O ovo e a galinha do clima (2)
Concluiu-se, nas palavras dos cientistas russos, que “o início da glaciação correspondeu ao crescimento da temperatura em qualquer dos 4 períodos glaciários registados nos cilindros da Vostok” e que “tanto no início como no fim desses episódios climáticos o crescimento e o decrescimento da concentração foram sempre posteriores a igual evolução da temperatura”.
No parágrafo final do artigo, depois de se afirmar que “as variações de temperatura precederam sempre as variações dos GEE durante os 4 ciclos glaciários”, Vakulenko et al. afirmam que “o facto da maior importância é que a temperatura começa a decrescer depois de ter atingido um valor muito elevado mas os GEE continuam a crescer”.
Por isso, os autores terminam com a pergunta provocatória: - «Será que se testemunhará um arrefecimento no futuro próximo apesar de a concentração dos GEE continuar a aumentar?»
Guardadas as devidas proporções, já que não se pode extrapolar o passado para o presente sem analisar as diferenças de posição da Terra e dos outros planetas no nosso sistema planetário, a dinâmica do clima actual tem muitas semelhanças com o que Vakulenko et al. descreveram para a entrada de uma era glaciária.
As concentrações de dióxido de carbono e de metano são medidas em estações da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) em Mauna Loa-Hawai, Pt. Barrow-Alasca, Samoa-Pacífico Central, no Pólo Sul-Antárctica e nas Lajes-Açores, Atlântico.
A curva da Fig. 9 apresenta um crescimento à medida que aumenta a temperatura sazonal até atingir um pico relativo em plena estiagem e decresce daí até ao período invernal seguinte acompanhando o decrescimento da temperatura.
Claro que esta evolução também tem a ver com o ciclo vegetativo já que as emissões de dióxido de carbono, por exemplo, podem ser decompostas em 4 parcelas: devidas ao solo, à vegetação terrestre, à contribuição dos oceanos e, complementarmente, ao factor antropogénico.
Como se distribuem estas parcelas? Eis um segredo que não é fácil de desvendar. Um estudo interessantíssimo de um climatologista mexicano Jorge Sánchez – Sesma(jsanchez@tlaloc.imta.mx), da Universidade Nacional Autónoma do México, avança com uma estrutura obtida por meio de um desenvolvimento em série de Fourier em que a parcela antropogénica é apenas residual.
Este resultado está de acordo com o conhecimento, já indicado no blog, de que o forçamento radiativo (este termo está consagrado para a designação do desequilíbrio radiativo em relação ao equilíbrio natural) do dióxido de carbono é de apenas alguns décimos do efeito radiativo natural (vd. post “1ª Questão: Efeito de estufa adicional”).
Sánchez – Sesma também afirma que a desfasagem de curto prazo entre o crescimento da temperatura (causa) e o crescimento da concentração do CO2 (efeito) é de 4 a 5 anos para o clima recente.
Juntando o puzzle eis um provável esquema da dinâmica do tempo e do clima: AMP – campo de pressões – aumento de temperatura – aumento da concentração…Porém, esta hipótese não passa disso mesmo.
No parágrafo final do artigo, depois de se afirmar que “as variações de temperatura precederam sempre as variações dos GEE durante os 4 ciclos glaciários”, Vakulenko et al. afirmam que “o facto da maior importância é que a temperatura começa a decrescer depois de ter atingido um valor muito elevado mas os GEE continuam a crescer”.
Por isso, os autores terminam com a pergunta provocatória: - «Será que se testemunhará um arrefecimento no futuro próximo apesar de a concentração dos GEE continuar a aumentar?»
Guardadas as devidas proporções, já que não se pode extrapolar o passado para o presente sem analisar as diferenças de posição da Terra e dos outros planetas no nosso sistema planetário, a dinâmica do clima actual tem muitas semelhanças com o que Vakulenko et al. descreveram para a entrada de uma era glaciária.
As concentrações de dióxido de carbono e de metano são medidas em estações da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) em Mauna Loa-Hawai, Pt. Barrow-Alasca, Samoa-Pacífico Central, no Pólo Sul-Antárctica e nas Lajes-Açores, Atlântico.
A curva da Fig. 9 apresenta um crescimento à medida que aumenta a temperatura sazonal até atingir um pico relativo em plena estiagem e decresce daí até ao período invernal seguinte acompanhando o decrescimento da temperatura.
Claro que esta evolução também tem a ver com o ciclo vegetativo já que as emissões de dióxido de carbono, por exemplo, podem ser decompostas em 4 parcelas: devidas ao solo, à vegetação terrestre, à contribuição dos oceanos e, complementarmente, ao factor antropogénico.
Como se distribuem estas parcelas? Eis um segredo que não é fácil de desvendar. Um estudo interessantíssimo de um climatologista mexicano Jorge Sánchez – Sesma(jsanchez@tlaloc.imta.mx), da Universidade Nacional Autónoma do México, avança com uma estrutura obtida por meio de um desenvolvimento em série de Fourier em que a parcela antropogénica é apenas residual.
Este resultado está de acordo com o conhecimento, já indicado no blog, de que o forçamento radiativo (este termo está consagrado para a designação do desequilíbrio radiativo em relação ao equilíbrio natural) do dióxido de carbono é de apenas alguns décimos do efeito radiativo natural (vd. post “1ª Questão: Efeito de estufa adicional”).
Sánchez – Sesma também afirma que a desfasagem de curto prazo entre o crescimento da temperatura (causa) e o crescimento da concentração do CO2 (efeito) é de 4 a 5 anos para o clima recente.
Juntando o puzzle eis um provável esquema da dinâmica do tempo e do clima: AMP – campo de pressões – aumento de temperatura – aumento da concentração…Porém, esta hipótese não passa disso mesmo.
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