Com o etanol também se mente
Por sugestão de um leitor, e com a devida autorização do autor, apresenta-se a tradução (adaptada) de uma nota publicada no blogue CO2 do climatologista, já muitas vezes referido, Antón Uriarte Cantolla, relativa ao etanol.
«O etanol é um álcool que ao queimar-se produz tanto CO2 por litro como o que produz um litro de gasolina. E como o seu poder calorífico (energético) é menor que o da gasolina, um automóvel queimando etanol emite mais CO2 por quilómetro.
(Quanto? Não sabemos, porque não é fácil encontrar dados. Cremos que à volta de mais 30 %. Mas procura-se esconder este valor essencial.)
C2H5OH + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O + energianergía
Descaradamente, faz-se acreditar na propaganda oficial e na publicidade particular que o etanol é um combustível “limpo” que não emite CO2. Emite e emite muito. Com balanço positivo entre produção e queima.
Mesmo que, em qualquer lugar do Mundo, num campo de soja, de milho ou do que quer que seja, no mesmo momento se esteja absorvendo CO2 da atmosfera e a convertê-lo em novo etanol para substituir o queimado.
Por outro lado, para cultivar a soja ou o milho e, logo a seguir, produzir esse etanol de substituição, é necessário passar por uma série de processos (lavrar, regar, colher, transformar) que também utilizam combustíveis que emitem CO2.
«O etanol é um álcool que ao queimar-se produz tanto CO2 por litro como o que produz um litro de gasolina. E como o seu poder calorífico (energético) é menor que o da gasolina, um automóvel queimando etanol emite mais CO2 por quilómetro.
(Quanto? Não sabemos, porque não é fácil encontrar dados. Cremos que à volta de mais 30 %. Mas procura-se esconder este valor essencial.)
C2H5OH + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O + energianergía
Descaradamente, faz-se acreditar na propaganda oficial e na publicidade particular que o etanol é um combustível “limpo” que não emite CO2. Emite e emite muito. Com balanço positivo entre produção e queima.
Mesmo que, em qualquer lugar do Mundo, num campo de soja, de milho ou do que quer que seja, no mesmo momento se esteja absorvendo CO2 da atmosfera e a convertê-lo em novo etanol para substituir o queimado.
Por outro lado, para cultivar a soja ou o milho e, logo a seguir, produzir esse etanol de substituição, é necessário passar por uma série de processos (lavrar, regar, colher, transformar) que também utilizam combustíveis que emitem CO2.
Segundo o Prof. Pimentel, da Universidade de Cornell, se o etanol produzido provém do milho, necessita-se de um input total de energia para o produzir que é 29 % maior do que a energia contida no próprio etanol produzido. Se é a soja, atinge-se 27 %.
Há outros cálculos mais optimistas, mas nenhum é demasiado optimista. Assim, também é duvidoso que o balanço líquido seja nulo. O combustível utilizado nos processos agrícolas e industriais de produção de etanol é fundamentalmente fóssil.
Em especial é com petróleo que se movimentam os tractores. Portanto, com esta metodologia, o CO2 atmosférico continuará o seu crescimento. Talvez mais acentuado ao se utilizar etanol em vez de gasolina na queima dos motores dos automóveis.
De qualquer maneira, como estamos habituados a que os governos aumentem os impostos com a desculpa das emissões de CO2, e o emitido pelo etanol não será tido em conta, será um grande negócio produzi-lo [pois o balanço é positivo].
Os Estados Unidos da América, com os seus extensos territórios agrícolas e o seu bom clima, que são já o maior produtor mundial de milho, de soja e de etanol, vão ser os mais beneficiados no comércio internacional.»
Há outros cálculos mais optimistas, mas nenhum é demasiado optimista. Assim, também é duvidoso que o balanço líquido seja nulo. O combustível utilizado nos processos agrícolas e industriais de produção de etanol é fundamentalmente fóssil.
Em especial é com petróleo que se movimentam os tractores. Portanto, com esta metodologia, o CO2 atmosférico continuará o seu crescimento. Talvez mais acentuado ao se utilizar etanol em vez de gasolina na queima dos motores dos automóveis.
De qualquer maneira, como estamos habituados a que os governos aumentem os impostos com a desculpa das emissões de CO2, e o emitido pelo etanol não será tido em conta, será um grande negócio produzi-lo [pois o balanço é positivo].
Os Estados Unidos da América, com os seus extensos territórios agrícolas e o seu bom clima, que são já o maior produtor mundial de milho, de soja e de etanol, vão ser os mais beneficiados no comércio internacional.»
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