... E as do Diário de Notícias
Por Jorge Pacheco de Oliveira
Diz o Diário de Notícias, em editorial de 02/12/2008, comentando a inundação de Veneza, «que esta acqua alta sirva de alerta para aqueles que insistem em dizer que as alterações climáticas são um mito».
Julgo que o autor do Mitos Climáticos deve ter tomado em devida conta este pungente alerta. E deve ter ficado ainda mais ciente de que a tolice de alguma da nossa comunicação social não tem limites.
As razões que levam à acqua alta em Veneza são várias, mas não têm nada a ver com o famigerado aquecimento global. Quando os termómetros registam temperaturas acentuadamente baixas, invocar o aquecimento global para justificar seja o que for não pode ser levado a sério.
Em qualquer caso, a ignorância do editorialista do DN não se fica por aqui. A propósito da Cimeira de Poznan associa o debate acerca das alterações climáticas com a necessidade de combate à poluição.
Estas alminhas confundem sistematicamente “clima” e “ambiente” e ainda não perceberam que o dióxido de carbono, o gás cujas emissões antropogénicas se pretende reduzir (para objectivos climáticos) não é um poluente (para objectivos ambientais).
Nem os cientistas favoráveis às teses do aquecimento global, nomeadamente, os que pontificam no IPCC, se referem ao dióxido de carbono como poluente. Até porque sabem, e não podem esconder, que as emissões de dióxido de carbono devidas à queima de combustívies fósseis, por enorme que seja o valor em toneladas, representam uma fracção ínfima da quantidade de dióxido de carbono que já se encontra presente na atmosfera.
A referência a gás "poluente” foi deliberadamente introduzida para confundir o dióxido de carbono com outras substâncias emitidas durante a queima dos combustíveis fósseis (e que, essas sim, degradam a qualidade do ar) para assim predispor as populações a aceitar as teses dos alarmistas climáticos.
Estes erros, publicados no editorial de um jornal, comprometem a própria direcção e revelam que esta se deixou capturar pela propaganda do aquecimento global. Cada um está no direito de se deixar capturar pelas ideias que quiser. No entanto, directores e proprietários dos meios de comunicação social têm uma responsabilidade que ultrapassa as suas próprias convicções. Não podem ignorar a existência de polémica acerca de um qualquer assunto, tomando o partido de uma das facções e tudo fazendo para ocultar as posições divergentes da sua.
No estrangeiro, a começar pelos EUA, que é o grande “satã” de tudo e mais alguma coisa, incluindo as emissões de dióxido de carbono, existe uma acesa polémica acerca do aquecimento global. Apesar das tentativas ocultistas dos alarmistas, essa polémica tem divulgação pública, em revistas científicas e em vários órgãos de comunicação social.
Em Portugal não há debate nenhum. Não é preciso. O nosso país foi bafejado pela sorte de ter uma colecção de jornalistas e directores de meios de comunicação social que já viram o problema todo, que já sabem tudo, e que nos querem poupar à controvérsia.
Diz o Diário de Notícias, em editorial de 02/12/2008, comentando a inundação de Veneza, «que esta acqua alta sirva de alerta para aqueles que insistem em dizer que as alterações climáticas são um mito».
Julgo que o autor do Mitos Climáticos deve ter tomado em devida conta este pungente alerta. E deve ter ficado ainda mais ciente de que a tolice de alguma da nossa comunicação social não tem limites.
As razões que levam à acqua alta em Veneza são várias, mas não têm nada a ver com o famigerado aquecimento global. Quando os termómetros registam temperaturas acentuadamente baixas, invocar o aquecimento global para justificar seja o que for não pode ser levado a sério.
Em qualquer caso, a ignorância do editorialista do DN não se fica por aqui. A propósito da Cimeira de Poznan associa o debate acerca das alterações climáticas com a necessidade de combate à poluição.
Estas alminhas confundem sistematicamente “clima” e “ambiente” e ainda não perceberam que o dióxido de carbono, o gás cujas emissões antropogénicas se pretende reduzir (para objectivos climáticos) não é um poluente (para objectivos ambientais).
Nem os cientistas favoráveis às teses do aquecimento global, nomeadamente, os que pontificam no IPCC, se referem ao dióxido de carbono como poluente. Até porque sabem, e não podem esconder, que as emissões de dióxido de carbono devidas à queima de combustívies fósseis, por enorme que seja o valor em toneladas, representam uma fracção ínfima da quantidade de dióxido de carbono que já se encontra presente na atmosfera.
A referência a gás "poluente” foi deliberadamente introduzida para confundir o dióxido de carbono com outras substâncias emitidas durante a queima dos combustíveis fósseis (e que, essas sim, degradam a qualidade do ar) para assim predispor as populações a aceitar as teses dos alarmistas climáticos.
Estes erros, publicados no editorial de um jornal, comprometem a própria direcção e revelam que esta se deixou capturar pela propaganda do aquecimento global. Cada um está no direito de se deixar capturar pelas ideias que quiser. No entanto, directores e proprietários dos meios de comunicação social têm uma responsabilidade que ultrapassa as suas próprias convicções. Não podem ignorar a existência de polémica acerca de um qualquer assunto, tomando o partido de uma das facções e tudo fazendo para ocultar as posições divergentes da sua.
No estrangeiro, a começar pelos EUA, que é o grande “satã” de tudo e mais alguma coisa, incluindo as emissões de dióxido de carbono, existe uma acesa polémica acerca do aquecimento global. Apesar das tentativas ocultistas dos alarmistas, essa polémica tem divulgação pública, em revistas científicas e em vários órgãos de comunicação social.
Em Portugal não há debate nenhum. Não é preciso. O nosso país foi bafejado pela sorte de ter uma colecção de jornalistas e directores de meios de comunicação social que já viram o problema todo, que já sabem tudo, e que nos querem poupar à controvérsia.
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