A Antárctica (1)
A questão do degelo é uma das mais apreciadas pelos adeptos do aquecimento global até por ser mediática: basta apresentar duas fotografias de um glaciar com datas, nem sempre suficientemente seguras, uma com gelo e outra sem gelo, para “demonstrar” aquele efeito.
Mas o degelo é a melhor prova do aquecimento global sem se procurar indagar com profundidade o porquê dos fenómenos de recuo e avanço das massas de gelo? Tal como a curva construída da “temperatura média global” esconde a realidade da existência de zonas de arrefecimento ou de óptimo climático também o fenómeno do degelo não é o mais apropriado para se tirarem conclusões.
Reconhece-se, no entanto, que existem organismos credíveis que se dedicam a avaliar a situação dos glaciares, como a World Glacier Monitor Service, de Zurique, mas que não engloba tudo quanto é gelo existente ao de cima da Terra. Faz apenas uma monitorização muito restrita dos glaciares mais facilmente vigiados.
Também se reconhecem autores sérios que se dedicam a analisar os fenómenos sem paixão, com a frieza necessária à objectividade das análises dos resultados conhecidos por observação directa, nomeadamente através dos satélites e sem entrar em especulações dos modelos.
Vamos seguir o que nos diz Antón Uriarte Cantolla, no seu livro «Historia del Clima de la Tierra», editado pelo Governo Basco em 2003, suportado por uma vastíssima bibliografia (598 artigos dos mais conceituados autores e revistas de todo o Mundo). O essencial é do autor basco, mas também se acrescenta material retirado de outras fontes igualmente respeitáveis.
«A espessura média do gelo da Antárctica é de 2,4 km, mas nalguns lugares atinge quase os 5 km. O seu volume é tão grande que a sua descongelação completa elevaria o nível do mar em cerca de 74 metros.
As séries de temperaturas das poucas estações meteorológicas situadas na Antárctica, no seu conjunto, mostram que durante o século XX não se notou qualquer tendência apreciável, quer para o aumento quer para diminuição da temperatura. (Vd. Turner, J. et al. Recent temperature trends in Antarctic. Nature, 418, 291-292, 2002.)
Esta situação real de não aquecimento contradiz os resultados dos modelos informáticos, segundo os quais dever-se-ia ter verificado um aquecimento superior ao resto do planeta.
Alguns autores acreditam inclusivamente que se pode deduzir um ligeiro arrefecimento do continente Antárctico no seu conjunto durante as últimas décadas (Vd. Doran, P. et al. Antarctic Climate cooling and terrestrial ecosystem response. Nature 415, 517-520, 2002; Blanchard, E.et al. Antarctic Warming? Weather, 56, 453-454, 2001).
Também as medições dos satélites mostram que aumentou a extensão do gelo dos bancos que rodeiam o continente durante o período 1979-1999 (Vd. Parkinson, C. Trends in the length of the Southern Ocean sea-ice season. Annals of Glaciology, 34, 435-440, 2002).»
Mas o degelo é a melhor prova do aquecimento global sem se procurar indagar com profundidade o porquê dos fenómenos de recuo e avanço das massas de gelo? Tal como a curva construída da “temperatura média global” esconde a realidade da existência de zonas de arrefecimento ou de óptimo climático também o fenómeno do degelo não é o mais apropriado para se tirarem conclusões.
Reconhece-se, no entanto, que existem organismos credíveis que se dedicam a avaliar a situação dos glaciares, como a World Glacier Monitor Service, de Zurique, mas que não engloba tudo quanto é gelo existente ao de cima da Terra. Faz apenas uma monitorização muito restrita dos glaciares mais facilmente vigiados.
Também se reconhecem autores sérios que se dedicam a analisar os fenómenos sem paixão, com a frieza necessária à objectividade das análises dos resultados conhecidos por observação directa, nomeadamente através dos satélites e sem entrar em especulações dos modelos.
Vamos seguir o que nos diz Antón Uriarte Cantolla, no seu livro «Historia del Clima de la Tierra», editado pelo Governo Basco em 2003, suportado por uma vastíssima bibliografia (598 artigos dos mais conceituados autores e revistas de todo o Mundo). O essencial é do autor basco, mas também se acrescenta material retirado de outras fontes igualmente respeitáveis.
«A espessura média do gelo da Antárctica é de 2,4 km, mas nalguns lugares atinge quase os 5 km. O seu volume é tão grande que a sua descongelação completa elevaria o nível do mar em cerca de 74 metros.
As séries de temperaturas das poucas estações meteorológicas situadas na Antárctica, no seu conjunto, mostram que durante o século XX não se notou qualquer tendência apreciável, quer para o aumento quer para diminuição da temperatura. (Vd. Turner, J. et al. Recent temperature trends in Antarctic. Nature, 418, 291-292, 2002.)
Esta situação real de não aquecimento contradiz os resultados dos modelos informáticos, segundo os quais dever-se-ia ter verificado um aquecimento superior ao resto do planeta.
Alguns autores acreditam inclusivamente que se pode deduzir um ligeiro arrefecimento do continente Antárctico no seu conjunto durante as últimas décadas (Vd. Doran, P. et al. Antarctic Climate cooling and terrestrial ecosystem response. Nature 415, 517-520, 2002; Blanchard, E.et al. Antarctic Warming? Weather, 56, 453-454, 2001).
Também as medições dos satélites mostram que aumentou a extensão do gelo dos bancos que rodeiam o continente durante o período 1979-1999 (Vd. Parkinson, C. Trends in the length of the Southern Ocean sea-ice season. Annals of Glaciology, 34, 435-440, 2002).»
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home