domingo, outubro 26, 2008

UE não pode voltar atrás na política ambiental

Quem o diz é Hans Joachim Schellnhuber, membro do Grupo Consultivo para a Energia e Alterações Climáticas do Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Pode-se ler no sítio web Ciência Hoje esta e outras afirmações deste físico alemão.

O que se conclui desta entrevista é que os alarmistas estão apavorados com a perspectiva de a actual crise financeira levar os governos europeus a esquecer as putativas alterações climáticas de origem antropogénica e assim relegarem para segundo plano os gastos com as teorias deles.

Lá se podem acabar os fundos para os investigadores, para os passeios turísticos das conferências e, sobretudo, podem ser postas em causa as negociatas do comércio de direitos de emissão.

Por isso, como se pode observar nesta entrevista, a técnica deles é alarmar ainda mais, dizendo que os acontecimentos estão a verificar-se ainda mais depressa e com maior amplitude do que se pensava. O que é profundamente falso.

Repare-se nesta afirmação: "nos últimos anos o nível de degelo nos Pólos duplicou e, em alguns casos, triplicou".

É mentira. No sítio web da Universidade de Bremen , que disponibiliza as observações dos satélites que monitorizam os Pólos (é elucidativa a animação em acelerado), vê-se que a formação e fusão do gelo nos Pólos segue um ritmo normal, sem duplicações nem triplicações do degelo.

Mas o conselheiro não se fica por aqui. Ele até agrava os prognósticos sobre o aumento do nível do mar – estimado pelo IPCC entre 18 e 59 cm até final do século – dizendo: "Calculamos que este século o nível do mar subirá cerca de um metro". Claro, claro.

E diz mais: "As nossas observações não deixam margem de dúvida que este fenómeno está a acontecer de forma mais rápida. A natureza move-se mais rápido do que aquilo que foi projectado nos computadores". Pois, pois.

De facto, Barroso anda muito bem aconselhado.
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Este post foi redigido por um leitor assíduo.