Cheias de 18 de Fevereiro de 2008
Após uma prolongada aglutinação anticiclónica (AA) que durou grande parte do início do ano de 2008, veio uma chuvada que provocou cheias no dia 18 de Fevereiro de 2008. O Instituto de Meteorologia (IM) chama-lhe «Precipitação forte em Portugal».
Mas as regiões do País mais afectadas foram as de Lisboa e de Setúbal. Segundo o IM bateram-se recordes de precipitação que recuavam a 1864. O anterior recorde era de 110 mm e passou para 118 mm de precipitação (não é claro qual foi o intervalo de tempo).
O IM refere uma depressão que caminhou do Oeste da Madeira para Nordeste. É pena não se indicar o valor da depressão. Deve ter sido bem cavada.
Mas ficou por explicar como se passou de uma situação de estabilidade anticiclónica para uma de depressão tão cavada.
O fenómeno é semelhante ao que acontece quando termina uma onda de calor mais ou menos prolongada provocada por pressões atmosféricas elevadas das aglutinações anticiclónicas (AA).
As AA fortes e persistentes não permitem a entrada de ar fresco oriundo do Oceano Atlântico. O ar dos recentes Anticiclones Móveis Polares (AMP) vai-se aglutinando de acordo com as respectivas menores densidades relativas.
Mas, aparecendo um ou mais AMP intensos, com densidades de ar mais elevadas, a AA rompe-se e deixa-os passar. Com eles são arrastadas as depressões que os contornam e se formam nas suas partes laterais.
Se os AMP são suficientemente fortes (quanto mais fortes forem as pressões anticiclónicas mais cavadas são as depressões) atravessam rapidamente as antigas AA. Então, as depressões D escapam-se do corpo principal do AMP. Tal acontece no Inverno.
Deste modo, as precipitações provocadas por depressões cavadas dão origem a cheias rápidas como lhes chamam os especialistas na matéria.
Foi o que aconteceu no dia 18 de Fevereiro de 2008. Os AMP desceram até à Península Ibérica por não serem capazes de romper o núcleo centrado a Norte sobre a Grã-Bretanha.
Passada esta fase de rompimento da anterior AA, formou-se nova AA. Daí que as eólicas tenham novamente quase parado de rodar (Vide REN do dia 20 de Fevereiro de 2008).
Desta vez foi o Diário de Notícias que se destacou a desinformar a opinião pública acerca da cheia de 18 de Fevereiro. Lê-se neste jornal, na notícia intitulada “Temporais vão ser mais frequentes”, o seguinte parágrafo:
«Com o aquecimento global esta situação tem tendência a aumentar e a piorar reforça ainda Francisco Ferreira, dirigente da Quercus, associação ambientalista».
Já lá vai o tempo em que os professores nunca falavam em público – a começar perante os alunos – de assuntos que não conhecessem aprofundadamente.
Não há nenhuma explicação plausível para que num cenário de aquecimento global surjam mais episódios de cheias. Antes pelo contrário. Não é no Verão que surgem cheias frequentes. Nem é no deserto do Saará que chove mais, apesar do aquecimento que por lá se observa.
A grande cheia de 1967 da região de Lisboa – quando se registaram 700 mortes – verificou-se durante um período de dezassete anos, de 1960 a 1976, em que se registou uma descida pronunciada de temperaturas (Vide Fig. 3).
Nessa altura o alarmismo era sobre «arrefecimento global». A catástrofe então anunciada seria a da entrada numa nova idade do gelo. Alguns dos alarmistas do frio dessa época são os mesmos que falam agora do calor. Tudo serve para amedrontar as populações.
E em 1946, quando as emissões de dióxido de carbono eram muito inferiores às actuais, também já se verificavam cheias em Lisboa, como pode ser visto numa foto (Fig. 105) enviada pelo colega Medina Ribeiro, autor do blogue Sorumbático.
Mas as regiões do País mais afectadas foram as de Lisboa e de Setúbal. Segundo o IM bateram-se recordes de precipitação que recuavam a 1864. O anterior recorde era de 110 mm e passou para 118 mm de precipitação (não é claro qual foi o intervalo de tempo).
O IM refere uma depressão que caminhou do Oeste da Madeira para Nordeste. É pena não se indicar o valor da depressão. Deve ter sido bem cavada.
Mas ficou por explicar como se passou de uma situação de estabilidade anticiclónica para uma de depressão tão cavada.
O fenómeno é semelhante ao que acontece quando termina uma onda de calor mais ou menos prolongada provocada por pressões atmosféricas elevadas das aglutinações anticiclónicas (AA).
As AA fortes e persistentes não permitem a entrada de ar fresco oriundo do Oceano Atlântico. O ar dos recentes Anticiclones Móveis Polares (AMP) vai-se aglutinando de acordo com as respectivas menores densidades relativas.
Mas, aparecendo um ou mais AMP intensos, com densidades de ar mais elevadas, a AA rompe-se e deixa-os passar. Com eles são arrastadas as depressões que os contornam e se formam nas suas partes laterais.
Se os AMP são suficientemente fortes (quanto mais fortes forem as pressões anticiclónicas mais cavadas são as depressões) atravessam rapidamente as antigas AA. Então, as depressões D escapam-se do corpo principal do AMP. Tal acontece no Inverno.
Deste modo, as precipitações provocadas por depressões cavadas dão origem a cheias rápidas como lhes chamam os especialistas na matéria.
Foi o que aconteceu no dia 18 de Fevereiro de 2008. Os AMP desceram até à Península Ibérica por não serem capazes de romper o núcleo centrado a Norte sobre a Grã-Bretanha.
Passada esta fase de rompimento da anterior AA, formou-se nova AA. Daí que as eólicas tenham novamente quase parado de rodar (Vide REN do dia 20 de Fevereiro de 2008).
Desta vez foi o Diário de Notícias que se destacou a desinformar a opinião pública acerca da cheia de 18 de Fevereiro. Lê-se neste jornal, na notícia intitulada “Temporais vão ser mais frequentes”, o seguinte parágrafo:
«Com o aquecimento global esta situação tem tendência a aumentar e a piorar reforça ainda Francisco Ferreira, dirigente da Quercus, associação ambientalista».
Já lá vai o tempo em que os professores nunca falavam em público – a começar perante os alunos – de assuntos que não conhecessem aprofundadamente.
Não há nenhuma explicação plausível para que num cenário de aquecimento global surjam mais episódios de cheias. Antes pelo contrário. Não é no Verão que surgem cheias frequentes. Nem é no deserto do Saará que chove mais, apesar do aquecimento que por lá se observa.
A grande cheia de 1967 da região de Lisboa – quando se registaram 700 mortes – verificou-se durante um período de dezassete anos, de 1960 a 1976, em que se registou uma descida pronunciada de temperaturas (Vide Fig. 3).
Nessa altura o alarmismo era sobre «arrefecimento global». A catástrofe então anunciada seria a da entrada numa nova idade do gelo. Alguns dos alarmistas do frio dessa época são os mesmos que falam agora do calor. Tudo serve para amedrontar as populações.
E em 1946, quando as emissões de dióxido de carbono eram muito inferiores às actuais, também já se verificavam cheias em Lisboa, como pode ser visto numa foto (Fig. 105) enviada pelo colega Medina Ribeiro, autor do blogue Sorumbático.
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