Neve na Serra da Estrela
(Actualizado às 13 horas de 29 de Outubro de 2008)
Depois de um Domingo e de uma segunda-feira soalheiros eis que ontem, terça-feira, dia 28 de Outubro de 2008, nevou na Serra da Estrela. Esta queda de neve foi acompanhada de ventos fortes em quase todo o país.
Esta alteração brusca do estado do tempo será possível explicar à luz da ideia do efeito de estufa antropogénico? Foi o dióxido de carbono que causou bom tempo, e mesmo calor, no Domingo e na segunda-feira? E foi o dióxido de carbono que causou a queda de neve na terça-feira?
É evidente que esta hipotética explicação não faz qualquer sentido. Mas já faz sentido explicar a situação com o comportamento das massas de ar vindas do Árctico organizadas em anticiclones móveis polares (AMP).
No Domingo e na segunda-feira prevaleceu uma aglutinação anticiclónica (AA). Esta AA rompeu-se na segunda-feira com a chegada de um forte AMP que provocou campos de vento de altas velocidades.
Todo este desenrolar pode ser detectado no sítio REN com os diagramas de carga da produção de energia eólica. No Domingo a produção eólica foi muito reduzida. Na segunda-feira manteve-se baixa até cerca do meio-dia. Foi nesta altura que se rompeu a AA.
Por fim, saliente-se que esta situação da dinâmica do tempo está associada à evolução positiva do Árctico. Especialmente no seu cerne de nascimento dos AMP. É o tal quase-triângulo que o MC tem salientado como sendo o berço dos AMP.
Para que haja calor ou frio, para que chova ou não chova, o mais importante é a dinâmica do tempo. Mas não é o dióxido de carbono que marca a dinâmica do tempo. É a circulação geral da atmosfera.
E a circulação geral da atmosfera estabelece-se pela exportação de ar frio das regiões polares e a importação de ar quente para essas mesmas regiões. Para exportar ar frio é necessário que as regiões polares estejam realmente frias.
Sucede actualmente este facto na região boreal. Por mais que queiram enterrar o Pólo Norte, ele está frio e bem frio. Caso contrário não sairiam de lá massas de ar frio como aconteceu neste fim-de-semana até chegar à Europa cerca de dois dias depois.
Da Escócia ao sul de Espanha um enormíssimo AMP alterou completamente o estado do tempo na Europa ocidental. A Fig. 134 exibe a fotografia de um enorme AMP obtida pelo satélite NOAA18, no dia 28 de Outubro de 2008, entre as 11 h 54 m 43 s e as 15 h 26 m 57 s.
A frente do AMP tem ar mais compacto correspondente ao canal depressionário (mancha esbranquiçada). Atrás, à esquerda na figura, surge o ar aparentemente esboroado representando o ar anticiclónico. Imediatamente depois deste surge novo AMP.
Quanto mais espesso é o canal depressionário (de ar quente que sobressai em altitude) mais intenso é o AMP. O ar frio anticiclónico denso “varre” o substrato de ar que encontra pelo caminho com tanto mais eficácia quanto mais denso for.
E vice-versa, quanto mais fino menor é a potência do AMP. Esta situação acontece no Verão quando o modo de circulação é o lento. Na Fig. 134, a espessura do canal depressionário denota um AMP bem forte.
São estes seres da Natureza que determinam o estado do tempo em todas as escalas temporais e espaciais. Estamos no início do Outono mas as dimensões são consideráveis.
Depois de um Domingo e de uma segunda-feira soalheiros eis que ontem, terça-feira, dia 28 de Outubro de 2008, nevou na Serra da Estrela. Esta queda de neve foi acompanhada de ventos fortes em quase todo o país.
Esta alteração brusca do estado do tempo será possível explicar à luz da ideia do efeito de estufa antropogénico? Foi o dióxido de carbono que causou bom tempo, e mesmo calor, no Domingo e na segunda-feira? E foi o dióxido de carbono que causou a queda de neve na terça-feira?
É evidente que esta hipotética explicação não faz qualquer sentido. Mas já faz sentido explicar a situação com o comportamento das massas de ar vindas do Árctico organizadas em anticiclones móveis polares (AMP).
No Domingo e na segunda-feira prevaleceu uma aglutinação anticiclónica (AA). Esta AA rompeu-se na segunda-feira com a chegada de um forte AMP que provocou campos de vento de altas velocidades.
Todo este desenrolar pode ser detectado no sítio REN com os diagramas de carga da produção de energia eólica. No Domingo a produção eólica foi muito reduzida. Na segunda-feira manteve-se baixa até cerca do meio-dia. Foi nesta altura que se rompeu a AA.
Por fim, saliente-se que esta situação da dinâmica do tempo está associada à evolução positiva do Árctico. Especialmente no seu cerne de nascimento dos AMP. É o tal quase-triângulo que o MC tem salientado como sendo o berço dos AMP.
Para que haja calor ou frio, para que chova ou não chova, o mais importante é a dinâmica do tempo. Mas não é o dióxido de carbono que marca a dinâmica do tempo. É a circulação geral da atmosfera.
E a circulação geral da atmosfera estabelece-se pela exportação de ar frio das regiões polares e a importação de ar quente para essas mesmas regiões. Para exportar ar frio é necessário que as regiões polares estejam realmente frias.
Sucede actualmente este facto na região boreal. Por mais que queiram enterrar o Pólo Norte, ele está frio e bem frio. Caso contrário não sairiam de lá massas de ar frio como aconteceu neste fim-de-semana até chegar à Europa cerca de dois dias depois.
Da Escócia ao sul de Espanha um enormíssimo AMP alterou completamente o estado do tempo na Europa ocidental. A Fig. 134 exibe a fotografia de um enorme AMP obtida pelo satélite NOAA18, no dia 28 de Outubro de 2008, entre as 11 h 54 m 43 s e as 15 h 26 m 57 s.
A frente do AMP tem ar mais compacto correspondente ao canal depressionário (mancha esbranquiçada). Atrás, à esquerda na figura, surge o ar aparentemente esboroado representando o ar anticiclónico. Imediatamente depois deste surge novo AMP.
Quanto mais espesso é o canal depressionário (de ar quente que sobressai em altitude) mais intenso é o AMP. O ar frio anticiclónico denso “varre” o substrato de ar que encontra pelo caminho com tanto mais eficácia quanto mais denso for.
E vice-versa, quanto mais fino menor é a potência do AMP. Esta situação acontece no Verão quando o modo de circulação é o lento. Na Fig. 134, a espessura do canal depressionário denota um AMP bem forte.
São estes seres da Natureza que determinam o estado do tempo em todas as escalas temporais e espaciais. Estamos no início do Outono mas as dimensões são consideráveis.
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