segunda-feira, abril 14, 2008

Não existe aquecimento de origem antropogénica

(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)

A segunda mensagem mais significativa do “Sumário para Decisores Políticos” de 2007, confeccionado pelo IPCC, é a seguinte [citação]:

Most of the observed increase in globally averaged temperatures since the mid-20th century is very likely due to the observed increase in anthropogenic greenhouse concentrations.” – pág. 8.

Em português : A maior parte do aumento observado nas temperaturas médias globais desde meados do sec. XX é, muito provavelmente, devido ao aumento observado na concentração de gases com efeito de estufa de origem antropogénica.

Jaworowski acrescenta, com razão, que nem o Sumário de 2007 nem os três relatórios anteriores do IPCC suportam tal afirmação com qualquer prova científica convincente. Em nenhuma página dos milhares que já foram escritas pelo IPCC, desde 1990, se prova que o Homem é culpado.

A expressão very likely utilizada pelo IPCC significaria uma probabilidade superior a 90 % de responsabilidade das actividades humanas no aumento das temperaturas médias globais observadas desde meados do século XX.

Mas isso não é verdade. Foram os representantes governamentais e burocratas das Nações Unidas, reunidos em Paris, em Fevereiro de 2007, que votaram de braço no ar a expressão very likely. É um conceito muito estranho de probabilidade…

Aliás, os autores que escreveram aquela mensagem no Sumário, acrescentaram ainda, com astúcia, uma nota de pé-de-página: “12 Consideration of remaining uncertainty is based on current methodologies.”

A fraudulenta curva de temperaturas conhecida por “hockey stick” tornou-se no ícone do relatório do IPCC de 2001. Foi construída adoptando um algoritmo distorcido para confundir os decisores políticos. O IPCC havia comunicado, falsamente, que nos anos 1990 a temperatura fora invulgar e mais elevada do que nos mil anos passados.

O Período Quente Medieval (entre os anos 950 e 1300), que fora destacado no relatório anterior do IPCC, desapareceu com o “hockey stick”. Com esta curva, o IPCC fez desaparecer igualmente o Período Quente Romano (200 B.C. a 600 A.D.) e o Período Quente do Holoceno (8000 a 5000 anos Before the Present).

Apagar por apagar, o IPCC também apagou da curva a Pequena Idade do Gelo (1350 a 1850) não fosse alguém discorrer, correctamente, que afinal vivemos numa época posterior a um período de frio, o que pode justificar a retracção de glaciares.

Na Fig. ZJ5, publicada pelo IPCC em 1990, destacam-se perfeitamente os Períodos citados atrás. Distingue-se, ainda, que o nosso tempo decorre após o fim de um período frio (1850) e que as temperaturas actuais são inferiores às dos Períodos Quentes Medieval, Romano e Holoceno. Mas em 2001, o IPCC apagou a verdade histórica.

A fraudulência do “hockey stick” foi provada documentalmente por Legates (2002 e 2003), McIntyre & McKitrick (2003), Soon (2003), Soon & Baliunas (2003), e Soon et al. (2003) *.

Mas a crítica à curva do “hockey stick” do IPCC, de 2001, tornou-se um campo de minas: Os seis editores do jornal Climate Research, que ousou publicar o artigo crítico de Soon & Baliunas (2003), foram despedidos pelo director da revista.

No último “Sumário para Decisores Políticos”, de 2007, o IPCC tentou disfarçar o escândalo truncando o período original de 1000 anos do “hockey stick”. Assim, a partir de 2007, a curva do “hockey stick” passou a ter início apenas em 1850! Exactamente o ano em que a Terra começou a recuperar da Pequena Idade do Gelo. E de forma natural, pois nesse tempo as emissões antropogénicas de CO2 eram 135 vezes menores do que actualmente (Marland et al., 2006) *.

É de sublinhar que os anglo-saxões designam pelo termo curioso de “spaghetti curves” o emaranhado de curvas coloridas de temperaturas, originárias de vários autores, que o IPCC publica em 2007.

Esta recuperação natural desde a Pequena Idade do Gelo é interpretada pelo IPCC como uma calamidade provocada pelo Homem; o IPCC considera os últimos 50 anos como os mais quentes dos 1300 anteriores devido à queima de combustíveis fósseis.

Esta obsessão do IPCC não tem em consideração a evidência dos parâmetros astronómicos dos últimos 50 anos, em que a actividade solar foi a mais elevada dos últimos milénios.

A Fig. ZJ6 mostra que nos últimos 8000 anos nunca se verificou uma actividade solar tão intensa como a dos tempos mais próximos. O Sol foi a causa dominante da elevação da temperatura média global das últimas três décadas (Solanki et al., 2004) *.

(continua)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.