A culpa é das altas pressões
O que é necessário para se formar uma aglutinação anticiclónica? O movimento dos AMP pode ser amortecido, ou até estancado – dependendo da densidade do ar e da velocidade de deslocação –, pela presença de relevos fixos (geográficos) ou relevos móveis (AMP denso de gestação anterior) – Fig. 115.
- Normalmente, no Verão, os AMP da trajectória americano-atlântica conseguem mover-se livremente até à Europa (a menos que algum relevo o impeça). Em França, por exemplo, a orla norte dos Alpes marca o limite desta translação. Os AMP entram na Europa central pelo norte. Pelo sul são bloqueados pelos edifícios montanhosos dos Alpes e dos Montes Cantábricos. A Península Ibérica e o sul da França são frequentados pelas extensas AA com o núcleo central de altas pressões situado no oceano Atlântico e que se estendem ao Mediterrâneo.
- No Inverno, a Europa, em especial a sua parte central, encontra-se frequentemente debaixo de uma aglutinação robusta que avança em crista para leste, até à Ásia.
O extraordinário foi que no verão de 2003 aconteceu uma situação tipicamente de Inverno com uma elevada frequência de AMP da trajectória escandinava (com ar mais denso e veloz). Na realidade, contrariamente ao que aconteceu em 2003, nos Verões estes AMP baixam a sua trajectória devido à menor densidade de ar frio e menor velocidade (modo lento).
A pressão atmosférica média no centro de França, no Verão, tem aumentado sucessivamente desde os anos 1970. Esse aumento foi da ordem de + 2 hPa (hectopascal) na escala de valores médios anuais.
Uma tal evolução ascendente é verificada em quase toda a Europa desde o shift climático, ou variação brusca da dinâmica do tempo, de 1975/76. Em Berna, Suíça, registou-se mesmo um aumento mais destacado de + 4 hPa na escala da média anual.
Nas pretensas explicações do verão de 2003 não se encontra uma única palavra relacionada com o parâmetro essencial das ondas de calor – as altas pressões atmosféricas. Invocam-se, sem justificação, as anomalias da temperatura como devidas às concentrações de gases com efeito de estufa.
Saliente-se que as altas pressões nada têm a ver com o «global warming». Pelo contrário, o aumento das temperaturas tem a ver com uma mais intensa troca meridional de energia entre pólos e trópicos levada a efeito por AMP mais fortes.
Em conclusão, as ondas de calor não podem ser associadas ao efeito de estufa antropogénico. A causa das ondas de calor e da seca consequente é de origem aerológica.
Caso particular é o das zonas urbanas devido à configuração sufocante das grandes cidades que agrava a poluição e o efeito de gases antropogénicos (ozono, p.e.). Este factor local só pode agravar-se pela contínua expansão das cidades.
- Normalmente, no Verão, os AMP da trajectória americano-atlântica conseguem mover-se livremente até à Europa (a menos que algum relevo o impeça). Em França, por exemplo, a orla norte dos Alpes marca o limite desta translação. Os AMP entram na Europa central pelo norte. Pelo sul são bloqueados pelos edifícios montanhosos dos Alpes e dos Montes Cantábricos. A Península Ibérica e o sul da França são frequentados pelas extensas AA com o núcleo central de altas pressões situado no oceano Atlântico e que se estendem ao Mediterrâneo.
- No Inverno, a Europa, em especial a sua parte central, encontra-se frequentemente debaixo de uma aglutinação robusta que avança em crista para leste, até à Ásia.
O extraordinário foi que no verão de 2003 aconteceu uma situação tipicamente de Inverno com uma elevada frequência de AMP da trajectória escandinava (com ar mais denso e veloz). Na realidade, contrariamente ao que aconteceu em 2003, nos Verões estes AMP baixam a sua trajectória devido à menor densidade de ar frio e menor velocidade (modo lento).
A pressão atmosférica média no centro de França, no Verão, tem aumentado sucessivamente desde os anos 1970. Esse aumento foi da ordem de + 2 hPa (hectopascal) na escala de valores médios anuais.
Uma tal evolução ascendente é verificada em quase toda a Europa desde o shift climático, ou variação brusca da dinâmica do tempo, de 1975/76. Em Berna, Suíça, registou-se mesmo um aumento mais destacado de + 4 hPa na escala da média anual.
Nas pretensas explicações do verão de 2003 não se encontra uma única palavra relacionada com o parâmetro essencial das ondas de calor – as altas pressões atmosféricas. Invocam-se, sem justificação, as anomalias da temperatura como devidas às concentrações de gases com efeito de estufa.
Saliente-se que as altas pressões nada têm a ver com o «global warming». Pelo contrário, o aumento das temperaturas tem a ver com uma mais intensa troca meridional de energia entre pólos e trópicos levada a efeito por AMP mais fortes.
Em conclusão, as ondas de calor não podem ser associadas ao efeito de estufa antropogénico. A causa das ondas de calor e da seca consequente é de origem aerológica.
Caso particular é o das zonas urbanas devido à configuração sufocante das grandes cidades que agrava a poluição e o efeito de gases antropogénicos (ozono, p.e.). Este factor local só pode agravar-se pela contínua expansão das cidades.
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