O drama da seca
O jornal Público de hoje, dia 13 de Fevereiro de 2008, logo na primeira página salienta «Há 91 anos que não chovia tão pouco em Portugal».
Desenvolve o tema na página 4 com elementos fornecidos pelo Departamento de Monitorização e Sistemas de Informação do Domínio Hídrico do Instituto da Água.
A análise cobre o período de Setembro de 2007 até quase a meados de Fevereiro de 2008. O Director daquele Departamento, Rui Rodrigues, afirmou ao jornalista do Público, Ricardo Garcia, que “Neste século [no século XX], só em 1917 choveu tão pouco entre Setembro e Janeiro.”.
Acontece que 1917 se caracterizou pelo início de um período de temperaturas crescentes que foi de, aproximadamente, 1910 até 1930 (como se sabe, os anos extremos dependem um pouco das fontes estatísticas).
Entre 1910-1930, o índice Oscilação do Atlântico Norte comportou-se exactamente com se está a comportar actualmente. Diz-se que apresentou uma fase positiva. Significa que as transferências meridionais de energia e de ar foram acentuadas.
Nestas circunstâncias, a dinâmica do Árctico é semelhante. Como sempre, foram os anticiclones móveis polares mais potentes no Inverno que se responsabilizaram pela intensificação daquelas trocas meridionais.
Vários leitores desejariam que se dedicasse mais atenção às tendências do que à situação imediata de tal ou tal região. Já por mais de uma vez se salientou a complicação de avançar com tendências.
Mas também várias vezes se destacou que a dinâmica actual também se caracteriza pelo desvio do potencial precipitável cuja existência é uma das três condições draconianas da pluviogénese.
Já se avançou com a explicação do mecanismo da seca ligado às estabilidades anticiclónicas de longa duração. Também já se viu que seca (défice de vapor de água) e efeito de estufa não jogam bem.
A água no estado líquido vai para algures. Precipita no estado sólido ou até no líquido em regiões bem distantes da Península Ibérica. Alguns glaciares estarão até a aumentar a sua massa (deveríamos observar o que se passa na Escandinávia e no Pólo Norte, propriamente dito).
Mas o que nos interessa agora é admitir a continuação de uma dinâmica como a actual. Ou seja, a seca veio para ficar. Pergunta-se: - O que andam a fazer os decisores políticos para adaptar o País a uma seca que se prevê prolongada?
Desenvolve o tema na página 4 com elementos fornecidos pelo Departamento de Monitorização e Sistemas de Informação do Domínio Hídrico do Instituto da Água.
A análise cobre o período de Setembro de 2007 até quase a meados de Fevereiro de 2008. O Director daquele Departamento, Rui Rodrigues, afirmou ao jornalista do Público, Ricardo Garcia, que “Neste século [no século XX], só em 1917 choveu tão pouco entre Setembro e Janeiro.”.
Acontece que 1917 se caracterizou pelo início de um período de temperaturas crescentes que foi de, aproximadamente, 1910 até 1930 (como se sabe, os anos extremos dependem um pouco das fontes estatísticas).
Entre 1910-1930, o índice Oscilação do Atlântico Norte comportou-se exactamente com se está a comportar actualmente. Diz-se que apresentou uma fase positiva. Significa que as transferências meridionais de energia e de ar foram acentuadas.
Nestas circunstâncias, a dinâmica do Árctico é semelhante. Como sempre, foram os anticiclones móveis polares mais potentes no Inverno que se responsabilizaram pela intensificação daquelas trocas meridionais.
Vários leitores desejariam que se dedicasse mais atenção às tendências do que à situação imediata de tal ou tal região. Já por mais de uma vez se salientou a complicação de avançar com tendências.
Mas também várias vezes se destacou que a dinâmica actual também se caracteriza pelo desvio do potencial precipitável cuja existência é uma das três condições draconianas da pluviogénese.
Já se avançou com a explicação do mecanismo da seca ligado às estabilidades anticiclónicas de longa duração. Também já se viu que seca (défice de vapor de água) e efeito de estufa não jogam bem.
A água no estado líquido vai para algures. Precipita no estado sólido ou até no líquido em regiões bem distantes da Península Ibérica. Alguns glaciares estarão até a aumentar a sua massa (deveríamos observar o que se passa na Escandinávia e no Pólo Norte, propriamente dito).
Mas o que nos interessa agora é admitir a continuação de uma dinâmica como a actual. Ou seja, a seca veio para ficar. Pergunta-se: - O que andam a fazer os decisores políticos para adaptar o País a uma seca que se prevê prolongada?
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