já se abordou anteriormente o afastamento do ar do substrato das trajectórias do deslocamento de um AMP mal saem do seu berço. Verificou-se que esse ar era aquecido e se dirigia para a região polar de onde partira o AMP (Vd. Fig. 49).
Vejamos agora, com mais pormenor, como a passagem de um ou mais AMP estabelece, além do campo de pressões, simultaneamente, um campo de ventos. O mesmo exemplo pode servir para analisarmos esta questão.
São especialmente importantes os fluxos de ar quente que se dirigirem para os pólos como se encontram registados na Fig. 50 – Fluxos de ar quente desviado.
A figura em questão representa um exemplo genérico do espaço Atlântico Norte. Mas aplica-se ao que aconteceu no dia 29 de Janeiro próximo passado. Na falta de uma figura real, que se procurou obter sem resultado, aquela serve para o efeito.
No dia 24 de Fevereiro de 2006, realizou-se, no Centro de Geofísica da Universidade de Évora, um Seminário intitulado «Neve em Évora – Análise Sinóptica». O editor do Mitos Climáticos foi convidado para esta importante iniciativa.
O convite partiu do Prof. Doutor João Corte Real, decano da Climatologia em Portugal. O seu prestígio ultrapassa as fronteiras do País. O Prof. Corte Real fez uma exposição aprofundada sobre o fenómeno meteorológico observado em Janeiro deste ano.
A sua comunicação foi acompanhada pela presentação de diapositivos sobre a evolução de variáveis meteorológicas (pressões, temperaturas, ventos, humidade, etc.) do dia da queda de neve em Évora, com começo às zero horas.
Começou pela projecção de uma imagem em movimento de um anticiclone móvel polar perfeitamente visível! Seguiram-se várias imagens com campos de pressões atmosféricas a várias altitudes (referidas em hectopascais) para diferentes horas.
Impressionou a apresentação de um intensíssimo fluxo de vento quente desviado em direcção ao Pólo Norte. O fenómeno era muito semelhante ao representado na Fig. 50, embora nesta figura apareça apenas o deslocamento de um AMP.
No caso de um conjunto de AMP, como aconteceu em 29 de Janeiro, também se detecta um desvio de ar quente violento entre dois AMP contíguos. Este fenómeno tem a particularidade de provocar uma ascensão com um efeito Venturi (aceleração no interior de um escoamento com constrição).
Estes fluxos de ar quente desviados pelos AMP estão representados na figura em análise por meio de linhas curvas interrompidas dirigidas para a região boreal. Vão afectar os mantos de gelo, não só os superiores mas também os dos mares e de algumas orlas costeiras.
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