Dinâmica do Árctico (5)
Análises isoladas da “temperatura” podem fornecer imagens desfocadas e contraditórias da dinâmica de uma região como a do Árctico. Considere-se a Fig. 29 – Anomalias anuais da temperatura do ar superficial do Árctico (ºC).
Através dela, verifica-se que só recentemente apareceu um aumento pronunciado da “temperatura” média que tem significado físico pouco rigoroso. Desde 1920 até ao fim do Óptimo Climático Recente (1930-1960) esta medida da “temperatura” manteve-se praticamente estável.
Seguiu-se uma descida que se manteve também quase estável até 1990. Foi a partir de meados deste período (1960-1990) que se detectou uma actividade crescente e reforçada dos anticiclones polares.
No Árctico, até ao período de 1970-1980 as exportações de ar frio e as importações de ar quente mantiveram as “temperaturas” quase estáveis. A partir de 1980 a tendência de aumento da “temperatura” revela a intensificação da advecção de ar quente em direcção às áreas circundantes do Árctico.
Estamos apenas a falar de um “aquecimento” médio da periferia, de uma unidade aerológica mais alargada, onde chega o ar quente. Mas o estado do tempo pode apresentar contrastes com “temperaturas” locais a descer ou a subir.
A aceleração dos fluxos ciclónicos vindos do Sul só pode ter uma origem: - no aumento da frequência e da potência dos anticiclones móveis polares. Este fenómeno teve início com o arrefecimento do Árctico após o Óptimo Climático Recente.
O cálculo da “temperatura”, que aumentou durante o período 1980-2000, é apenas um artefacto para o uso indevido das médias. De facto, a “temperatura do Árctico” não tem significado físico no singular.
A “temperatura” não é homogénea na região. Pelo contrário, ela é bem diversificada. Daí que falar em “temperatura do Árctico” é arriscado pela heterogeneidade dessa variável climática.
O conceito de AMP concede lógica ao fenómeno descrito. O nascimento dos AMP está ligado ao défice térmico polar. A modificação da fecundidade, com um indiscutível aumento, só pode ser o resultado de um aumento deste défice.
Deste modo, no Árctico, como aliás no Antárctico, o aumento do défice térmico provoca um aumento das exportaçõe de ar frio das latitudes elevadas para as mais baixas.
A dinâmica acabada de analisar é fundamental não só para o Árctico mas também para todo o Hemisfério Norte. Ela confirma, nomeadamente, as evoluções das dimensões dos mares gelados. Em conclusão, tudo se deve às variações da energia cinética em jogo naquela região.
Se introduzirmos no raciocínio a perturbação do aumento contínuo das emissões do dióxido de carbono antropogénico a ser comparada com a evolução aos altos e baixos da “temperatura” média tiram-se conclusões patéticas.
Como se explica que as emissões deste gás tão difamado tenham crescido continuamente desde 1920 até 2000 e os acontecimentos no Árctico tenham sido tão diversos relativamente à “temperatura”?
Quem sabe explicar à luz da pseudo teoria do efeito de estufa antropogénico a evolução da Fig. 29: - primeiro um patamar de 1880 a 1920, depois um patamar superior de 1920 a 1960, seguido de um patamar inferior de 1960 a 1990?
Através dela, verifica-se que só recentemente apareceu um aumento pronunciado da “temperatura” média que tem significado físico pouco rigoroso. Desde 1920 até ao fim do Óptimo Climático Recente (1930-1960) esta medida da “temperatura” manteve-se praticamente estável.
Seguiu-se uma descida que se manteve também quase estável até 1990. Foi a partir de meados deste período (1960-1990) que se detectou uma actividade crescente e reforçada dos anticiclones polares.
No Árctico, até ao período de 1970-1980 as exportações de ar frio e as importações de ar quente mantiveram as “temperaturas” quase estáveis. A partir de 1980 a tendência de aumento da “temperatura” revela a intensificação da advecção de ar quente em direcção às áreas circundantes do Árctico.
Estamos apenas a falar de um “aquecimento” médio da periferia, de uma unidade aerológica mais alargada, onde chega o ar quente. Mas o estado do tempo pode apresentar contrastes com “temperaturas” locais a descer ou a subir.
A aceleração dos fluxos ciclónicos vindos do Sul só pode ter uma origem: - no aumento da frequência e da potência dos anticiclones móveis polares. Este fenómeno teve início com o arrefecimento do Árctico após o Óptimo Climático Recente.
O cálculo da “temperatura”, que aumentou durante o período 1980-2000, é apenas um artefacto para o uso indevido das médias. De facto, a “temperatura do Árctico” não tem significado físico no singular.
A “temperatura” não é homogénea na região. Pelo contrário, ela é bem diversificada. Daí que falar em “temperatura do Árctico” é arriscado pela heterogeneidade dessa variável climática.
O conceito de AMP concede lógica ao fenómeno descrito. O nascimento dos AMP está ligado ao défice térmico polar. A modificação da fecundidade, com um indiscutível aumento, só pode ser o resultado de um aumento deste défice.
Deste modo, no Árctico, como aliás no Antárctico, o aumento do défice térmico provoca um aumento das exportaçõe de ar frio das latitudes elevadas para as mais baixas.
A dinâmica acabada de analisar é fundamental não só para o Árctico mas também para todo o Hemisfério Norte. Ela confirma, nomeadamente, as evoluções das dimensões dos mares gelados. Em conclusão, tudo se deve às variações da energia cinética em jogo naquela região.
Se introduzirmos no raciocínio a perturbação do aumento contínuo das emissões do dióxido de carbono antropogénico a ser comparada com a evolução aos altos e baixos da “temperatura” média tiram-se conclusões patéticas.
Como se explica que as emissões deste gás tão difamado tenham crescido continuamente desde 1920 até 2000 e os acontecimentos no Árctico tenham sido tão diversos relativamente à “temperatura”?
Quem sabe explicar à luz da pseudo teoria do efeito de estufa antropogénico a evolução da Fig. 29: - primeiro um patamar de 1880 a 1920, depois um patamar superior de 1920 a 1960, seguido de um patamar inferior de 1960 a 1990?
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