quarta-feira, abril 06, 2005

A evolução recente do tempo no espaço do Atlântico Norte (5)

Fase negativa ou baixa da ONA

Neste caso é fraca a diferença de pressões entre AA (Açores) e D (Islândia). O Árctico está relativamente menos frio, tem menos gelo, os AMP são menos potentes, menos frequentes, a sua trajectória é menos meridional.

É exactamente ao contrário do que acontece actualmente, mas que os media insistem em descrever («O Árctico está à beira do abismo» - escrevia recentemente um jornal de referência em título de mais uma notícia infundada).

À escala média (de valores médios num intervalo de tempo), a aglutinação anticiclónica (AA dita dos Açores) é mais fraca, menos extensa e situada mais a norte; as depressões sinópticas (valores instantâneos) associadas aos AMP são menos cavadas.

A esta escala média, a depressão D dita da Islândia é menos profunda e menos extensa. As trocas meridionais são vagarosas, tanto no ar como no oceano (modo de circulação lento).

O tempo é mais clemente: os contrastes térmicos são minorados, entre os fluxos assim como entre as fachadas oeste e este do oceano – seria este o esquema do «global warming» que está realmente longe de acontecer.

A temperatura média da unidade aerológica é neste caso mais representativa da realidade, isto é, não dá indicações falsas. Sobre a Europa e o Mediterrâneo, as aglutinações anticiclónicas são menos frequentes e de curta duração.

Um caso particular da ONA negativa produz-se quando os AMP descendentes a este da Gronelândia são anormalmente frequentes (isto é, grosseiramente superiores a um quarto das trajectórias dos AMP).

A pressão média resultante da depressão da Islândia é então menos cavada, reduzindo a diferença de pressões com a AA.