Deturpação de estudos científicos
Miguel B. Araújo, do Ambio, teve a amabilidade de nos chamar a atenção para o seu post “Ciência, jornalismo, política e a construção de mitos”. Revela-se aí o incómodo pela forma como são deturpados os estudos anunciados pelo IPCC.
A deturpação que passa para a opinião pública tanto pode partir do próprio IPCC, nomeadamente nas conferências de imprensa, como dos jornalistas que distorcem os textos deste organismo.
O IPCC anda a publicitar os resumos para os decisores políticos de relatórios de avaliação com a data de 2007. Em Fevereiro anunciaram o do Grupo de Trabalho I. Agora fizeram-no para o do Grupo de Trabalho II.
Dizia o último resumo do IPCC que “Approximately 20-30% of plant and animal species assessed so far are likely to be at increased risk of extinction if increases in global average temperature exceed 1.5-2.5 ºC.” (página 11).”
No entanto, o jornal que Miguel B. Araújo critica dizia que “Uma versão preliminar do relatório obtida pelo Público diz, por exemplo, que nada menos do que 20 a 30 por cento de todas as espécies da Terra correm o risco de se extinguir, se a temperatura média global subir 1,5ºC a 2,5ºC, em relação a 1990.”
A pequena-grande diferença está em que o estudo fala em apenas 20 a 30 % das espécies estudadas enquanto o jornal fala em 20% a 30 % de todas as espécies existentes.
Sendo o autor da Ambio co-autor de um dos capítulos do relatório do IPCC, é bom que fique sensibilizado e que não hesite na denúncia desta e de outras deturpações que se observam na mensagem que se passa para a opinião pública.
Essas distorções existem quer por simples ignorância, quer por influência de grupos de pressão interessados em alimentar a onda de alarmismo que foi criada em torno das alterações climáticas de origem putativamente antropogénica.
É bom que o autor do Ambio reconheça que "o tratamento ligeiro destes assuntos, pela comunicação social, tem efeitos perversos e mina a credibilidade da ciência climática" (sic).
E que "Infelizmente a comunicação social não está sozinha e mãos invisíveis encarregam-se de ajudar a falsificação de informação científica" (sic). Os cépticos do "global warming" já há muito que andam a dizer exactamente o mesmo.
Com as “mãos invisíveis”, Miguel B. Araújo ressalvava a hipótese de a manipulação ter início no próprio IPCC e que o jornal não cuidou de confirmar. De facto, no post seguinte, do Ambio, Miguel B. Araújo denuncia em título “Tudo indica que falsificação científica em resumo de IPCC foi deliberada”.
Ou seja, Miguel B. Araújo conclui que:
“1. Foram os Governos e não os "lead authors" que procuraram matizar as afirmações, obtendo-se assim uma frase que se refere explicitamente às espécies "assessed so far".
2. Reconheceu-se que os dados apresentados não se encontram justificados no relatório técnico.
3. A informação dada aos Governos pelos "lead authors" presentes é falsa pois não foram avaliadas metades das espécies do planeta. Em termos de risco de extinção foram avaliados 0.02% das espécies estimadas o que corresponde a aproximadamente a 0.1% das espécies conhecidas.
4. A frase cautelosa obtida por consenso e publicada no resumo do relatório foi desvirtuada na primeira ocasião possível, ou seja, na conferência de imprensa.” (sic)
A deturpação que passa para a opinião pública tanto pode partir do próprio IPCC, nomeadamente nas conferências de imprensa, como dos jornalistas que distorcem os textos deste organismo.
O IPCC anda a publicitar os resumos para os decisores políticos de relatórios de avaliação com a data de 2007. Em Fevereiro anunciaram o do Grupo de Trabalho I. Agora fizeram-no para o do Grupo de Trabalho II.
Dizia o último resumo do IPCC que “Approximately 20-30% of plant and animal species assessed so far are likely to be at increased risk of extinction if increases in global average temperature exceed 1.5-2.5 ºC.” (página 11).”
No entanto, o jornal que Miguel B. Araújo critica dizia que “Uma versão preliminar do relatório obtida pelo Público diz, por exemplo, que nada menos do que 20 a 30 por cento de todas as espécies da Terra correm o risco de se extinguir, se a temperatura média global subir 1,5ºC a 2,5ºC, em relação a 1990.”
A pequena-grande diferença está em que o estudo fala em apenas 20 a 30 % das espécies estudadas enquanto o jornal fala em 20% a 30 % de todas as espécies existentes.
Sendo o autor da Ambio co-autor de um dos capítulos do relatório do IPCC, é bom que fique sensibilizado e que não hesite na denúncia desta e de outras deturpações que se observam na mensagem que se passa para a opinião pública.
Essas distorções existem quer por simples ignorância, quer por influência de grupos de pressão interessados em alimentar a onda de alarmismo que foi criada em torno das alterações climáticas de origem putativamente antropogénica.
É bom que o autor do Ambio reconheça que "o tratamento ligeiro destes assuntos, pela comunicação social, tem efeitos perversos e mina a credibilidade da ciência climática" (sic).
E que "Infelizmente a comunicação social não está sozinha e mãos invisíveis encarregam-se de ajudar a falsificação de informação científica" (sic). Os cépticos do "global warming" já há muito que andam a dizer exactamente o mesmo.
Com as “mãos invisíveis”, Miguel B. Araújo ressalvava a hipótese de a manipulação ter início no próprio IPCC e que o jornal não cuidou de confirmar. De facto, no post seguinte, do Ambio, Miguel B. Araújo denuncia em título “Tudo indica que falsificação científica em resumo de IPCC foi deliberada”.
Ou seja, Miguel B. Araújo conclui que:
“1. Foram os Governos e não os "lead authors" que procuraram matizar as afirmações, obtendo-se assim uma frase que se refere explicitamente às espécies "assessed so far".
2. Reconheceu-se que os dados apresentados não se encontram justificados no relatório técnico.
3. A informação dada aos Governos pelos "lead authors" presentes é falsa pois não foram avaliadas metades das espécies do planeta. Em termos de risco de extinção foram avaliados 0.02% das espécies estimadas o que corresponde a aproximadamente a 0.1% das espécies conhecidas.
4. A frase cautelosa obtida por consenso e publicada no resumo do relatório foi desvirtuada na primeira ocasião possível, ou seja, na conferência de imprensa.” (sic)
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