O Árctico (3)
Continua Antón: «Por tudo quanto se disse, é assim extremamente difícil determinar empiricamente a tendência a longo prazo da espessura do gelo no conjunto do Árctico.
Provavelmente, essas mudanças estão ligadas à variabilidade do índice ONA que durante as últimas décadas apresentou uma tendência para a alta. Sabe-se que este índice, que indica a intensidade da componente zonal dos ventos atlânticos do oeste que penetram na Eurásia, está muito relacionado com a extensão dos gelos dos bancos do Árctico.
Com valores altos, e uma circulação de ventos fortes do oeste, a extensão dos gelos árcticos é menor do que quando são baixos. [Nota: Sabe-se que o berço dos AMP situado no Árctico está mais frio como se provou pela intensidade e frequência dos AMP nascidos nos meses de Fevereiro e Março próximo passados.]
A passagem do Noroeste é a possível rota marítima que através das ilhas do Norte do Canadá, quase sempre rodeadas de gelo, se poderia seguir para alcançar o Oceano Pacífico a partir do Oceano Atlântico.
Se ficasse aberta a passagem, devido ao hipotético aquecimento global e ao degelo, diminuiria em centenas de milhas a travessia da Europa para a Ásia ou vice-versa. Sem dúvida são poucos os barcos que até agora o tenham conseguido e não parece que tenham melhorado as condições climáticas desde as primeiras tentativas realizadas no século XIX.
Constam nos diários de bordo dos seus capitães as rotas que foram tentadas sem êxito naquela época (Vd. Overland, J.E. et Wood, K., Accounts from 19-th century canadian Arctic Explorer’Logs, EOS, 84 40, 2003).
Não apenas a espessura mas também a extensão dos bancos de gelo do árctico têm merecido estudos exaustivos. Um estudo a partir de medições de satélites durante o período recente de 1978-1998 parece indicar uma diminuição substancial, até 14 %, da área coberta pelo gelo multi-anual (Vd. Johannessen, O. M.et al., Satelliteÿ evidence for an arctic sea ice cover in transformation, Science, 286, 1937-1939, 1999).
O estudo indica, sem dúvida, que a variabilidade é grande e que 20 anos de medições são insuficientes para estabelecer uma tendência a médio e longo prazo. Outro estudo que analisa um período mais extenso mostra uma débil tendência geral para a baixa durante o século XX.»
Provavelmente, essas mudanças estão ligadas à variabilidade do índice ONA que durante as últimas décadas apresentou uma tendência para a alta. Sabe-se que este índice, que indica a intensidade da componente zonal dos ventos atlânticos do oeste que penetram na Eurásia, está muito relacionado com a extensão dos gelos dos bancos do Árctico.
Com valores altos, e uma circulação de ventos fortes do oeste, a extensão dos gelos árcticos é menor do que quando são baixos. [Nota: Sabe-se que o berço dos AMP situado no Árctico está mais frio como se provou pela intensidade e frequência dos AMP nascidos nos meses de Fevereiro e Março próximo passados.]
A passagem do Noroeste é a possível rota marítima que através das ilhas do Norte do Canadá, quase sempre rodeadas de gelo, se poderia seguir para alcançar o Oceano Pacífico a partir do Oceano Atlântico.
Se ficasse aberta a passagem, devido ao hipotético aquecimento global e ao degelo, diminuiria em centenas de milhas a travessia da Europa para a Ásia ou vice-versa. Sem dúvida são poucos os barcos que até agora o tenham conseguido e não parece que tenham melhorado as condições climáticas desde as primeiras tentativas realizadas no século XIX.
Constam nos diários de bordo dos seus capitães as rotas que foram tentadas sem êxito naquela época (Vd. Overland, J.E. et Wood, K., Accounts from 19-th century canadian Arctic Explorer’Logs, EOS, 84 40, 2003).
Não apenas a espessura mas também a extensão dos bancos de gelo do árctico têm merecido estudos exaustivos. Um estudo a partir de medições de satélites durante o período recente de 1978-1998 parece indicar uma diminuição substancial, até 14 %, da área coberta pelo gelo multi-anual (Vd. Johannessen, O. M.et al., Satelliteÿ evidence for an arctic sea ice cover in transformation, Science, 286, 1937-1939, 1999).
O estudo indica, sem dúvida, que a variabilidade é grande e que 20 anos de medições são insuficientes para estabelecer uma tendência a médio e longo prazo. Outro estudo que analisa um período mais extenso mostra uma débil tendência geral para a baixa durante o século XX.»
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