Trocas meridionais (6.2)
Marcel Leroux (Estocolmo, 11-12 Set. 2006, trad. Rui G. Moura)
(continuação)
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6.2 – Alterações no Antárctico
O Antárctico é, indubitavelmente, responsável pela circulação no Hemisfério Sul e pela sua variabilidade climática. Os AMP, que se dispersam à volta da cúpula do Antárctico, são imediatamente confrontados pela barreira dos Andes (Fig. ML34).
Por esta razão, a Península do Antárctico (ao sul de 60 ºS - 80 ºW a 30 ºW) é atingida por 61,33 % das Depressões do Sul (Pommier, 2006).
A intensificação das trocas de massas de ar manifesta-se também no Oceano Pacífico Sul pelo aumento da pressão ao nível do mar no designado «Anticiclone da Páscoa».
Manifesta-se igualmente [pelo mesmo motivo – NT] no «Anticiclone de Santa Helena» (no Atlântico Sul), (Leroux, 2005).
Consequentemente, dentro da área à volta da Península Antárctica (80 ºW a 30 ºW – 60 ºS a 90 ºS), no período 1950-2000, as Depressões ligadas aos AMP que saíram do Antárctico (Pommier, 2006):
- Atingiram pressões cada vez menores (Fig. ML35);
- Aumentaram, constantemente, em número as que se situaram abaixo de 980 hPa (Fig. ML36);
- Deslocaram-se cada vez mais para Sul até próximo do Pólo (Fig. ML37);
- Aumentaram, constantemente, as suas temperaturas médias anuais (Fig. ML38).
Portanto, tal como na área do Árctico, perto do Mar da Noruega e do Estreito de Alasca-Bering, o aquecimento da Península do Antárctico, atribuído [erradamente] pelo IPCC ao efeito de estufa [antropogénico], foi comandado pela intensificação das trocas meridionais que trouxeram mais ar quente e húmido em direcção ao Pólo Sul.
Não há, evidentemente, qualquer razão para que os resultados térmicos tivessem sido diferentes visto que os mecanismos climáticos são idênticos [tanto no Pólo Norte como no Sul]. Estão associados à dinâmicas dos AMP e das Depressões.
Estas variações climáticas estão associadas a uma diminuição da pressão atmosférica de superfície [junto dos Pólos]. No entanto, outras variações surgiram em sentido oposto com aumentos das pressões atmosféricas à superfície [nomeadamente nos continentes].
(continua)
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Referências bibliográficas
- Pommier, Alexis. (2006). Analyses of Highs and Lows tracks in South and North Atlantic from 1958 to 2000. 6th EMS Annual Meeting, Ljubljana, Sept.
- Leroux, Marcel. (2005). Global warming: myth or reality ? The erring ways of climatology. Praxis-Springer, 509 pp.
(continuação)
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6.2 – Alterações no Antárctico
O Antárctico é, indubitavelmente, responsável pela circulação no Hemisfério Sul e pela sua variabilidade climática. Os AMP, que se dispersam à volta da cúpula do Antárctico, são imediatamente confrontados pela barreira dos Andes (Fig. ML34).
Por esta razão, a Península do Antárctico (ao sul de 60 ºS - 80 ºW a 30 ºW) é atingida por 61,33 % das Depressões do Sul (Pommier, 2006).
A intensificação das trocas de massas de ar manifesta-se também no Oceano Pacífico Sul pelo aumento da pressão ao nível do mar no designado «Anticiclone da Páscoa».
Manifesta-se igualmente [pelo mesmo motivo – NT] no «Anticiclone de Santa Helena» (no Atlântico Sul), (Leroux, 2005).
Consequentemente, dentro da área à volta da Península Antárctica (80 ºW a 30 ºW – 60 ºS a 90 ºS), no período 1950-2000, as Depressões ligadas aos AMP que saíram do Antárctico (Pommier, 2006):
- Atingiram pressões cada vez menores (Fig. ML35);
- Aumentaram, constantemente, em número as que se situaram abaixo de 980 hPa (Fig. ML36);
- Deslocaram-se cada vez mais para Sul até próximo do Pólo (Fig. ML37);
- Aumentaram, constantemente, as suas temperaturas médias anuais (Fig. ML38).
Portanto, tal como na área do Árctico, perto do Mar da Noruega e do Estreito de Alasca-Bering, o aquecimento da Península do Antárctico, atribuído [erradamente] pelo IPCC ao efeito de estufa [antropogénico], foi comandado pela intensificação das trocas meridionais que trouxeram mais ar quente e húmido em direcção ao Pólo Sul.
Não há, evidentemente, qualquer razão para que os resultados térmicos tivessem sido diferentes visto que os mecanismos climáticos são idênticos [tanto no Pólo Norte como no Sul]. Estão associados à dinâmicas dos AMP e das Depressões.
Estas variações climáticas estão associadas a uma diminuição da pressão atmosférica de superfície [junto dos Pólos]. No entanto, outras variações surgiram em sentido oposto com aumentos das pressões atmosféricas à superfície [nomeadamente nos continentes].
(continua)
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Referências bibliográficas
- Pommier, Alexis. (2006). Analyses of Highs and Lows tracks in South and North Atlantic from 1958 to 2000. 6th EMS Annual Meeting, Ljubljana, Sept.
- Leroux, Marcel. (2005). Global warming: myth or reality ? The erring ways of climatology. Praxis-Springer, 509 pp.
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