O Árctico (1)
Continue-se a pista de Antón, ainda que nem sempre haja acordo. O que impressiona é a valiosíssima bibliografia que serviu de apoio ao seu texto.
«O efeito térmico mais notável registado no Árctico durante o século XX foi a subida rápida, superior a 1 ºC verificada entre 1920 e 1940. [Nota: Faltou-lhe dizer que nessa época não se falava em efeito de estufa antropogénico…]
Depois as temperaturas baixaram entre 1940 e 1970. [Nota: Dentro do óptimo climático recente], e finalmente produziu-se uma nova subida entre 1970 e 2000 [Nota: Dependendo da latitude considerada.] alcançando-se um máximo térmico algo superior ao de 1940 (Vd. Polyakov, I. et al., Trends and variations in Arctic Climate System, EOS, 83, 47, 2002; Moritz, R. et al., Dynamics of recent climate change in the Arctic, Science297, 1497-1501, 2002). [Nota: A referência Polyakov é excelente pois deve ser o maior conhecedor da região mas que afirma ser a situação no Árctico dependente da latitude e da longitude.]
A subida de temperatura entre 1920 e 1940 sugere que o aumento da radiação ou a diminuição da actividade vulcânica tiveram mais importância do que os possíveis efeitos antropogénicos (Vd. Overpeck, J. et al., Arctic environmental change of the last four centuries, Science, 278, 1251, 1997) [Nota: E a subida entre 1970 e 2000?]
Além disso, contrariamente às previsões dos modelos informáticos, a tendência da subida das temperaturas diminui ou detém-se na segunda metade do século XX, precisamente quando é maior o incremento das emissões de CO2. [Nota: Isto é notável!]
Igualmente, estudos sobre as datas de congelação e descongelação de rios e lagos das altas latitudes do hemisfério Norte indicam em geral um atraso de uns quantos dias na formação de gelo e um adiantamento na sua descongelação, o que ratificaria o aquecimento produzido desde 1850 (Vd. Magnuson, J. et al., Historical trends in lake and river ice in the Northern Hemisphere, Science, 289, 1743-1746, 2000).
Relativamente ao mar de gelo do Oceano Glacial Árctico os modelos informáticos indicam que é muito possível que se produza uma descongelação importante no decorrer do século XXI (Vd. Hilmer, M. et Lemke, P., On the decrease of Arctic sea ive volume, Geophysical Research Letters, 27, 22, 3751-3754). [Nota: Falta dizer o motivo do “muito possível”.]
Esta fusão não se repercutiria directamente na subida do nível do mar, por se tratar de gelo flutuante, mas sim numa diminuição do albedo marítimo e no intercâmbio de calor entre o oceano e atmosfera provocando um aquecimento muito significativo.
Nalguns modelos climáticos o efeito da possível [Nota: Volta outra vez o condicional…] diminuição da extensão dos gelos marítimos pressupõe [Nota: Hipótese…], por sua vez, um terço do aquecimento projectado para uma duplicação da concentração do CO2. De qualquer maneira é muita incerta a modelação teórica da sua distribuição e variação sazonal. [Nota: Claro!]»
«O efeito térmico mais notável registado no Árctico durante o século XX foi a subida rápida, superior a 1 ºC verificada entre 1920 e 1940. [Nota: Faltou-lhe dizer que nessa época não se falava em efeito de estufa antropogénico…]
Depois as temperaturas baixaram entre 1940 e 1970. [Nota: Dentro do óptimo climático recente], e finalmente produziu-se uma nova subida entre 1970 e 2000 [Nota: Dependendo da latitude considerada.] alcançando-se um máximo térmico algo superior ao de 1940 (Vd. Polyakov, I. et al., Trends and variations in Arctic Climate System, EOS, 83, 47, 2002; Moritz, R. et al., Dynamics of recent climate change in the Arctic, Science297, 1497-1501, 2002). [Nota: A referência Polyakov é excelente pois deve ser o maior conhecedor da região mas que afirma ser a situação no Árctico dependente da latitude e da longitude.]
A subida de temperatura entre 1920 e 1940 sugere que o aumento da radiação ou a diminuição da actividade vulcânica tiveram mais importância do que os possíveis efeitos antropogénicos (Vd. Overpeck, J. et al., Arctic environmental change of the last four centuries, Science, 278, 1251, 1997) [Nota: E a subida entre 1970 e 2000?]
Além disso, contrariamente às previsões dos modelos informáticos, a tendência da subida das temperaturas diminui ou detém-se na segunda metade do século XX, precisamente quando é maior o incremento das emissões de CO2. [Nota: Isto é notável!]
Igualmente, estudos sobre as datas de congelação e descongelação de rios e lagos das altas latitudes do hemisfério Norte indicam em geral um atraso de uns quantos dias na formação de gelo e um adiantamento na sua descongelação, o que ratificaria o aquecimento produzido desde 1850 (Vd. Magnuson, J. et al., Historical trends in lake and river ice in the Northern Hemisphere, Science, 289, 1743-1746, 2000).
Relativamente ao mar de gelo do Oceano Glacial Árctico os modelos informáticos indicam que é muito possível que se produza uma descongelação importante no decorrer do século XXI (Vd. Hilmer, M. et Lemke, P., On the decrease of Arctic sea ive volume, Geophysical Research Letters, 27, 22, 3751-3754). [Nota: Falta dizer o motivo do “muito possível”.]
Esta fusão não se repercutiria directamente na subida do nível do mar, por se tratar de gelo flutuante, mas sim numa diminuição do albedo marítimo e no intercâmbio de calor entre o oceano e atmosfera provocando um aquecimento muito significativo.
Nalguns modelos climáticos o efeito da possível [Nota: Volta outra vez o condicional…] diminuição da extensão dos gelos marítimos pressupõe [Nota: Hipótese…], por sua vez, um terço do aquecimento projectado para uma duplicação da concentração do CO2. De qualquer maneira é muita incerta a modelação teórica da sua distribuição e variação sazonal. [Nota: Claro!]»
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