Verão 2007
O Instituto de Meteorologia (IM) acaba de publicar, com data de 31 de Agosto de 2007, no seu sítio web uma Informação que começa deste modo:
O Verão (Junho, Julho e Agosto) de 2007 apresentou as temperaturas médias do ar mais baixas dos últimos 20 anos, em Portugal Continental, situando-se cerca de 0,5º C abaixo do respectivo valor médio do período 1971-2000.
Além disso, num Comunicado de Imprensa, com a mesma data, fornece uma informação mais detalhada donde se destaca este período com um raspanete aos media:
Em resumo, dir-se-á que a caracterização do Verão de 2007 enquadra-se perfeitamente na variabilidade climática observada em Portugal continental e não confirma alguns cenários de tempo excepcionalmente quente adiantados em Maio na imprensa nacional, os quais foram aliás logo na ocasião desmentidos pelo IM, em comunicado difundido no dia 11 desse mês.
O sublinhado (em itálico) é do próprio IM. Regista-se com satisfação que este organismo se junta aos queixosos que salientam os exageros dos media. No Comunicado do dia 11 de Maio de 2007 o IM já puxava as orelhas aos media :
Notícias divulgadas hoje pelos Órgãos de Comunicação Social com referência a previsão de altas temperaturas para o Verão de 2007 não podem ser confirmadas pelo Instituto de Meteorologia (IM).
Além disso, o IM, no seu Comunicado mais antigo, já manifestava descrença nos modelos matemáticos:
Com efeito, tomando por base alguns modelos físico-matemáticos com previsões a médio-prazo para o território de Portugal Continental utilizados pelo IM, não se pode neste momento prever de forma consistente a ocorrência de temperatura superior à média nos meses do próximo Verão, porquanto estes modelos não são convergentes nas suas previsões.
Acabava, nesse tal Comunicado, por dizer a verdade acerca da inoperacionalidade dos modelos em qualquer lugar (o IPCC devia ler este trecho do nosso IM) e das suas previsões (ou projecções) sem fiabilidade:
E, definitivamente, não pode prever-se a ocorrência de ondas de calor com maior significado que o registado em anos anteriores, porquanto não existem em Portugal ou no Mundo modelos que garantam a sua ocorrência em momentos específicos e que igualmente antecipem o seu número e incidência espacial.
Nesse Comunicado de 11 de Maio de 2007, o IM concluía muito bem - sem falar em aquecimento global, alterações climáticas e emissões de gases com efeito de estufa:
O Instituto de Meteorologia continuará a monitorizar a evolução das condições meteorológicas em Portugal, fornecendo com a antecipação possível as previsões que cientificamente se encontrem validadas e emitindo os alertas consequentes no seu site www.meteo.pt.
Só faltou o IM dizer que os fenómenos verificados no Verão de 2007 se ficaram a dever ao quase-triângulo branco do Árctico que se observa na Fig. 88. A pouco e pouco vamos convergindo para a realidade.
Entretanto os media – quase todos – meteram a viola no saco e não deram destaque aos comunicados do IM. Alguns esconderam, envergonhadamente, numa página interior.
Segundo um leitor, a estação de rádio TSF (que tem um currículo negativo nesta matéria) começou no início do Verão com um programa diário intitulado “SOS Calor” que desapareceu às tantas sem explicação.
Mas o Verão ainda não acabou. Qual é a actividade dos anticiclones móveis polares nos meses de Setembro? No ano passado, o Árctico repousou entre meados de Setembro e meados de Novembro, conforme se vê na Fig. 78.
Qual será o plano de férias do Árctico para este ano? Normalmente nunca repete o mesmo plano.
O Verão (Junho, Julho e Agosto) de 2007 apresentou as temperaturas médias do ar mais baixas dos últimos 20 anos, em Portugal Continental, situando-se cerca de 0,5º C abaixo do respectivo valor médio do período 1971-2000.
Além disso, num Comunicado de Imprensa, com a mesma data, fornece uma informação mais detalhada donde se destaca este período com um raspanete aos media:
Em resumo, dir-se-á que a caracterização do Verão de 2007 enquadra-se perfeitamente na variabilidade climática observada em Portugal continental e não confirma alguns cenários de tempo excepcionalmente quente adiantados em Maio na imprensa nacional, os quais foram aliás logo na ocasião desmentidos pelo IM, em comunicado difundido no dia 11 desse mês.
O sublinhado (em itálico) é do próprio IM. Regista-se com satisfação que este organismo se junta aos queixosos que salientam os exageros dos media. No Comunicado do dia 11 de Maio de 2007 o IM já puxava as orelhas aos media :
Notícias divulgadas hoje pelos Órgãos de Comunicação Social com referência a previsão de altas temperaturas para o Verão de 2007 não podem ser confirmadas pelo Instituto de Meteorologia (IM).
Além disso, o IM, no seu Comunicado mais antigo, já manifestava descrença nos modelos matemáticos:
Com efeito, tomando por base alguns modelos físico-matemáticos com previsões a médio-prazo para o território de Portugal Continental utilizados pelo IM, não se pode neste momento prever de forma consistente a ocorrência de temperatura superior à média nos meses do próximo Verão, porquanto estes modelos não são convergentes nas suas previsões.
Acabava, nesse tal Comunicado, por dizer a verdade acerca da inoperacionalidade dos modelos em qualquer lugar (o IPCC devia ler este trecho do nosso IM) e das suas previsões (ou projecções) sem fiabilidade:
E, definitivamente, não pode prever-se a ocorrência de ondas de calor com maior significado que o registado em anos anteriores, porquanto não existem em Portugal ou no Mundo modelos que garantam a sua ocorrência em momentos específicos e que igualmente antecipem o seu número e incidência espacial.
Nesse Comunicado de 11 de Maio de 2007, o IM concluía muito bem - sem falar em aquecimento global, alterações climáticas e emissões de gases com efeito de estufa:
O Instituto de Meteorologia continuará a monitorizar a evolução das condições meteorológicas em Portugal, fornecendo com a antecipação possível as previsões que cientificamente se encontrem validadas e emitindo os alertas consequentes no seu site www.meteo.pt.
Só faltou o IM dizer que os fenómenos verificados no Verão de 2007 se ficaram a dever ao quase-triângulo branco do Árctico que se observa na Fig. 88. A pouco e pouco vamos convergindo para a realidade.
Entretanto os media – quase todos – meteram a viola no saco e não deram destaque aos comunicados do IM. Alguns esconderam, envergonhadamente, numa página interior.
Segundo um leitor, a estação de rádio TSF (que tem um currículo negativo nesta matéria) começou no início do Verão com um programa diário intitulado “SOS Calor” que desapareceu às tantas sem explicação.
Mas o Verão ainda não acabou. Qual é a actividade dos anticiclones móveis polares nos meses de Setembro? No ano passado, o Árctico repousou entre meados de Setembro e meados de Novembro, conforme se vê na Fig. 78.
Qual será o plano de férias do Árctico para este ano? Normalmente nunca repete o mesmo plano.
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