segunda-feira, maio 04, 2009

A influência galáctica no clima da Terra

Uma leitora brasileira da área de oceanografia queixa-se pelo facto de os europeus serem normalmente eurocêntricos. Preocupam-se mais com o estudo do Hemisfério Norte do que com o do Hemisfério Sul. Acha que as análises detalhadas da dinâmica do Árctico deveriam ser estendidas à do Antárctico.

Além disso, esta leitora procura encontrar justificações para alguns ciclos climáticos. MC transcreve a seguir um texto da autoria da cientista brasileira que manifesta a hipótese da possível influência dos raios cósmicos sobre o clima da Terra.

Seria interessante analisar conjuntamente os seguintes períodos paleoclimáticos e conhecimentos dos nossos antepassados:

1 – O Período Quente Minóico (aprox. 1400 aC), o Período Quente Romano (aprox. 250 aC) e o Ótimo Climático Medieval (aprox. 1000 dC) apresentam-se como fenómenos cíclicos com uma periodicidade de aproximadamente 1200 anos;

2 – O povo Inca (povo pré-colombiano das Américas) dizia que a Via Láctea (Mayu) é responsável pelas chuvas, e que o rio celestial, Mayu, se relaciona com as cheias dos rios da região Inca, atual Peru; e

3 – A teoria proposta por Charles Greeley Abbot – climatologista americano que foi desacreditado em vida – de que a variação da constante solar influencia o estado do tempo (e o clima).

Os períodos quentes observados na Europa obedeceram a um ciclo de cerca de 1200 anos. Desta forma, seria interessante encontrar um fenômeno que também tenha um período de 1200 anos que possa estar relacionado com aquele ciclo.

Será um fenômeno intergaláctico? Será que tal fenômeno é a Anomalia Magnética do Atlântico Sul? Esta anomalia pode diminuir o escudo protetor da Terra contra os prótons do sistema intergaláctico e solar e apresentar precisamente um ciclo de 1200 anos.

Tornar-se-ia necessário analisar o ciclo do posicionamento desta Anomalia – em forma de mancha – sobre a superfície do planeta. A Anomalia está atualmente localizada sobre o Atlântico Sul (especificamente sobre o Continente Americano). A sua velocidade de deslocamento de 0,3 ºW / ano influenciará o clima planetário ou, principalmente, o clima europeu?

O valor 0,3 ºW /ano refere-se ao deslocamento anual da área ou mancha do designado Mapeamento Geográfico da Anomalia do Atlântico Sul de 0,3 graus para oeste. A área demoraria 1200 anos para percorrer 360 graus da esfericidade da Terra. Isto é, as influências (registradas atualmente) decorrentes do posicionamento atual desta mancha seriam as mesmas que foram registradas há 1200 anos atrás, há 2400 anos atrás, etc?
A Anomalia encontra-se visível na fig. 4 do artigo «Um Novo Olhar sobre a Segurança de Sistemas Elétricos».

Admite-se que durante uma explosão solar intensa o número de prótons que caem para a baixa atmosfera é muito superior ao número médio durante um dia calmo de atividade solar. Admite-se ainda que o número que cai sobre a Anomalia Magnética do Atlântico Sul é superior ao do restante do globo.

Poderíamos concluir que a Anomalia age como um funil da massa intergaláctica e que os valores encontrados em seu interior superam os valores do restante do globo. Logo, teremos uma maior ativação de núcleos de condensação de gotas de formação das nuvens devido a esta massa de origem intergaláctica.

E, uma vez que esta anomalia esteja sobre o Pacífico Leste, poder-se-ia dizer que teríamos um evento de El Niño extremamente intenso e por um período longo?

O que ocorre na Europa durante um evento de El Niño? Ou no Pacifico Leste? Ou no atual posicionamento do “núcleo” da Anomalia Magnética do Atlântico Sul?

São tudo interrogações para uma investigação que se apresenta com interesse, a realizar por uma equipa multidisciplinar.

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Consultar: Les Rayons Cosmiques.