A vida é feita de prioridades
A opinião pública mundial começa a ficar confusa acerca das alterações climáticas. Apesar do bombardeamento constante dos media e dos políticos, as sondagens mostram que vai diminuindo o número dos que consideram as alterações climáticas uma ameaça real para as suas vidas.
Os governos, especialmente aqueles que sabem que andam a iludir as populações (p.e., a chanceler Ângela Merkel sabe e o seu colega da República Checa sabe que ela sabe), têm um grave dilema para resolver.
Uma parte considerável da opinião pública não está disposta a pagar mais impostos “verdes”, baixando o seu nível de vida. E interroga-se cada vez mais: se os políticos, para ganhar votos, não hesitam em mentir, não será esta mais uma dessas mentiras?
Alguns ambientalistas radicais dizem que o combate às alterações climáticas é incompatível com a democracia e advogam uma forma autoritária de governo. Mas a opinião pública não vai na conversa.
Do jeito a que o movimento ambientalista radical conduziu o conto-do-vigário das alterações climáticas, aos governos apresenta-se um campo de manobra cada vez mais exíguo. Que prioridades devem adoptar, já que não há dinheiro para tudo?
Como vão eles resolver um problema com tantas contradições internas: aumentar impostos para combater as alterações climáticas, não aumentar o desemprego, não piorar as condições de vida, resolver a crise financeira e económica.
Estes problemas desde sempre se colocaram, mas a actual crise financeira internacional veio dar-lhes uma dimensão inesperada.
A visão clássica do comportamento humano sugere a hierarquia das necessidades de Maslow: uma vez assegurada a base, as necessidades não vitais têm de ser hierarquizadas. Mas como hierarquizá-las? Como os políticos querem?
O modo como os ambientalistas obstinados conseguiram, nos últimos anos, entranhar as suas teses na vida das pessoas ilustra bem as ideias de Maslow. À medida que o nível de vida aumenta aceita-se melhorar a protecção da Natureza, e vice-versa.
O lobby verde tem sido bem sucedido ao conseguir passar a sua mensagem junto dos políticos e dos opion makers. Todavia, à medida que a opinião pública se vai apercebendo de que o caminho a seguir seria o do regresso à pobreza, aquele lobby vai encontrando dificuldades.
O movimento ambientalista radical prosperou num mundo rico. Se pretende o regresso à pobreza, o movimento está a cavar a sua própria sepultura. É esta a contradição fundamental que o movimento não conseguirá superar.
Será que no Burkina Faso existe algum associado ou alguma sucursal da Quercus? Ou será que a Quercus recruta os seus militantes entre as camadas mais desfavorecidas de portugueses?
É caso para dizer que os alarmistas andam alarmados. Não contentes por terem desbaratado até agora fortunas colossais para nada de vantajoso que diga respeito ao clima, embora demagogicamente este seja invocado, querem continuar a fazê-lo.
A crise financeira veio em má altura para eles. Diminuiu o espaço mediático ocupado com o alarmismo tradicional, que obriga os decisores políticos a afectar verbas chorudas para eles se entreterem a desbaratar.
Mas também diminuiu a riqueza disponível para ser distribuída. Por isso, os alarmistas desdobram-se em tiradas ainda mais demagógicas: “olhem que está tudo ainda pior do que imaginávamos e a acontecer ainda mais rapidamente do que o IPCC previa.”
Para mal deles e para nosso bem, como o dinheiro não chega para tudo, os decisores políticos têm de começar a tomar opções mais lúcidas. Na Europa a rebelião começa a tomar foros de escândalo. Os europeus, sempre prontos a dar lições ao Mundo, também conhecem dificuldades.
Os governos, especialmente aqueles que sabem que andam a iludir as populações (p.e., a chanceler Ângela Merkel sabe e o seu colega da República Checa sabe que ela sabe), têm um grave dilema para resolver.
Uma parte considerável da opinião pública não está disposta a pagar mais impostos “verdes”, baixando o seu nível de vida. E interroga-se cada vez mais: se os políticos, para ganhar votos, não hesitam em mentir, não será esta mais uma dessas mentiras?
Alguns ambientalistas radicais dizem que o combate às alterações climáticas é incompatível com a democracia e advogam uma forma autoritária de governo. Mas a opinião pública não vai na conversa.
Do jeito a que o movimento ambientalista radical conduziu o conto-do-vigário das alterações climáticas, aos governos apresenta-se um campo de manobra cada vez mais exíguo. Que prioridades devem adoptar, já que não há dinheiro para tudo?
Como vão eles resolver um problema com tantas contradições internas: aumentar impostos para combater as alterações climáticas, não aumentar o desemprego, não piorar as condições de vida, resolver a crise financeira e económica.
Estes problemas desde sempre se colocaram, mas a actual crise financeira internacional veio dar-lhes uma dimensão inesperada.
A visão clássica do comportamento humano sugere a hierarquia das necessidades de Maslow: uma vez assegurada a base, as necessidades não vitais têm de ser hierarquizadas. Mas como hierarquizá-las? Como os políticos querem?
O modo como os ambientalistas obstinados conseguiram, nos últimos anos, entranhar as suas teses na vida das pessoas ilustra bem as ideias de Maslow. À medida que o nível de vida aumenta aceita-se melhorar a protecção da Natureza, e vice-versa.
O lobby verde tem sido bem sucedido ao conseguir passar a sua mensagem junto dos políticos e dos opion makers. Todavia, à medida que a opinião pública se vai apercebendo de que o caminho a seguir seria o do regresso à pobreza, aquele lobby vai encontrando dificuldades.
O movimento ambientalista radical prosperou num mundo rico. Se pretende o regresso à pobreza, o movimento está a cavar a sua própria sepultura. É esta a contradição fundamental que o movimento não conseguirá superar.
Será que no Burkina Faso existe algum associado ou alguma sucursal da Quercus? Ou será que a Quercus recruta os seus militantes entre as camadas mais desfavorecidas de portugueses?
É caso para dizer que os alarmistas andam alarmados. Não contentes por terem desbaratado até agora fortunas colossais para nada de vantajoso que diga respeito ao clima, embora demagogicamente este seja invocado, querem continuar a fazê-lo.
A crise financeira veio em má altura para eles. Diminuiu o espaço mediático ocupado com o alarmismo tradicional, que obriga os decisores políticos a afectar verbas chorudas para eles se entreterem a desbaratar.
Mas também diminuiu a riqueza disponível para ser distribuída. Por isso, os alarmistas desdobram-se em tiradas ainda mais demagógicas: “olhem que está tudo ainda pior do que imaginávamos e a acontecer ainda mais rapidamente do que o IPCC previa.”
Para mal deles e para nosso bem, como o dinheiro não chega para tudo, os decisores políticos têm de começar a tomar opções mais lúcidas. Na Europa a rebelião começa a tomar foros de escândalo. Os europeus, sempre prontos a dar lições ao Mundo, também conhecem dificuldades.
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