Os modelos informáticos do clima são igualmente simplistas
O IPCC associou aos modelos informáticos o simplismo do seu modelo radiativo. Mas os modelos informáticos sofrem da mesma doença simplista ao considerar outros esquemas que também não explicam a realidade da dinâmica do tempo e do clima.
O IPCC persegue apenas o objectivo de confirmar o seu raciocínio primário do desequilíbrio radiativo com a projecção de subidas de temperatura sob a influência dos aumentos das concentrações dos GEE de génese antropogénica.
No entanto, estas ferramentas são manifestamente inadequadas para o objectivo em causa. Os vários modelos informáticos não representam as pressões atmosféricas, com grandes diferenças dos Trópicos para os pólos, que têm um papel fundamental na evolução das temperaturas superficiais. Nem os ventos, nem a chuva, nem etc.
Mesmo dentro da imperfeição, há diferenças significativas entre os vários modelos quanto à distribuição global das precipitações, incluindo os esquemas das chuvas tropicais. Isto é normal, pois os autores dos modelos não dominam os processos pluviométricos pelo que não podem transpor para os modelos aquilo que desconhecem.
A precipitação é um resultado das transferências atmosféricas da emissão do calor latente e assim as inconsistências reflectem as diferenças das dinâmicas internas consideradas nos modelos. Os modelos não podem resolver aquilo que os modeladores desconhecem.
Outro aspecto da ignorância dos modelos reside no tratamento que é dado às circulações dos oceanos que são grosseiramente desprezadas. Pode-se afirmar sem correr grande risco que os modelos climáticos ainda estão na sua infância e têm de percorrer um grande caminho até merecerem algum crédito.
Outro aspecto extremamente importante é que os modelos não têm nem podem ter em consideração as respostas imediatas a um impulso de uma alteração de um agente climático, ou seja, desconhecem o feedback de um forçamento ao pretenso equilíbrio radiativo.
Depois de se produzir um forçamento radiativo existirá sempre um regime livre que tenderá a levar o sistema climático para um novo estado de equilíbrio. O processo não pode ser instantâneo – na Natureza as variações de energia não podem ser instantâneas pois caso contrário obter-se-iam potências infinitas. Ninguém sabe explicar com segurança como se processa a passagem de um estado de equilíbrio para outro estado de equilíbrio.
Ora, os feedbacks (ou retroacções) podem ser positivos ou negativos. Quem sabe como são? Eis um exemplo meramente especulativo. Um aumento da concentração do dióxido de carbono poderá mudar a quantidade de vapor de água na atmosfera. Como?
Mas também poderá modificar as características das nuvens, a extensão da cobertura de neve ou a área ocupada pelos gelos marinhos, tudo com uma influência considerável na temperatura da superfície terrestre. Como?
O modo complexo como todos estes processos interactuam torna muito dispersos os resultados obtidos nos modelos informáticos actuais sobre o suposto aquecimento final que, por exemplo, produziria uma duplicação da concentração do dióxido de carbono. O conceito de sensibilidade climática é atraente mas especulativo.
O problema radica nas formulações utilizadas nos modelos, na variabilidade interna natural do sistema climático e nos múltiplos aspectos possíveis da composição química da atmosfera futura que não são apreendidos pelos modelos.
Qual é o tempo de resposta do sistema climático a um forçamento radiativo, isto é, o tempo que demora a alcançar um novo equilíbrio térmico que se adeqúe a um novo balanço? Ninguém sabe. Nos oceanos, por exemplo, os tempos de resposta podem ser da ordem de décadas ou de centenas de anos.
Já a inércia térmica da atmosfera é menor. Verifica-se que os diferentes tempos de resposta complicam ainda mais a determinação e os cálculos dos efeitos climáticos depois de qualquer tipo de forçamento.
O IPCC persegue apenas o objectivo de confirmar o seu raciocínio primário do desequilíbrio radiativo com a projecção de subidas de temperatura sob a influência dos aumentos das concentrações dos GEE de génese antropogénica.
No entanto, estas ferramentas são manifestamente inadequadas para o objectivo em causa. Os vários modelos informáticos não representam as pressões atmosféricas, com grandes diferenças dos Trópicos para os pólos, que têm um papel fundamental na evolução das temperaturas superficiais. Nem os ventos, nem a chuva, nem etc.
Mesmo dentro da imperfeição, há diferenças significativas entre os vários modelos quanto à distribuição global das precipitações, incluindo os esquemas das chuvas tropicais. Isto é normal, pois os autores dos modelos não dominam os processos pluviométricos pelo que não podem transpor para os modelos aquilo que desconhecem.
A precipitação é um resultado das transferências atmosféricas da emissão do calor latente e assim as inconsistências reflectem as diferenças das dinâmicas internas consideradas nos modelos. Os modelos não podem resolver aquilo que os modeladores desconhecem.
Outro aspecto da ignorância dos modelos reside no tratamento que é dado às circulações dos oceanos que são grosseiramente desprezadas. Pode-se afirmar sem correr grande risco que os modelos climáticos ainda estão na sua infância e têm de percorrer um grande caminho até merecerem algum crédito.
Outro aspecto extremamente importante é que os modelos não têm nem podem ter em consideração as respostas imediatas a um impulso de uma alteração de um agente climático, ou seja, desconhecem o feedback de um forçamento ao pretenso equilíbrio radiativo.
Depois de se produzir um forçamento radiativo existirá sempre um regime livre que tenderá a levar o sistema climático para um novo estado de equilíbrio. O processo não pode ser instantâneo – na Natureza as variações de energia não podem ser instantâneas pois caso contrário obter-se-iam potências infinitas. Ninguém sabe explicar com segurança como se processa a passagem de um estado de equilíbrio para outro estado de equilíbrio.
Ora, os feedbacks (ou retroacções) podem ser positivos ou negativos. Quem sabe como são? Eis um exemplo meramente especulativo. Um aumento da concentração do dióxido de carbono poderá mudar a quantidade de vapor de água na atmosfera. Como?
Mas também poderá modificar as características das nuvens, a extensão da cobertura de neve ou a área ocupada pelos gelos marinhos, tudo com uma influência considerável na temperatura da superfície terrestre. Como?
O modo complexo como todos estes processos interactuam torna muito dispersos os resultados obtidos nos modelos informáticos actuais sobre o suposto aquecimento final que, por exemplo, produziria uma duplicação da concentração do dióxido de carbono. O conceito de sensibilidade climática é atraente mas especulativo.
O problema radica nas formulações utilizadas nos modelos, na variabilidade interna natural do sistema climático e nos múltiplos aspectos possíveis da composição química da atmosfera futura que não são apreendidos pelos modelos.
Qual é o tempo de resposta do sistema climático a um forçamento radiativo, isto é, o tempo que demora a alcançar um novo equilíbrio térmico que se adeqúe a um novo balanço? Ninguém sabe. Nos oceanos, por exemplo, os tempos de resposta podem ser da ordem de décadas ou de centenas de anos.
Já a inércia térmica da atmosfera é menor. Verifica-se que os diferentes tempos de resposta complicam ainda mais a determinação e os cálculos dos efeitos climáticos depois de qualquer tipo de forçamento.
1 Comments:
Relativamente aos modelos ecológicos, aqui está uma síntese cinetíficamente rigorosa e conciliadora com o espaço público. Foi uma tarefa, no meu entender, bem conseguida.
http://bioterra.blogspot.com
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