El Niño, modelos e «global warming»
Como não podia deixar de ser, surgiu a controvérsia: - O global warming intervém na amplitude e na frequência dos episódios do El Niño? Ou, inversamente, o El Niño é uma causa do global warming?
Misturam-se no debate científico os devotos do ambientalismo. Para eles climatologia é o CO2 e nada mais do que CO2. Confundem clima com poluição. Deste modo, não conseguem resolver qualquer problema quer do clima quer da poluição.
A controvérsia complica-se com posições políticas (impostos) e económicas (negócios). Desbaratam-se fortunas gigantescas com a histeria do global warming. Com essa perda de recursos não se respeita os pagadores de impostos.
Anualmente, a concentração atmosférica do CO2 cresce de modo monótono desde o fim da última glaciação, com o atraso característico em relação à subida da temperatura que antecede o crescimento da concentração.
O CO2 não pode ser considerado responsável pelos episódios do El Niño. Estes são aleatórios desde tempos imemoriais. O registo histórico do índice ENSO é convincente para afastar a hipótese do global warming como causador do El Niño.
Mesmo assim, certos cientistas atribuem ao El Niño um papel importante no clima da Terra. Para que esta hipótese fosse realista, teriam de explicar o desencadeamento do El Niño. Mas para eles o El Niño permanece indecifrável.
Escute-se o especialista de modelos informáticos do clima Pascale Poussart:
«Alors que certaines études de modélisation basées sur les observations climatologiques des vingt dernières années suggèrent que le réchauffement progressif de l’atmosphère devrait causer des El Niños plus fréquents et plus intenses dans le futur, d’autres semblent annoncer l’inverse.»
Pois é, a modelação informática dá resultados antagónicos por não integrar os mecanismos reais. Os peritos da modelação, que não são climatologistas – tais como James E. Hansen e os editores do RealClimate, p.e. –, julgam que dominam a arte.
De seguida, dizem que há um enorme consenso quanto às suas congeminações. Mas o consenso existente é apenas entre os próprios modeladores. Só assim conseguem passar a ideia de que o El Niño é a origem de uma miríade de perturbações.
Os modeladores associam o El Niño a várias perturbações (inundações, canículas, secas, incêndios gigantescos, tornados, tempestades, etc.). Dizem que o El Niño joga um papel decisivo na pluviometria de praticamente todo o planeta.
Mas como resolvem eles a contradição entre a confiança que têm nos respectivos modelos e a incapacidade destes explicarem e preverem alterações do regime do El Niño, o mestre do clima – segundo eles –, que poderiam ser provocadas pelo aumento do efeito de estufa?
____________
Obs.: Com esta nota termina-se uma pequena reflexão não clássica sobre o El Niño. Para quem quiser proceder a uma leitura clássica aconselha-se Our affair with El Niño. Este livro foi escrito pelo ilustre cientista norte-americano S. George Philander. O livro contém mais de uma centena de referências bibliográficas.
Philander é Prof. de Meteorologia do Departamento de Geociências da Universidade de Princeton, EUA.
Misturam-se no debate científico os devotos do ambientalismo. Para eles climatologia é o CO2 e nada mais do que CO2. Confundem clima com poluição. Deste modo, não conseguem resolver qualquer problema quer do clima quer da poluição.
A controvérsia complica-se com posições políticas (impostos) e económicas (negócios). Desbaratam-se fortunas gigantescas com a histeria do global warming. Com essa perda de recursos não se respeita os pagadores de impostos.
Anualmente, a concentração atmosférica do CO2 cresce de modo monótono desde o fim da última glaciação, com o atraso característico em relação à subida da temperatura que antecede o crescimento da concentração.
O CO2 não pode ser considerado responsável pelos episódios do El Niño. Estes são aleatórios desde tempos imemoriais. O registo histórico do índice ENSO é convincente para afastar a hipótese do global warming como causador do El Niño.
Mesmo assim, certos cientistas atribuem ao El Niño um papel importante no clima da Terra. Para que esta hipótese fosse realista, teriam de explicar o desencadeamento do El Niño. Mas para eles o El Niño permanece indecifrável.
Escute-se o especialista de modelos informáticos do clima Pascale Poussart:
«Alors que certaines études de modélisation basées sur les observations climatologiques des vingt dernières années suggèrent que le réchauffement progressif de l’atmosphère devrait causer des El Niños plus fréquents et plus intenses dans le futur, d’autres semblent annoncer l’inverse.»
Pois é, a modelação informática dá resultados antagónicos por não integrar os mecanismos reais. Os peritos da modelação, que não são climatologistas – tais como James E. Hansen e os editores do RealClimate, p.e. –, julgam que dominam a arte.
De seguida, dizem que há um enorme consenso quanto às suas congeminações. Mas o consenso existente é apenas entre os próprios modeladores. Só assim conseguem passar a ideia de que o El Niño é a origem de uma miríade de perturbações.
Os modeladores associam o El Niño a várias perturbações (inundações, canículas, secas, incêndios gigantescos, tornados, tempestades, etc.). Dizem que o El Niño joga um papel decisivo na pluviometria de praticamente todo o planeta.
Mas como resolvem eles a contradição entre a confiança que têm nos respectivos modelos e a incapacidade destes explicarem e preverem alterações do regime do El Niño, o mestre do clima – segundo eles –, que poderiam ser provocadas pelo aumento do efeito de estufa?
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Obs.: Com esta nota termina-se uma pequena reflexão não clássica sobre o El Niño. Para quem quiser proceder a uma leitura clássica aconselha-se Our affair with El Niño. Este livro foi escrito pelo ilustre cientista norte-americano S. George Philander. O livro contém mais de uma centena de referências bibliográficas.
Philander é Prof. de Meteorologia do Departamento de Geociências da Universidade de Princeton, EUA.
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