Filipe Duarte Santos, o comediante “científico”
No que diz respeito ao tema das “alterações climáticas” e “aquecimento global” – ou «global warming» em língua inglesa - , a RTP tem uma posição indigna de um órgão de comunicação social do Estado, pago pelos contribuintes.
Com efeito, numa questão que tem levantado tanta controvérsia, não apenas em Portugal, mas em todo o mundo, com duas correntes de opinião antagónicas, a RTP limita-se a divulgar as posições de uma das partes.
A última incursão neste domínio verificou-se no programa da RTP2, “Câmara Clara”, um magazine cultural, semanal, orientado por Paula Moura Pinheiro (PMP), no passado Domingo, 8 de Junho de 2008, pelas 22:30, quando a RTP2 apresentou um programa com a participação de um dos mais conhecidos alarmistas do «global warming», Filipe Duarte Santos (FDS), sentado com PMP numa mesa pejada de livros sobre o assunto.
Curiosamente, ou talvez não, nesse conjunto de livros não se encontrava nenhum exemplar do livro «A Ficção Científica de Al Gore», da autoria de Marlo Lewis Jr., edição em língua portuguesa da editora Booknomics (Lisboa, 2008, 258 pp., ISBN 978-989-8020-22-2), já há cerca de um mês nas maiores livrarias nacionais. Porque seria? A RTP desconhecerá este livro? Não acreditamos.
As intrujices – não têm outro nome – propaladas durante o programa foram acompanhadas pelas tradicionais montagens cinematográficas de imagens fabricadas com plástico a simular um glaciar e a quebrar falsos blocos de gelo. Estas montagens vêm já do filme «The day after tomorrow» e foram aproveitadas pelo ficcionista Al Gore na versão filmada do livro “An Inconvenient Truth”.
No programa não faltou Al Gore a perorar como um missionário das seitas americanas. FDS, embora achasse aqui e ali um certo exagero da parte do ex-vice presidente americano, mostrava um sorriso deliciado e não deixou de manifestar uma elevada consideração por Al Gore, perante quem revelou grande indulgência. Não surpreende. As ficções de Al Gore, tal como as de FDS, têm o objectivo de alarmar a opinião pública, alertando-a para acontecimentos que só existem na sua fértil imaginação.
Diga-se, de passagem, que FDS é um Físico nuclear, que apostou na modelação climática, mas o que afirma sobre a culpa do Homem no “aquecimento global” é mais baseado na fé do que no conhecimento. Os modeladores climáticos – e FDS está na franja dos verdadeiros profissionais desta escola de pensamento – têm fé em que conhecem o mecanismo que controla o sistema climático.
Têm fé, sobretudo, em que as representações matemáticas que eles fazem dos processos climáticos serão capazes de levar os modelos a aproximar-se da realidade. Mas a realidade escapa-se-lhes logo a partir da errónea representação da circulação geral da atmosfera, que é o fenómeno determinante na dinâmica do tempo e do clima.
Este ultrajante programa televisivo da RTP2 terminou com a projecção de uma curta peça com uma paródia de comediantes a cantar um tema alusivo ao filme “Quanto mais quente melhor”, de Marylin Monroe.
Desta forma, Al Gore e Filipe Duarte Santos foram equiparados aos comediantes que representaram a farsa dedicada a Marylin Monroe. Ao fim e ao cabo todos eles vendem um qualquer tipo de ilusões.
Falta dizer que também foi convidada para esta sessão de magia a socióloga Luisa Schmidt que não disse nada. Só falou. Entre trocas de sorrisos, elogiou “o” Filipe (Duarte Santos) e “o” Viriato (Soromenho Marques) seus amigos da Comissão Nacional para as Alterações Climáticas.
Com efeito, numa questão que tem levantado tanta controvérsia, não apenas em Portugal, mas em todo o mundo, com duas correntes de opinião antagónicas, a RTP limita-se a divulgar as posições de uma das partes.
A última incursão neste domínio verificou-se no programa da RTP2, “Câmara Clara”, um magazine cultural, semanal, orientado por Paula Moura Pinheiro (PMP), no passado Domingo, 8 de Junho de 2008, pelas 22:30, quando a RTP2 apresentou um programa com a participação de um dos mais conhecidos alarmistas do «global warming», Filipe Duarte Santos (FDS), sentado com PMP numa mesa pejada de livros sobre o assunto.
Curiosamente, ou talvez não, nesse conjunto de livros não se encontrava nenhum exemplar do livro «A Ficção Científica de Al Gore», da autoria de Marlo Lewis Jr., edição em língua portuguesa da editora Booknomics (Lisboa, 2008, 258 pp., ISBN 978-989-8020-22-2), já há cerca de um mês nas maiores livrarias nacionais. Porque seria? A RTP desconhecerá este livro? Não acreditamos.
As intrujices – não têm outro nome – propaladas durante o programa foram acompanhadas pelas tradicionais montagens cinematográficas de imagens fabricadas com plástico a simular um glaciar e a quebrar falsos blocos de gelo. Estas montagens vêm já do filme «The day after tomorrow» e foram aproveitadas pelo ficcionista Al Gore na versão filmada do livro “An Inconvenient Truth”.
No programa não faltou Al Gore a perorar como um missionário das seitas americanas. FDS, embora achasse aqui e ali um certo exagero da parte do ex-vice presidente americano, mostrava um sorriso deliciado e não deixou de manifestar uma elevada consideração por Al Gore, perante quem revelou grande indulgência. Não surpreende. As ficções de Al Gore, tal como as de FDS, têm o objectivo de alarmar a opinião pública, alertando-a para acontecimentos que só existem na sua fértil imaginação.
Diga-se, de passagem, que FDS é um Físico nuclear, que apostou na modelação climática, mas o que afirma sobre a culpa do Homem no “aquecimento global” é mais baseado na fé do que no conhecimento. Os modeladores climáticos – e FDS está na franja dos verdadeiros profissionais desta escola de pensamento – têm fé em que conhecem o mecanismo que controla o sistema climático.
Têm fé, sobretudo, em que as representações matemáticas que eles fazem dos processos climáticos serão capazes de levar os modelos a aproximar-se da realidade. Mas a realidade escapa-se-lhes logo a partir da errónea representação da circulação geral da atmosfera, que é o fenómeno determinante na dinâmica do tempo e do clima.
Este ultrajante programa televisivo da RTP2 terminou com a projecção de uma curta peça com uma paródia de comediantes a cantar um tema alusivo ao filme “Quanto mais quente melhor”, de Marylin Monroe.
Desta forma, Al Gore e Filipe Duarte Santos foram equiparados aos comediantes que representaram a farsa dedicada a Marylin Monroe. Ao fim e ao cabo todos eles vendem um qualquer tipo de ilusões.
Falta dizer que também foi convidada para esta sessão de magia a socióloga Luisa Schmidt que não disse nada. Só falou. Entre trocas de sorrisos, elogiou “o” Filipe (Duarte Santos) e “o” Viriato (Soromenho Marques) seus amigos da Comissão Nacional para as Alterações Climáticas.
<< Home