quarta-feira, setembro 09, 2009

Momentos de lucidez em Genebra


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O MC terminou o post anterior com um flash da New Scientist. Esta revista manteve, em Genebra, um enviado especial na World Climate Conference – 3. A conferência foi organizada pela ONU e pela Organização Meteorológica Mundial que depende daquela.

O enviado especial Fred Pearce publicou na New Sientist on-line uma reportagem sobre aquela reunião que se realizou entre 31 de Agosto e 4 de Setembro p.p. É conveniente saber que a New Scientist pertence ao material de propaganda do «global warming».

Por este facto, mais interessante se torna o texto de Fred Pearce que seria uma surpresa se aparecesse nos media portugueses. Embora mereça ser lido na íntegra, retiramos da reportagem de Pearce algumas passagens mais salientes.

As previsões das alterações climáticas estão prestes a ser contrariadas. Um dos modeladores de topo disse, na quinta-feira, que poderíamos estar proximamente numa fase de uma a duas décadas de arrefecimento”, começou por dizer o enviado especial da New Scientist.

Baseou-se nas afirmações de Majib Latif feitas no plenário da ONU, perante os 1500 participantes. Latif é um dos autores principais do IPCC. Trabalha no Leibniz Institute of Marine Sciences, da Kiel University, Alemanha.

Para não haver dúvidas, Majib Latif disse: “Eu não sou um dos cépticos”. Mas acrescentou: “No entanto, temos de colocar questões desagradáveis. Caso contrário, outros fá-lo-ão por nós.

Poucos cientistas presentes foram tão longe como Latif. Mas, segundo Pearce, “cada vez mais cientistas concordam que as previsões de curto prazo são muito menos certas do que se pensava.

Natureza vs humanos

Atravessamos um mau momento. A ONU e a Organização Meteorológica Mundial [WMO, na sigla inglesa] convocaram a conferência, a fim de aprovar um plano de serviços climáticos globais para todo o Mundo”, escreveu Fred Pearce.

Explicitou a seguir: “Isto é, pretende-se fornecer previsões climáticas úteis para todos, desde os agricultores, preocupados com a próxima estação chuvosa, até aos médicos que tentam prever epidemias de malária, passando pelos construtores de barragens, de estradas e outras infra-estruturas que necessitam de avaliar o risco de inundações e secas, durante os próximos 30 anos.

No entanto, Fred diz que há dúvidas acerca deste empreendimento: “Mas alguns dos cientistas reunidos em Genebra, para discutir como isso poderia ser feito, admitem que, em tais prazos, a variabilidade natural é pelo menos tão importante quanto as alterações climáticas previstas no longo prazo.

Fred Pearce deve ter ficado atónito ao ter de escrever: “A evolução do Árctico nos Verões recentes foi devida a ciclos naturais e não ao aquecimento global”, segundo ouviu a cientista Vicky Pope dizer. Vicky pertence ao Met Office (Instituto de Meteorologia), do Reino Unido.

E mais perplexo deve ter ficado quando ouviu Tim Stockdale, a propósito dos modelos informáticos do estado do tempo, afirmar: “We have a long way to go to get them right. They are hurting our forecasts.

Tim Stockdale trabalha no European Centre for Medium –Range Weather Forecasts-ECMWF, de Reading, Reino Unido. Este centro fornece previsões meteorológicas para países da União Europeia seus associados.

Claro, Fred não conseguiu perceber o estado de confusão dos espíritos dos cientistas presentes ao ligarem a North Atlatinc Oscillation-NAO a fenómenos tão distantes como as monções da Índia.

Mas esta Climate Confusion faz parte do estado a que chegou a climatologia conduzida pelos modeladores que não são climatologistas (James E. Hansen, Gavin Schmidt, Michael Mann, p.e.).