O «aquecimento global» face à vaga de frio (2)
[Tradução da nota de 18 de Janeiro de 2010 publicada por Benoît Rittaud]
(continuação)
Bem, digamos: tudo isso é, na pior das hipóteses, imperícia jornalística. Sem dúvida, os propósitos oficiais dos especialistas têm sido, como deve ser, bastante mais cautelosos. Alguns têm sido, de facto. Mas não todos, longe disso. Pequeno florilégio:
Os impactos das alterações climáticas são geralmente observadas à escala regional ou local e são sobretudo o resultado de fenómenos meteorológicos e climáticos extremos. É o caso da seca na China em 2006, a pior de há 50 anos, que afectou dezenas de milhões de pessoas. A Europa foi atingida em 2003 por uma vaga de calor que provocou inúmeras mortes (sic) devidas ao calor e à poluição do ar, incluindo 14 800 vítimas só em França. – Nécéssité de s’adapter: la science du climat est-elle prête?, Xuebin Zhang et al., Bulletin de l’Organization Météorologique Mondial 57 (2), avril 2008.
Tempestades, canículas, inundações, a França não está liberta do aquecimento global – Mission interministérielle de lEffet de serre, 2007. [o link deixou de funcionar]
O IPCC já alertou no seu relatório de 2001 que “Os maiores aumentos de stress térmico são esperados no meio urbano nas latitudes medias e altas (temperadas), particularmente nas populações cujas casas não estão adaptadas com eficiente acesso à climatização.” A onda de calor de 2003 foi responsável por cerca de 15 mil mortes em França e foi indicado recentemente que o número de mortes acima do normal em toda a Europa foi de 70 mil no decurso do mesmo Verão. – Questions de santé publique n°1, mai 2008, Institut de Recherche en Santé Publique.
O aquecimento global já começou a causar perturbações em todo o Mundo, incluindo a França (ondas de calor, inundações, tempestades, etc.) – Plaquette de présentation de l’Institut de Modélisation et d’Analyse des Géo Environnements et de Santé, Université de Perpignan, 2007.
Estamos a alterar profundamente o clima do nosso planeta e não sabemos onde vamos parar. Devemos tomar consciência de que existem fenómenos meteorológicos, fenómenos climáticos e que as crises ocorrem regularmente. A canícula de 2003 ultrapassou os limites habituais. Isto vai repetir-se (…) – Table ronde « Canicule, cyclone, inondation… », Journée du Développement Durable, 2004. [o link deixou de funcionar]
A França inteira foi atingida pela onda de calor de 2003, que é um sinal tangível do aquecimento global – Fiche de presse de l’INRA, 1er février 2004.
A desestabilização está em marcha, não há dúvida, estamos no início do processo – Hervé Le Treut, Laboratoire de météorologie dynamique du CNRS (cité par le Nouvel Observateur), à la fin de la canicule de juillet 2006.
(continua)
(continuação)
Bem, digamos: tudo isso é, na pior das hipóteses, imperícia jornalística. Sem dúvida, os propósitos oficiais dos especialistas têm sido, como deve ser, bastante mais cautelosos. Alguns têm sido, de facto. Mas não todos, longe disso. Pequeno florilégio:
Os impactos das alterações climáticas são geralmente observadas à escala regional ou local e são sobretudo o resultado de fenómenos meteorológicos e climáticos extremos. É o caso da seca na China em 2006, a pior de há 50 anos, que afectou dezenas de milhões de pessoas. A Europa foi atingida em 2003 por uma vaga de calor que provocou inúmeras mortes (sic) devidas ao calor e à poluição do ar, incluindo 14 800 vítimas só em França. – Nécéssité de s’adapter: la science du climat est-elle prête?, Xuebin Zhang et al., Bulletin de l’Organization Météorologique Mondial 57 (2), avril 2008.
Tempestades, canículas, inundações, a França não está liberta do aquecimento global – Mission interministérielle de lEffet de serre, 2007. [o link deixou de funcionar]
O IPCC já alertou no seu relatório de 2001 que “Os maiores aumentos de stress térmico são esperados no meio urbano nas latitudes medias e altas (temperadas), particularmente nas populações cujas casas não estão adaptadas com eficiente acesso à climatização.” A onda de calor de 2003 foi responsável por cerca de 15 mil mortes em França e foi indicado recentemente que o número de mortes acima do normal em toda a Europa foi de 70 mil no decurso do mesmo Verão. – Questions de santé publique n°1, mai 2008, Institut de Recherche en Santé Publique.
O aquecimento global já começou a causar perturbações em todo o Mundo, incluindo a França (ondas de calor, inundações, tempestades, etc.) – Plaquette de présentation de l’Institut de Modélisation et d’Analyse des Géo Environnements et de Santé, Université de Perpignan, 2007.
Estamos a alterar profundamente o clima do nosso planeta e não sabemos onde vamos parar. Devemos tomar consciência de que existem fenómenos meteorológicos, fenómenos climáticos e que as crises ocorrem regularmente. A canícula de 2003 ultrapassou os limites habituais. Isto vai repetir-se (…) – Table ronde « Canicule, cyclone, inondation… », Journée du Développement Durable, 2004. [o link deixou de funcionar]
A França inteira foi atingida pela onda de calor de 2003, que é um sinal tangível do aquecimento global – Fiche de presse de l’INRA, 1er février 2004.
A desestabilização está em marcha, não há dúvida, estamos no início do processo – Hervé Le Treut, Laboratoire de météorologie dynamique du CNRS (cité par le Nouvel Observateur), à la fin de la canicule de juillet 2006.
(continua)
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