Notícias do Árctico
Ainda falta cerca de um mês para se atingir o mínimo anual da extensão do mar gelado do Árctico. No entanto, é bom tomar conhecimento da sua condição actual que não confirma as previsões mais pessimistas.
Em 2008 o mínimo foi atingido cerca da primeira quinzena de Setembro quando em 2007 tinha sido quase no fim do mesmo mês. Ou seja, em 2008 o mar gelado começou a engordar aproximadamente duas semanas mais cedo do que no ano anterior.
Além disso, em 2008 o mínimo ficou acima do mínimo minimorum de 2007 quando muita gente esperava que acontecesse o contrário. A dinâmica do Árctico, desconhecida dos clássicos, tem destas matreirices.
O mínimo anual depende do modo de funcionamento da circulação geral da atmosfera durante o Inverno e, especialmente, durante a estiagem. Além disso, é importante o tipo de trajectória mais frequente (escandinava, atlântica, americana, siberiana, asiática).
E o mínimo deste ano em que valor se vai situar? Por ora não é possível prognosticar. Pode ser num que se situe entre o de 2005 (terceiro mínimo) e o de 2008 (segundo mínimo).
A ver vamos. Todos os holofotes estão voltados para o Árctico que é considerado o “canary in the mine”. A extinção do mar gelado do Árctico no final da estiagem seria uma prova das previsões dos modelos. Só que estes estão afastados da realidade.
Este Verão, o mar gelado teve um comportamento atípico. O Árctico pouco folgou nestas férias grandes. A sua actividade foi incessante, principalmente durante a última semana de Junho e quase todo o mês de Julho.
Do Árctico e da Gronelândia saíram anticiclones móveis polares (AMP) seguidos para a trajectória escandinava. A Fig. 181 é apenas um bom exemplo dos AMP gerados por essa altura. Quem sofreu com essa intranquilidade, de frio e de chuva, foram os europeus do centro e do norte.
Os europeus dessas latitudes sonharam com o Sol de Portugal e da Espanha. Mas por cá também não houve muito Sol nessa altura. Porém, a actividade frenética do Árctico abrandou na última semana de Julho.
Como é sabido, quanto mais potentes são os AMP mais cavadas são as depressões que eles formam e reenviam para o Mar de Barents. Estas depressões, com ar quente e húmido, ou melhor, ar menos frio, deram rombos significativos no mar gelado do Árctico.
Pode-se ver na Fig. 182 as inclinações da curva evolutiva do mar gelado do Árctico nos vários períodos que se indicaram atrás. Se as inclinações de Julho se mantivessem, a curva cortaria a de 2007 (a do mínimo minimorum) no mês de Agosto.
Se tal acontecesse, a manter-se essa evolução drástica em queda de Julho, poderia ser batido o recorde actual do mínimo minimorum de 2007. Mas o Árctico inflectiu e cortou mesmo a curva superior de 2008 e, até, de 2005 (ano com o terceiro mínimo deste período de 2003-2009).
Em 2008 o mínimo foi atingido cerca da primeira quinzena de Setembro quando em 2007 tinha sido quase no fim do mesmo mês. Ou seja, em 2008 o mar gelado começou a engordar aproximadamente duas semanas mais cedo do que no ano anterior.
Além disso, em 2008 o mínimo ficou acima do mínimo minimorum de 2007 quando muita gente esperava que acontecesse o contrário. A dinâmica do Árctico, desconhecida dos clássicos, tem destas matreirices.
O mínimo anual depende do modo de funcionamento da circulação geral da atmosfera durante o Inverno e, especialmente, durante a estiagem. Além disso, é importante o tipo de trajectória mais frequente (escandinava, atlântica, americana, siberiana, asiática).
E o mínimo deste ano em que valor se vai situar? Por ora não é possível prognosticar. Pode ser num que se situe entre o de 2005 (terceiro mínimo) e o de 2008 (segundo mínimo).
A ver vamos. Todos os holofotes estão voltados para o Árctico que é considerado o “canary in the mine”. A extinção do mar gelado do Árctico no final da estiagem seria uma prova das previsões dos modelos. Só que estes estão afastados da realidade.
Este Verão, o mar gelado teve um comportamento atípico. O Árctico pouco folgou nestas férias grandes. A sua actividade foi incessante, principalmente durante a última semana de Junho e quase todo o mês de Julho.
Do Árctico e da Gronelândia saíram anticiclones móveis polares (AMP) seguidos para a trajectória escandinava. A Fig. 181 é apenas um bom exemplo dos AMP gerados por essa altura. Quem sofreu com essa intranquilidade, de frio e de chuva, foram os europeus do centro e do norte.
Os europeus dessas latitudes sonharam com o Sol de Portugal e da Espanha. Mas por cá também não houve muito Sol nessa altura. Porém, a actividade frenética do Árctico abrandou na última semana de Julho.
Como é sabido, quanto mais potentes são os AMP mais cavadas são as depressões que eles formam e reenviam para o Mar de Barents. Estas depressões, com ar quente e húmido, ou melhor, ar menos frio, deram rombos significativos no mar gelado do Árctico.
Pode-se ver na Fig. 182 as inclinações da curva evolutiva do mar gelado do Árctico nos vários períodos que se indicaram atrás. Se as inclinações de Julho se mantivessem, a curva cortaria a de 2007 (a do mínimo minimorum) no mês de Agosto.
Se tal acontecesse, a manter-se essa evolução drástica em queda de Julho, poderia ser batido o recorde actual do mínimo minimorum de 2007. Mas o Árctico inflectiu e cortou mesmo a curva superior de 2008 e, até, de 2005 (ano com o terceiro mínimo deste período de 2003-2009).
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