Dito e feito: a temperatura do Antárctico a subir, dizem eles…
Ainda muito recentemente, no post Recorde do Antárctico em 2009 escreveu-se:
«A maior parte do Antárctico está a arrefecer. Apenas a Península não está porque recebe o ar quente e húmido importado pelo Antárctico em troca do ar frio exportado pela região central.
Pois é precisamente para a Península do Antárctico que se dirigem os “turistas do global warming” (como o jornalista José Rodrigues dos Santos que escreveu o livro sensacionalista “O Sétimo Selo”) para anunciarem depois ao Mundo que o Antárctico (todo ele!) está a aquecer, “com consequências irreversíveis, mais depressa do que o previsto”…
Eles que não se limitem a passear na Península! Vão até à parte central do continente, mas bem agasalhados (89 graus Celsius, negativos, em 21 de Julho de 1983!).»
Entretanto, MC tomou conhecimento pelo jornal Público (edição impressa do dia 28 de Outubro de 2009, pág. 13, e online) da notícia “Temperaturas do solo sempre congelado na Antárctida estão a subir durante o Verão”.
Nesta notícia, redigida pela jornalista Teresa Firmino, fica-se a saber que uma equipa de investigação do Centro de Estudos Geográficos (CEG) da Universidade de Lisboa tem estado nas ilhas de Linvingston e Deception que fazem parte do arquipélago das South Shetland Islands (ver Fig. 193).
A notícia do Público fala na região da Península do Antárctico, mas as ilhas investigadas afastam-se um pouco da Península propriamente dita. Ficam na trajectória de retorno do ar quente e húmido que chega ao Pólo Sul em troca do ar frio que sai do centro do Antárctico.
Como tal, é uma zona atípica quanto à evolução fundamental das temperaturas do Antárctico e da dinâmica deste continente que é fundamental na dinâmica do tempo e do clima do Hemisfério Sul.
A jornalista fala numa sessão de divulgação promovida pelo coordenador do Grupo de Investigação em Ambientes Antárcticos e Alterações Climáticas do CEG, Gonçalo Vieira.
É evidente que nesta zona investigada não se pode concluir que “Com esses dados, os modelos climáticos, utilizados pelos cientistas para fazer projecções sobre a evolução do clima da Terra, poderão ser calibrados. Para projectar o clima do futuro é preciso conhecer em pormenor o que se passa actualmente” como escreve a sra. Teresa Firmino.
E muito menos se deve concluir que “Além disto tudo, os resultados apresentados pela equipa portuguesa são mais uma indicação de que, naquela zona da Terra, está a dar-se um aquecimento. Juntam-se assim a um coro de dados, para muitas outras regiões, de que o planeta tem estado a aquecer” como acrescenta a jornalista.
Duvida-se que o investigador Gonçalo Vieira tenha proclamado tais aberrações. Espera-se mesmo que a equipa do CEG tenha a noção de que não está a investigar o Antárctico mas sim uma zona limítrofe, bem afastada do centro, que não permite extrapolações como faz levianamente a jornalista.
«A maior parte do Antárctico está a arrefecer. Apenas a Península não está porque recebe o ar quente e húmido importado pelo Antárctico em troca do ar frio exportado pela região central.
Pois é precisamente para a Península do Antárctico que se dirigem os “turistas do global warming” (como o jornalista José Rodrigues dos Santos que escreveu o livro sensacionalista “O Sétimo Selo”) para anunciarem depois ao Mundo que o Antárctico (todo ele!) está a aquecer, “com consequências irreversíveis, mais depressa do que o previsto”…
Eles que não se limitem a passear na Península! Vão até à parte central do continente, mas bem agasalhados (89 graus Celsius, negativos, em 21 de Julho de 1983!).»
Entretanto, MC tomou conhecimento pelo jornal Público (edição impressa do dia 28 de Outubro de 2009, pág. 13, e online) da notícia “Temperaturas do solo sempre congelado na Antárctida estão a subir durante o Verão”.
Nesta notícia, redigida pela jornalista Teresa Firmino, fica-se a saber que uma equipa de investigação do Centro de Estudos Geográficos (CEG) da Universidade de Lisboa tem estado nas ilhas de Linvingston e Deception que fazem parte do arquipélago das South Shetland Islands (ver Fig. 193).
A notícia do Público fala na região da Península do Antárctico, mas as ilhas investigadas afastam-se um pouco da Península propriamente dita. Ficam na trajectória de retorno do ar quente e húmido que chega ao Pólo Sul em troca do ar frio que sai do centro do Antárctico.
Como tal, é uma zona atípica quanto à evolução fundamental das temperaturas do Antárctico e da dinâmica deste continente que é fundamental na dinâmica do tempo e do clima do Hemisfério Sul.
A jornalista fala numa sessão de divulgação promovida pelo coordenador do Grupo de Investigação em Ambientes Antárcticos e Alterações Climáticas do CEG, Gonçalo Vieira.
É evidente que nesta zona investigada não se pode concluir que “Com esses dados, os modelos climáticos, utilizados pelos cientistas para fazer projecções sobre a evolução do clima da Terra, poderão ser calibrados. Para projectar o clima do futuro é preciso conhecer em pormenor o que se passa actualmente” como escreve a sra. Teresa Firmino.
E muito menos se deve concluir que “Além disto tudo, os resultados apresentados pela equipa portuguesa são mais uma indicação de que, naquela zona da Terra, está a dar-se um aquecimento. Juntam-se assim a um coro de dados, para muitas outras regiões, de que o planeta tem estado a aquecer” como acrescenta a jornalista.
Duvida-se que o investigador Gonçalo Vieira tenha proclamado tais aberrações. Espera-se mesmo que a equipa do CEG tenha a noção de que não está a investigar o Antárctico mas sim uma zona limítrofe, bem afastada do centro, que não permite extrapolações como faz levianamente a jornalista.
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