Aplauso a um Prof.
No jornal PÚBLICO de ontem (2 DEZ 2005), na secção das «Cartas ao Director», apareceu uma muito interessante carta do prof. José Filipe dos Santos Oliveira que foi intitulada «Em defesa do ambiente» mas que devia ser «Em defesa da verdade».
O prof. catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, responde ao seu amigo Humberto Rosa, actual secretário de Estado do Ambiente, relativamente a uma entrevista que este deu recentemente ao PÚBLICO.
A oportunidade da entrevista estava relacionada com a abertura da COP 11 de Montreal. Embora o Prof. ainda esteja influenciado pela teoria falaciosa do efeito de estufa antropogénico, as suas considerações são muito pertinentes.
Se a mitigação da emissão de gases com efeito de estufa, em vez da adaptação a uma nova realidade climática que vem dos anos 70 do século passado, resolvesse algum problema climático, a estratégia perseguida está totalmente errada.
O que preocupa o Prof. Santos Oliveira não foi o tema da entrevista em si (a participação dos sectores dos transportes e dos edifícios na emissão antropogénica global de gases com efeito de estufa) mas a imprecisão dos alvos do secretário de Estado.
No fundo, o Prof. apresenta uma muito acertada alternativa a Quioto. O Protocolo, tal como se apresenta também no Programa Nacional para as Alterações Climáticas, tem por alvo quase exclusivo o abate das emissões de dióxido de carbono. Daí se ouvir falar no Mercado de Carbono que faz parte da ecologia do absurdo.
Ora, o prof. Santos Oliveira diz, com grande propriedade, que não se devia dar prioridade ao dióxido de carbono. A prioridade devia ser dirigida a outros GEE como o metano e as partículas.
Para isso, salienta que as emissões de GEE provenientes dos incêndios e do uso para a agricultura de solos sem aptidão agrícola são superiores aos dos transportes e do aquecimento dos edifícios.
Diz ele que estas são mais do dobro das restantes emissões (incluindo as industriais). Assim sendo, existe uma estratégia alternativa que é a de começar pelo ataque aos GEE que não-CO2.
Aliás, embora ele não o diga, a alternativa seria mais económica, de efeitos mais rápidos e não necessitaria de uma estrutura burocrática tão pesada como a existente. Nem necessitaria de tantos intermediários (brockers) no negócio do carbono.
A alternativa do Prof. da FCT é próxima da apresentada há muito pelo pai do aquecimento global no artigo «Global Warming in the 21st Century: An Alternative Scenario», by HANSEN, James E. et al.
Este artigo foi publicado no ano 2000 pelo Goddard Institute for Space Studies que pertence à NASA. A tese de James E. Hansen recorre ao seu próprio conceito de forçamento radiativo.
De facto, a soma dos valores dos forçamentos radiativos dos GEE não-CO2 é bem superior ao do dióxido de carbono. Além disso, a elasticidade de substituição de tecnologias com e sem CO2 é praticamente nula.
Por exemplo, a substituição dos transportes de passageiros tradicionais com tecnologias que emitem dióxido de carbono é possível por meio de bicicletas, triciclos e pernas que não emitem dióxido de carbono.
Outro aspecto da carta do Prof. muito interessante é de considerar que «…o senhor Secretário de Estado do Ambiente não é um fundamentalista ambiental, como disso sou testemunha, mas sim um especialista, entre muitos outros, que luta pela defesa do ambiente» (sic).
Esta demarcação entre fundamentalistas ambientais e especialistas do ambiente é crucial. Só faltou afirmar que o “dossier” do “global warming” está a ser conduzido pelos fundamentalistas ambientais a começar por alguns Ministros (fundamentalistas) do Ambiente.
Declaração: O autor do MITOS CLIMÁTICOS, que aplaude esta carta do prof. José Filipe dos Santos Oliveira, declara que não o conhece pessoalmente. O mesmo acontece relativamente ao secretário de Estado do Ambiente.
Aproveita também para declarar que o MITOS CLIMÁTICOS se situa estritamente numa zona de total neutralidade política. A colocação do debate científico no plano político está a conduzir a prejuízos gravíssimos para a humanidade.
O prof. catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, responde ao seu amigo Humberto Rosa, actual secretário de Estado do Ambiente, relativamente a uma entrevista que este deu recentemente ao PÚBLICO.
A oportunidade da entrevista estava relacionada com a abertura da COP 11 de Montreal. Embora o Prof. ainda esteja influenciado pela teoria falaciosa do efeito de estufa antropogénico, as suas considerações são muito pertinentes.
Se a mitigação da emissão de gases com efeito de estufa, em vez da adaptação a uma nova realidade climática que vem dos anos 70 do século passado, resolvesse algum problema climático, a estratégia perseguida está totalmente errada.
O que preocupa o Prof. Santos Oliveira não foi o tema da entrevista em si (a participação dos sectores dos transportes e dos edifícios na emissão antropogénica global de gases com efeito de estufa) mas a imprecisão dos alvos do secretário de Estado.
No fundo, o Prof. apresenta uma muito acertada alternativa a Quioto. O Protocolo, tal como se apresenta também no Programa Nacional para as Alterações Climáticas, tem por alvo quase exclusivo o abate das emissões de dióxido de carbono. Daí se ouvir falar no Mercado de Carbono que faz parte da ecologia do absurdo.
Ora, o prof. Santos Oliveira diz, com grande propriedade, que não se devia dar prioridade ao dióxido de carbono. A prioridade devia ser dirigida a outros GEE como o metano e as partículas.
Para isso, salienta que as emissões de GEE provenientes dos incêndios e do uso para a agricultura de solos sem aptidão agrícola são superiores aos dos transportes e do aquecimento dos edifícios.
Diz ele que estas são mais do dobro das restantes emissões (incluindo as industriais). Assim sendo, existe uma estratégia alternativa que é a de começar pelo ataque aos GEE que não-CO2.
Aliás, embora ele não o diga, a alternativa seria mais económica, de efeitos mais rápidos e não necessitaria de uma estrutura burocrática tão pesada como a existente. Nem necessitaria de tantos intermediários (brockers) no negócio do carbono.
A alternativa do Prof. da FCT é próxima da apresentada há muito pelo pai do aquecimento global no artigo «Global Warming in the 21st Century: An Alternative Scenario», by HANSEN, James E. et al.
Este artigo foi publicado no ano 2000 pelo Goddard Institute for Space Studies que pertence à NASA. A tese de James E. Hansen recorre ao seu próprio conceito de forçamento radiativo.
De facto, a soma dos valores dos forçamentos radiativos dos GEE não-CO2 é bem superior ao do dióxido de carbono. Além disso, a elasticidade de substituição de tecnologias com e sem CO2 é praticamente nula.
Por exemplo, a substituição dos transportes de passageiros tradicionais com tecnologias que emitem dióxido de carbono é possível por meio de bicicletas, triciclos e pernas que não emitem dióxido de carbono.
Outro aspecto da carta do Prof. muito interessante é de considerar que «…o senhor Secretário de Estado do Ambiente não é um fundamentalista ambiental, como disso sou testemunha, mas sim um especialista, entre muitos outros, que luta pela defesa do ambiente» (sic).
Esta demarcação entre fundamentalistas ambientais e especialistas do ambiente é crucial. Só faltou afirmar que o “dossier” do “global warming” está a ser conduzido pelos fundamentalistas ambientais a começar por alguns Ministros (fundamentalistas) do Ambiente.
Declaração: O autor do MITOS CLIMÁTICOS, que aplaude esta carta do prof. José Filipe dos Santos Oliveira, declara que não o conhece pessoalmente. O mesmo acontece relativamente ao secretário de Estado do Ambiente.
Aproveita também para declarar que o MITOS CLIMÁTICOS se situa estritamente numa zona de total neutralidade política. A colocação do debate científico no plano político está a conduzir a prejuízos gravíssimos para a humanidade.
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