terça-feira, julho 24, 2007

Consenso à pressão

Há quem fique extasiado com a capacidade do IPCC para obter consensos entre centenas (ou milhares?) de cientistas sobre o clima da Terra. No entanto, certos testemunhos interiores revelam como é realizada essa habilidade.

Testemunhos de participantes dos conciliábulos do IPCC mostram práticas duvidosas para alcançar um pretenso consenso científico. Relatos das reuniões são reveladores de como se alcançam esses consensos até com cientistas exaustos.

John Zillman é o representante principal da Austrália no IPCC. É um entusiasta do «global warming». O testemunho é importante pois Zillman está muito longe de ser um céptico que recusa a repetição cega da cartilha do IPCC.

Descreve o ambiente das discussões dos relatórios em «O IPCC visto por dentro» - merecedor de leitura por outros motivos -, no capítulo designado “The Pressure for Consensus”:

«While one of the great achievements of the IPCC process has been its contribution to consensus in both the national and international scientific communities as to what can reasonably be said on the current state of climate change science, there has also been a down side.

Those who have been heavily involved in the IPCC and have developed a sense of ownership and pride in what has been achieved have, during the sessions, felt a strong need to avoid a situation in which the IPCC was seen to “fail”.

As a result, there has been unusually intense pressure for consensus to be achieved even when many individual participants clearly felt extremely uncomfortable with signing on to the “consensus” language.

These pressures became extreme in some of the late night meetings when the time for achievement of consensus was running out, delegations were exhausted and dissenting individuals were subject to considerable peer pressure to agree in order to avoid the stigma of being seen to have prevented the IPCC from achieving a consensus report.

These pressures have led to increasing questioning of the appropriateness of the concept of “science by consensus
».

Como se verifica, há uma pressão anormalmente elevada para se chegar ao que alguns chamam consenso. Apesar de tudo, numerosos participantes sentem-se incomodados para assinar esta farsa do consenso.

Esta descrição devia deixar qualquer um pensativo com a falta de objectividade dos trabalhos do IPCC. Um grupo que exerce fortes pressões sobre os seus membros para obrigar a aceitar os textos confirma-se com tendo um elevado défice de ética científica.