Frio, frio, frio
Luis de Sousa, investigador do Instituto Superior Técnico, acaba de fazer um diagnóstico correctíssimo do Inverno a partir da situação do Árctico. Excelente.
Começa por referir a rápida recuperação do mar gelado, em Outubro-Novembro de 2007, que vaticinava ondas de frio como as que se vieram a verificar um pouco por toda a parte no Hemisfério Norte.
Salienta que o quase triângulo do Árctico (Pólo Norte, propriamente dito) ganhou espessura de gelo e arrefeceu.
Destaca as consequências em várias regiões. Nomeadamente, as repercussões nos consumos de energia para aquecimento das populações em França e em Espanha.
Depois do mês de Dezembro de 2007 mais frio desde o ano 2000, veio um início de Janeiro de 2008 com temperaturas duras na Grécia e Bulgária.
A Ásia central ficou coberta de neve, afectando o Turquemenistão e o Uzbequistão, o Irão, o Afeganistão e o Paquistão.
Sucederam-se apagões em cascata, devidos a cortes de energia de origem do gás natural, na Grécia e noutros pontos.
A neve em Bagdade foi um acontecimento invulgar. No mesmo dia nevou no norte da Arábia Saudita.
Este tempo agreste provocou mortes (300 no Afeganistão) e feridos não só pelo frio mas também como consequência de avalanches de neve. A Sibéria foi uma região mártir.
Luis de Sousa acompanha a análise com uma bela fotografia da NASA (Fig. 100).
Mas não foram apenas estes espaços aerológicos os visitados pelos anticiclones móveis polares. A América do Norte, no lado do Pacífico e na costa do Atlântico, sofreu consequências dessas visitas. No Iowa bateram-se recordes de frio.
Luis de Sousa acaba por dedicar uma parte importante da sua análise à situação na Índia e na China que é bastante inquietante. As notícias são relatadas pela Al Jazeera e pela Reuters.
O abastecimento de energia na China sofreu cortes aflitivos. É referido um défice de 70 GW (gigawatts, mil milhões de watts), potência equivalente à totalidade do Reino Unido.
Análise deveras interessante a partir da situação do Árctico, origem de todos estes acontecimentos. Este post, com é evidente, deve um grande favor a Luis de Sousa.
Se as autoridades tivessem a percepção de Luis de Sousa em Novembro de 2007 já tinham tomado medidas para defesa das populações.
Adenda: Luis de Sousa forneceu mais elementos sobre a situação na China. Uma carta sinóptica de superfície que mostra o campo das altas pressões estabelecido pelos anticiclones móveis polares e uma carta das temperaturas ao nível do solo. Como salienta o Luis, a situação é deveras preocupante.
Começa por referir a rápida recuperação do mar gelado, em Outubro-Novembro de 2007, que vaticinava ondas de frio como as que se vieram a verificar um pouco por toda a parte no Hemisfério Norte.
Salienta que o quase triângulo do Árctico (Pólo Norte, propriamente dito) ganhou espessura de gelo e arrefeceu.
Destaca as consequências em várias regiões. Nomeadamente, as repercussões nos consumos de energia para aquecimento das populações em França e em Espanha.
Depois do mês de Dezembro de 2007 mais frio desde o ano 2000, veio um início de Janeiro de 2008 com temperaturas duras na Grécia e Bulgária.
A Ásia central ficou coberta de neve, afectando o Turquemenistão e o Uzbequistão, o Irão, o Afeganistão e o Paquistão.
Sucederam-se apagões em cascata, devidos a cortes de energia de origem do gás natural, na Grécia e noutros pontos.
A neve em Bagdade foi um acontecimento invulgar. No mesmo dia nevou no norte da Arábia Saudita.
Este tempo agreste provocou mortes (300 no Afeganistão) e feridos não só pelo frio mas também como consequência de avalanches de neve. A Sibéria foi uma região mártir.
Luis de Sousa acompanha a análise com uma bela fotografia da NASA (Fig. 100).
Mas não foram apenas estes espaços aerológicos os visitados pelos anticiclones móveis polares. A América do Norte, no lado do Pacífico e na costa do Atlântico, sofreu consequências dessas visitas. No Iowa bateram-se recordes de frio.
Luis de Sousa acaba por dedicar uma parte importante da sua análise à situação na Índia e na China que é bastante inquietante. As notícias são relatadas pela Al Jazeera e pela Reuters.
O abastecimento de energia na China sofreu cortes aflitivos. É referido um défice de 70 GW (gigawatts, mil milhões de watts), potência equivalente à totalidade do Reino Unido.
Análise deveras interessante a partir da situação do Árctico, origem de todos estes acontecimentos. Este post, com é evidente, deve um grande favor a Luis de Sousa.
Se as autoridades tivessem a percepção de Luis de Sousa em Novembro de 2007 já tinham tomado medidas para defesa das populações.
Adenda: Luis de Sousa forneceu mais elementos sobre a situação na China. Uma carta sinóptica de superfície que mostra o campo das altas pressões estabelecido pelos anticiclones móveis polares e uma carta das temperaturas ao nível do solo. Como salienta o Luis, a situação é deveras preocupante.
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