Glaciares de Montana
Dois dias antes do 11 de Setembro, ávido de falar sobre qualquer coisa, o repórter Jim Avila da NBC procurou nas profundezas da reciclagem a história que ocupasse o bloco de notícias nocturno com maior impacto.
Escolheu a mais sensacionalista para um calmo fim de Verão. Nada mais a calhar do que a fusão dos glaciares do Parque Nacional de Montana. “A temperatura subiu uma média de três graus e meio (Fahrenheit) no parque durante os últimos 110 anos”, afirmou eufórico.
As temperaturas dos EUA são medidas pelo National Climatic Data Center. Divide o país em cerca de cem “Climatological Divisions”. Estas retalham a área nacional numa reticula minuciosa que faz dele dos mais bem apetrechados para a recolha de dados meteorológicos. Monitores profissionais e voluntários calibram e observam os resultados dos aparelhos de medida de cada divisão.
As temperaturas mensais e anuais são calculadas pelas médias das leituras feitas pelas respectivas divisões climatológicas. As estatísticas da Western Montana Climatological Division podem ser obtidas na hiperligação http://www.wrcc.dri.edu/
A Fig. 42 mostra valores estatísticos anuais das temperaturas médias estivais (Junho, Julho e Agosto) da divisão de Montana que inclui o Glacier National Park. Demonstra não existir qualquer aquecimento significativo entre 1890 e 2000. O mesmo também é verdade para os valores médios anuais embora estes não sejam relevantes para a vida dos glaciares (Vd. Prof. Robert Vivian).
Se desprezarmos os primeiros 55 anos da estatística das temperaturas e calcularmos a variação desde 1950 até 2001, encontramos o tal valor de 3,5 graus Fahrenheit proclamado por Avila.
Mas isto não é correcto quanto à história completa dos glaciares de Montana. Esse valor não prova nada. Os glaciares do Parque de Glaciares de Montana estão a recuar com temperaturas de Verão a manterem-se tal como há 107 anos atrás.
Porque é que Avila não consultou todo o registo das temperaturas da Western Montana Climatological Division? Se o tivesse feito concluiria que os glaciares estariam a desaparecer independentemente de o planeta estar a aquecer ou a arrefecer. Aquela região não está mais quente do que há cem anos atrás.
Trata-se de mais uma história do género da dos glaciares do Kilimanjaro. Estas histórias contadas por todos os Avilas repetem-se continuamente e não raro voltam à ribalta. Como acontece nas proximidades das realizações das COP (Conference of the Parties) ou, agora, dos MOP (Meeting of the Parties).
Nota: Foi corrigida a data de 9 para 11 de Setembro.
Escolheu a mais sensacionalista para um calmo fim de Verão. Nada mais a calhar do que a fusão dos glaciares do Parque Nacional de Montana. “A temperatura subiu uma média de três graus e meio (Fahrenheit) no parque durante os últimos 110 anos”, afirmou eufórico.
As temperaturas dos EUA são medidas pelo National Climatic Data Center. Divide o país em cerca de cem “Climatological Divisions”. Estas retalham a área nacional numa reticula minuciosa que faz dele dos mais bem apetrechados para a recolha de dados meteorológicos. Monitores profissionais e voluntários calibram e observam os resultados dos aparelhos de medida de cada divisão.
As temperaturas mensais e anuais são calculadas pelas médias das leituras feitas pelas respectivas divisões climatológicas. As estatísticas da Western Montana Climatological Division podem ser obtidas na hiperligação http://www.wrcc.dri.edu/
A Fig. 42 mostra valores estatísticos anuais das temperaturas médias estivais (Junho, Julho e Agosto) da divisão de Montana que inclui o Glacier National Park. Demonstra não existir qualquer aquecimento significativo entre 1890 e 2000. O mesmo também é verdade para os valores médios anuais embora estes não sejam relevantes para a vida dos glaciares (Vd. Prof. Robert Vivian).
Se desprezarmos os primeiros 55 anos da estatística das temperaturas e calcularmos a variação desde 1950 até 2001, encontramos o tal valor de 3,5 graus Fahrenheit proclamado por Avila.
Mas isto não é correcto quanto à história completa dos glaciares de Montana. Esse valor não prova nada. Os glaciares do Parque de Glaciares de Montana estão a recuar com temperaturas de Verão a manterem-se tal como há 107 anos atrás.
Porque é que Avila não consultou todo o registo das temperaturas da Western Montana Climatological Division? Se o tivesse feito concluiria que os glaciares estariam a desaparecer independentemente de o planeta estar a aquecer ou a arrefecer. Aquela região não está mais quente do que há cem anos atrás.
Trata-se de mais uma história do género da dos glaciares do Kilimanjaro. Estas histórias contadas por todos os Avilas repetem-se continuamente e não raro voltam à ribalta. Como acontece nas proximidades das realizações das COP (Conference of the Parties) ou, agora, dos MOP (Meeting of the Parties).
Nota: Foi corrigida a data de 9 para 11 de Setembro.
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