Um stick de péssima qualidade
Mann et al. corrigiram, finalmente, os seus artigos em Junho de 2004 (no Journal of Geophysical Research), e em Julho de 2004 (na Nature), procurando ter em atenção todas as críticas e acusações de utilização de uma metodologia errada e de publicação de erros de cálculo.
Após descreverem os próprios erros, aqueles autores consideraram, surpreendentemente, que “nenhum dos erros encontrados afecta os resultados publicados anteriormente”! Persistindo nos seus erros, Mann et al. colocaram esta surpreendente dúvida: “Para que serve uma corrigenda se ela não corrige qualquer resultado final?”
McKitrik e McIntyre são categóricos ao dizer: “fizemos os cálculos e podemos afirmar categoricamente que esta [última] afirmação é falsa”. Os Mc afirmaram mesmo que a corrigenda editada por Mann et al. era “uma admissão clara por parte dos autores que a utilização da base de dados e os métodos utilizados eram inadequados”.
Depois de dez meses de protelamentos a revista Nature recusou-se a publicar um novo update/correction de McKitrik e McIntyre enviado para a revista em Novembro de 2003. Aparentemente, o comprimento do artigo foi o motivo invocado para impedir (bonita palavra para substituir a palavra censurar) a sua publicação!
Assim, a curva do ‘hockey stick’ que já conheceu melhores dias pode ser considerada uma peça pertencente à ‘junk science’. No entanto, esta saga também teve, nomeadamente para a opinião pública, a sua utilidade em mais do que um ponto de vista:
-- Representa bem o estado de espírito do IPCC em que o rigor científico e a credibilidade se apresentam muito ténues: esta organização preocupa-se mais na utilização de um aparente raciocínio científico para facilitar a sua própria propaganda.
-- Mostra como qualquer presidente diletante do IPCC pode dizer aos quatro ventos que “a temperatura da superfície terrestre neste século é claramente mais elevada do que em qualquer outro século dos últimos mil anos”! – magister dixit de Robert Watson, em Novembro de 2000, numa Conferência do IPCC realizada em Haia.
-- Salienta como alguns ‘cientistas’ gostam de ganhar notoriedade, mostrando-se originais, para captar a simpatia de certos sponsors de modo a obterem benefícios próprios ou beneficiarem determinados grupos de interesses.
-- Revela o grau com que certas revistas científicas (ou que se consideram como tal) podem seguir a moda de momento e adoptar métodos semelhantes aos seguidos pelos media que seleccionam os parti pris do IPCC.
-- Demonstra como qualquer grupo editorial pode escolher o referee certo para dar parecer sobre a publicação ou não dos artigos propostos e pode fornecer ao mercado da literatura científica qualquer mensagem pseudocientífica, tal como se vende um produto de higiene, e depois pode bloquear qualquer refutação pelos motivos mais fúteis!
Tudo isto representa um descrédito óbvio para a ciência. Todavia, tem de se salientar que se encontram também motivos de louvor: a viva reacção de muitos cientistas responsáveis que demonstraram pela refutação que nem toda a gente está disposta a engolir qualquer coisa sem verificar a fundamentação e os resultados publicados!
Após descreverem os próprios erros, aqueles autores consideraram, surpreendentemente, que “nenhum dos erros encontrados afecta os resultados publicados anteriormente”! Persistindo nos seus erros, Mann et al. colocaram esta surpreendente dúvida: “Para que serve uma corrigenda se ela não corrige qualquer resultado final?”
McKitrik e McIntyre são categóricos ao dizer: “fizemos os cálculos e podemos afirmar categoricamente que esta [última] afirmação é falsa”. Os Mc afirmaram mesmo que a corrigenda editada por Mann et al. era “uma admissão clara por parte dos autores que a utilização da base de dados e os métodos utilizados eram inadequados”.
Depois de dez meses de protelamentos a revista Nature recusou-se a publicar um novo update/correction de McKitrik e McIntyre enviado para a revista em Novembro de 2003. Aparentemente, o comprimento do artigo foi o motivo invocado para impedir (bonita palavra para substituir a palavra censurar) a sua publicação!
Assim, a curva do ‘hockey stick’ que já conheceu melhores dias pode ser considerada uma peça pertencente à ‘junk science’. No entanto, esta saga também teve, nomeadamente para a opinião pública, a sua utilidade em mais do que um ponto de vista:
-- Representa bem o estado de espírito do IPCC em que o rigor científico e a credibilidade se apresentam muito ténues: esta organização preocupa-se mais na utilização de um aparente raciocínio científico para facilitar a sua própria propaganda.
-- Mostra como qualquer presidente diletante do IPCC pode dizer aos quatro ventos que “a temperatura da superfície terrestre neste século é claramente mais elevada do que em qualquer outro século dos últimos mil anos”! – magister dixit de Robert Watson, em Novembro de 2000, numa Conferência do IPCC realizada em Haia.
-- Salienta como alguns ‘cientistas’ gostam de ganhar notoriedade, mostrando-se originais, para captar a simpatia de certos sponsors de modo a obterem benefícios próprios ou beneficiarem determinados grupos de interesses.
-- Revela o grau com que certas revistas científicas (ou que se consideram como tal) podem seguir a moda de momento e adoptar métodos semelhantes aos seguidos pelos media que seleccionam os parti pris do IPCC.
-- Demonstra como qualquer grupo editorial pode escolher o referee certo para dar parecer sobre a publicação ou não dos artigos propostos e pode fornecer ao mercado da literatura científica qualquer mensagem pseudocientífica, tal como se vende um produto de higiene, e depois pode bloquear qualquer refutação pelos motivos mais fúteis!
Tudo isto representa um descrédito óbvio para a ciência. Todavia, tem de se salientar que se encontram também motivos de louvor: a viva reacção de muitos cientistas responsáveis que demonstraram pela refutação que nem toda a gente está disposta a engolir qualquer coisa sem verificar a fundamentação e os resultados publicados!
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