segunda-feira, março 22, 2010

Aglutinação anticiclónica no espaço aerológico do Atlântico noroeste (C)

O potentíssimo anticiclone móvel polar AMP1, que no dia 11 de Março de 1998 aparecia na Fig. 11 (A) com a elevadíssima pressão atmosférica de 1050 hPa [hPa - hectopascal], foi-se deslocando progressivamente para Sul.

Agora na Foto 10 (C) - e na sua ampliação - do satélite GOES 8-est (13-3-1998, 18 h 15 m, UTC, modo visível) o AMP1, ainda bastante frio, reduziu a pressão para 1030 hPa. Mas, mesmo assim, encontra-se com dificuldade para se elevar.

O AMP1 foi canalizado pelo relevo. Na ampliação desta foto, destacam-se nitidamente os contornos do relevo que canalizou o AMP1. O relevo é referido no post anterior (istmo de Tehuantepec, desfiladeiro da Nicarágua).

Na Fig. 11 (C) - na parte superior -, correspondente à Foto 10 (C), vê-se que a aglutinação anticiclónica atingiu sobre o oceano a pressão atmosférica de 1040 hPa. Nessa Fig. 11 (C), carta de superfície, assinalam-se igualmente os alísios marítimos e as monções amazónicas que degeneraram dos AMP.

Ainda na Fig. 11 (C), destaca-se o aparecimento de novo anticiclone móvel polar, o AMP3, com 1035 hPa. O AMP3, voa sobre o Canadá, vai avançar até se juntar à AA já formada no dia 11 de Março de 1998 [ver Fig. 11 (A)].

Nunca é de mais salientar, como se faz na Fig. 11 (C) com as setas a traço interrompido, o ar de retorno à região polar norte que faz parte integrante da circulação geral da atmosfera.

Fonte: Emmanuel Barbier.