segunda-feira, abril 11, 2005

Temperaturas médias anuais globais e acima da latitude 30 ºN e índice ONA

Um dos mitos anunciados pelos modelos do IPCC é o «da prova discernível e perceptível da influência do homem no aumento da temperatura média global e nas alterações climáticas».

Esta afirmação é repetida ad perpetuam rei memoriam nos PNAC (Programa Nacional para as Alterações Climáticas), nos SIAM (Climate Change in Portugal. Scenarios, Impacts and Adaptation Measures), nos Assessment Reports e nos Summary for Policymakers do IPCC, e tudo quanto seja manipulação da opinião pública nacional e internacional.

Qual é o valor real desta «prova absoluta» (já infirmada pelos satélites)? Nada nem ninguém pode afirmar que já começou o aquecimento global e a prova irrefutável – a curva padrão da evolução da temperatura “global” – é um autêntico logro.

A Fig. 3, na qual o índice ONA deve ser considerado uma testemunha da intensidade das trocas meridianas no hemisfério Norte, mostra três períodos distintos:

1) No início do século, a diminuição progressiva do índice ONA traduz uma atenuação dos desvios entre as fronteiras das unidades de circulação e um aumento da temperatura média a norte da latitude 30 ºN.

2) Em meados do século (óptimo climático), o índice ONA foi moderado a negativo, os contrastes térmicos são fracos e a média das temperaturas é próxima da normal.


3) Depois dos anos 70, o índice ONA aumentou vigorosamente e a elevação das temperaturas está directamente associada aos aumentos do ar quente na face frontal dos anticiclones móveis polares. Isso também prova que o aquecimento dos invernos europeus não é devido, no período 1948-1995, ao aumento dos gases com efeito de estufa de origem antropogénica (nem até natural) mas sim a uma modificação da circulação atmosférica e nomeadamente à intensificação dos ventos do sudoeste.

Tendo em conta as evoluções semelhantes noutras unidades de circulação do hemisfério Norte (a ver no prosseguimento do blogue), o aumento da temperatura indevidamente atribuído ao efeito de estufa não é mais do que um artefacto provocado pela aceleração das trocas meridianas e por um fornecimento do calor tropical, aéreo e marítimo mais intenso nas médias e altas latitudes.

2 Comments:

Blogger R? said...

e porque então houve essas mudanças dos ventos aí que o senhor fala?

1:29 da tarde  
Blogger R? said...

O senhor escreveu:

"...Isso também prova que o aquecimento dos invernos europeus não é devido, no período 1948-1995, ao aumento dos gases com efeito de estufa de origem antropogénica (nem até natural)..."

Mas aí eu penso: se não é antropogênica nem natural seria qual a origem da causa?

Estou confuso, por favor me esclareça.

1:31 da tarde  

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