TNYT corrigiu
O artigo «The North Pole is melting» do The New York Times de 19 de Agosto de 2000 foi corrigido logo a seguir. A 29 de Agosto, foram publicadas correcções sugeridas por alguns cientistas atentos, nomeadamente Richard S. Lindzen do MIT. Foi importante o TNYT ter feito a correcção embora de um modo disfarçado na página D-3.
No fim da estiagem, as rotas navegáveis no oceano Árctico permitem a passagem de quebra-gelos. O jornal admitiu que errou acerca da verdadeira situação do gelo polar. Apenas cerca de dez por cento do Oceano Árctico estava navegável.
O repórter McCarthy afirmou agora que «would not argue with critics who said that open water at the pole was not unprecedented.» (a água encontrada no pólo não era tão invulgar como fora dito).
Qual é então a verdadeira situação do Pólo Norte? É uma zona muito complexa. Existem vários estudos independentes acerca das temperaturas nas altas latitudes. Um deles é o do climatologista R. Pryzbylak que é citado por Patrick J. Michaels.
Foi publicado em 2000 nas páginas 587-614 do número 20 do International Journal of Climatology. Trata-se do artigo «Temporal and spatial variation of surface air temperature over the period of instrumental observation in the Arctic».
A Fig. 46, obtida desse artigo, regista anomalias da temperatura, entre 1930 e 1990, para as latitudes 70 ºN até 85 ºN. A figura mostra um declínio das temperaturas desde 1940. Este estudo confirma os resultados anunciados por Jonathan Kahl, da Universidade de Wisconsin (Vd. Obs. do post anterior)
O comportamento da temperatura ao longo do século XX naquelas paragens inóspitas não é homogéneo. O Pólo Norte apresenta uma situação geral extremamente complexa. Se dividirmos a região boreal em quatro quadrantes ortogonais, em cada um deles existem diferenças importantes.
Além disso, as evoluções dependem muito das latitudes e das estações do ano. Daí que falar em médias, tanto espaciais como temporais, é muito arriscado. O IPCC publicou os piores valores para as latitudes acima dos 55 ºN e acima dos 60 ºN.
Os resultados são completamente distintos se as latitudes escolhidas forem de 70 ºN a 85 ºN, por exemplo. Há, portanto, que estar bastante atento às latitudes a que se referem os estudos publicados.
Definitivamente, os gelos não fundem nas noites polares do Inverno. Na escuridão fria do Inverno os mantos de gelo boreais têm-se mantido. E, depois, têm resistido às estiagens. A melhor prova está na intensificação dos anticiclones móveis polares já ejectados este ano.
Obs.: Acrescentado «...quadrantes ortogonais,...»
No fim da estiagem, as rotas navegáveis no oceano Árctico permitem a passagem de quebra-gelos. O jornal admitiu que errou acerca da verdadeira situação do gelo polar. Apenas cerca de dez por cento do Oceano Árctico estava navegável.
O repórter McCarthy afirmou agora que «would not argue with critics who said that open water at the pole was not unprecedented.» (a água encontrada no pólo não era tão invulgar como fora dito).
Qual é então a verdadeira situação do Pólo Norte? É uma zona muito complexa. Existem vários estudos independentes acerca das temperaturas nas altas latitudes. Um deles é o do climatologista R. Pryzbylak que é citado por Patrick J. Michaels.
Foi publicado em 2000 nas páginas 587-614 do número 20 do International Journal of Climatology. Trata-se do artigo «Temporal and spatial variation of surface air temperature over the period of instrumental observation in the Arctic».
A Fig. 46, obtida desse artigo, regista anomalias da temperatura, entre 1930 e 1990, para as latitudes 70 ºN até 85 ºN. A figura mostra um declínio das temperaturas desde 1940. Este estudo confirma os resultados anunciados por Jonathan Kahl, da Universidade de Wisconsin (Vd. Obs. do post anterior)
O comportamento da temperatura ao longo do século XX naquelas paragens inóspitas não é homogéneo. O Pólo Norte apresenta uma situação geral extremamente complexa. Se dividirmos a região boreal em quatro quadrantes ortogonais, em cada um deles existem diferenças importantes.
Além disso, as evoluções dependem muito das latitudes e das estações do ano. Daí que falar em médias, tanto espaciais como temporais, é muito arriscado. O IPCC publicou os piores valores para as latitudes acima dos 55 ºN e acima dos 60 ºN.
Os resultados são completamente distintos se as latitudes escolhidas forem de 70 ºN a 85 ºN, por exemplo. Há, portanto, que estar bastante atento às latitudes a que se referem os estudos publicados.
Definitivamente, os gelos não fundem nas noites polares do Inverno. Na escuridão fria do Inverno os mantos de gelo boreais têm-se mantido. E, depois, têm resistido às estiagens. A melhor prova está na intensificação dos anticiclones móveis polares já ejectados este ano.
Obs.: Acrescentado «...quadrantes ortogonais,...»
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