sexta-feira, maio 20, 2005

Os glaciares (3)

Conclui Antón: «No Alasca o conjunto dos seus glaciares retrocedeu durante o século XX mas, paradoxalmente, a frente do maior de todos eles, o glaciar Hubbard, tende a avançar. [Nota: Lá andam os AMP a fazer das suas nas trajectórias por onde passam…]

Também na montanha mais alta do Canadá, o Monte Logan (6050 metros de altitude), na fronteira com o Alasca, localizada no extremo norte da trajectória das tempestades do Pacífico Norte, registou-se um aumento das precipitações de neve desde 1950, ligado provavelmente a um incremento das temperaturas da zona de evaporação oceânica (Vd. Moore, G. et al., Climate Change in the North Pacific region over the past three centuries, Nature, 420, 4010-403, 2002).

Na Patagónia ocorre algo semelhante ao caso do Alasca, pois, apesar do retrocesso geral, o enorme glaciar argentino Perito Moreno avança constantemente. No Tibete e na cordilheira dos Himalaias os glaciares também retrocederam durante as últimas décadas, de tal forma que o nível de numerosos lagos de montanha, alimentados pelas águas do degelo, aumentou consideravelmente provocando um certo temor de que o transbordo possa provocar inundações desastrosas (Vd. McDowell, N., Melting ice triggeres Himalayan flood warning, Nature, 416, 2002)»