As causas das variações climáticas
Entre a opinião pública mais esclarecida existem suposições, mais ou menos consistentes, sobre as causas que influenciam e influenciaram as permanentes variações do clima, como a actividade solar, os parâmetros orbitais, o vulcanismo e o efeito de estufa antropogénico.
Todos os componentes do sistema climático variam incessantemente e não é possível estender o alcance dos mecanismos actuais a todas as escalas temporais anteriores à nossa nem tão pouco os antigos à actualidade sem ter em consideração a orografia e a posição do planeta Terra em relação à dos seus vizinhos.
Torna-se necessário considerar como fixos os dados da litosfera, nomeadamente a repartição dos continentes e a disposição dos relevos cuja importância é primordial na organização da circulação dos oceanos e da atmosfera, para se poder raciocinar a partir das condições actuais do funcionamento da circulação geral.
A escala geológica, na qual é necessário conhecer com precisão a geografia exacta (nomeadamente a topografia) do planeta, está afastada desta explanação. Examinam-se apenas as variações recentes do clima (quando muito até ao Pleistocénio superior – início da era Quaternária que corresponde ao Paleolítico superior ou era glaciária), para as quais a lógica dos fenómenos actuais é facilmente transponível.
As variações climáticas sucedem-se através das modificações da intensidade da circulação geral, da variação da intensidade das perturbações inerentes a estas e do feedback do seu campo de acção em relação ao estado inicial ou de partida.
Entre as causas que provocam estas variações, relativamente à sua intensidade mas não à natureza da dinâmica do tempo nas condições geográficas comparáveis à actual, distinguem-se as causas externas e as causas internas ao sistema climático.
As variações da actividade solar e as modificações dos parâmetros orbitais são causa internas susceptíveis de modificar a intensidade da radiação emitida em direcção à Terra.
Já as causas que actuam sobre a eficácia da radiação solar e sobre a intensidade da contra-radiação (re-emissão) terrestre podem resultar quer de processos naturais (resultantes do vulcanismo, p.e.) quer de processos antropogénicos (urbanismo, alteração do uso dos solos e gases com efeito de estufa, p.e.).
O urbanismo altera o albedo do planeta, ou seja a fracção do fluxo da radiação solar incidente que é reenviada por reflexão ou difusão na superfície terrestre. Outro exemplo, diz respeito à modificação realizada nos solos pela florestação.
A florestação pode não representar um ganho. De facto, tem de ser feito um balanço entre o que se perdeu – se é que se perdeu – quanto ao albedo terrestre e o que se ganhou quanto à captação de dióxido de carbono pelos mecanismos do ciclo de carbono.
Todos os componentes do sistema climático variam incessantemente e não é possível estender o alcance dos mecanismos actuais a todas as escalas temporais anteriores à nossa nem tão pouco os antigos à actualidade sem ter em consideração a orografia e a posição do planeta Terra em relação à dos seus vizinhos.
Torna-se necessário considerar como fixos os dados da litosfera, nomeadamente a repartição dos continentes e a disposição dos relevos cuja importância é primordial na organização da circulação dos oceanos e da atmosfera, para se poder raciocinar a partir das condições actuais do funcionamento da circulação geral.
A escala geológica, na qual é necessário conhecer com precisão a geografia exacta (nomeadamente a topografia) do planeta, está afastada desta explanação. Examinam-se apenas as variações recentes do clima (quando muito até ao Pleistocénio superior – início da era Quaternária que corresponde ao Paleolítico superior ou era glaciária), para as quais a lógica dos fenómenos actuais é facilmente transponível.
As variações climáticas sucedem-se através das modificações da intensidade da circulação geral, da variação da intensidade das perturbações inerentes a estas e do feedback do seu campo de acção em relação ao estado inicial ou de partida.
Entre as causas que provocam estas variações, relativamente à sua intensidade mas não à natureza da dinâmica do tempo nas condições geográficas comparáveis à actual, distinguem-se as causas externas e as causas internas ao sistema climático.
As variações da actividade solar e as modificações dos parâmetros orbitais são causa internas susceptíveis de modificar a intensidade da radiação emitida em direcção à Terra.
Já as causas que actuam sobre a eficácia da radiação solar e sobre a intensidade da contra-radiação (re-emissão) terrestre podem resultar quer de processos naturais (resultantes do vulcanismo, p.e.) quer de processos antropogénicos (urbanismo, alteração do uso dos solos e gases com efeito de estufa, p.e.).
O urbanismo altera o albedo do planeta, ou seja a fracção do fluxo da radiação solar incidente que é reenviada por reflexão ou difusão na superfície terrestre. Outro exemplo, diz respeito à modificação realizada nos solos pela florestação.
A florestação pode não representar um ganho. De facto, tem de ser feito um balanço entre o que se perdeu – se é que se perdeu – quanto ao albedo terrestre e o que se ganhou quanto à captação de dióxido de carbono pelos mecanismos do ciclo de carbono.
4 Comments:
Relativamente "deep-paleoclimates" analise de factores causais faz-se muitas vezes recorrendo a analises de sensibilidade de modelos. Por exemplo os estudos de Valdes demonstraram que a brecha entre a ponta sul da america e a antartida nao parece ter sido responsavel pelo aquecimento subsequente sendo este mais provavelmente associado a alteracoes nas concentracoes de CO2.
Obviamente que estes sao resultados de dimulacoes mas nao devemos descaratar de uma so' penada a utilidade destas simulacoes como instrumentos de aproximacao heuristica da realidade e/ou para formulacao de hipoteses.
tire os "C" após os "As" que fica perfeito...está ótimo
muuito bom obrigado ai
F Coelho
Isto é de facto de valorizar e ter em conta sempre que se fale das variações climáticas, obrigado e espero poder continuar a contar com a vossa sabedoria e estudos.
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