O futuro próximo
(Versão parcelar do artigo “CO2: The Greatest Scientific Scandal of Our Time”, de Zbigniew Jaworowski)
Houve dez glaciações durante o último milhão de anos com durações aproximadas de 100 mil anos. Os períodos interglaciais tiveram intervalos muito mais reduzidos com médias próximas de 10 mil anos.
A última glaciação acabou há cerca de 10 mil e 500 anos (ver p.e., Fig. ZJ5); assim, atendendo à média, o presente período interglacial não deverá durar muito mais tempo. Se vai persistir mais umas décadas ou uns séculos é uma matéria especulativa.
Parece, pois, inevitável o aparecimento de uma fase fria devida a factores astronómicos exteriores ao sistema climático (atmosfera, oceanos, continentes, criosfera, biosfera). As condições interglaciais satisfatórias podem estar a desaparecer.
Nos anos 1970 houve uma curta fase fria (entre 1960-1975). Nessa altura procurou-se justificar o frio com a presença de aerossóis industriais. Actualmente, pretende-se fundamentar o calor com a produção antropogénica do CO2.
Cientistas chineses (Zhen-Shan et Xian, 2007) *, aplicando uma metodologia multidisciplinar, estudaram a variação da temperatura entre 1881 e 2002 no Hemisfério Norte e na China. Encontraram variações quase-periódicas com um período indicativo de 60 anos.
Apesar da tendência de crescimento monótono da concentração do CO2, o paradigma da variação da temperatura com períodos de 60 anos apresenta crescimentos e decrescimentos intercalados, logo, não monótonos, segundo o estudo de Zhen e Xian.
Os autores chineses concluíram, pois, que a concentração atmosférica do CO2 não é determinante na variação periódica da temperatura. Para eles, o efeito da concentração tem sido exageradamente considerado na explicação da evolução climática. Este estudo concluiu que o clima deverá começar a arrefecer nos próximos 20 anos.
Aliás, esta conclusão está de acordo com a de astrónomos siberianos do Instituto de Geociências, de Irkutsk (em inglês: Earth's Crust Institute, solar-terrestrial physics institute). Estes cientistas, através do estudo dos ciclos e das manchas solares, de 1882 a 2000, deduziram que o mínimo da actividade solar deverá situar-se num ciclo de 2021 a 2026.
Daí resultará uma temperatura superficial global mínima (Bashkirtsev et Mashnich, 2003) *. Os cientistas siberianos determinaram também que a resposta da temperatura do ar aos ciclos das manchas solares está desfasada em atraso próximo de três anos para a Sibéria e de dois anos para o Globo.
Uma projecção semelhante, baseada em observações da actividade solar, foi anunciada pelo Observatório de Pulkovo, próximo de São Petersburgo, Rússia. O Prof. Habibullo I. Abdussamatov, director do Observatório, afirmou que, em vez de aquecimento, o planeta iniciará um arrefecimento lento entre 2012-2015. O valor mínimo do arrefecimento será alcançado entre 2050 e 2060.
Segundo o Prof. Abdussamatov este período de arrefecimento durará 50 anos e será comparável ao mínimo verificado na Pequena Idade do Gelo (1645-1715) quando a temperatura desceu 1 ºC a 2 ºC em relação ao valor actual (Abdussamatov, 2004; Abdussamatov, 2005; Abdussamatov, 2006) *.
Nos últimos 3000 anos observaram-se tendências para arrefecimento do clima terrestre (Keigwin et al. 1994; Khilyuk et Chilingar, 2006) *. Neste período os desvios da temperatura foram de 3 ºC com uma tendência para uma diminuição de, aproximadamente, 2 ºC.
Khilyuk e Chilingar afirmaram: «Esta tendência de arrefecimento permanecerá no futuro próximo. Vivemos num período geológico de arrefecimento e o aquecimento dos últimos 150 anos foi um fugaz episódio na história geológica da Terra». Esta afirmação está reflectida na Fig. ZJ10.
Em conclusão, não é o Homem mas sim a Natureza que domina o clima. O Protocolo de Quioto e as ideias forjadas nos relatórios do IPCC, sintonizadas com o malthusianismo, podem fazer realmente muito ruído. Mas de nada servem.
O Protocolo de Quioto vai causar muitos prejuízos nas economias e no bem-estar de milhões de pessoas. O esforço pedido aos cidadãos não pode fazer nada para alterar o clima. Será isto que todos nós descobriremos, num futuro próximo, como resultado de enormes e supérfluos sacrifícios.
(fim)
____________
*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.
Houve dez glaciações durante o último milhão de anos com durações aproximadas de 100 mil anos. Os períodos interglaciais tiveram intervalos muito mais reduzidos com médias próximas de 10 mil anos.
A última glaciação acabou há cerca de 10 mil e 500 anos (ver p.e., Fig. ZJ5); assim, atendendo à média, o presente período interglacial não deverá durar muito mais tempo. Se vai persistir mais umas décadas ou uns séculos é uma matéria especulativa.
Parece, pois, inevitável o aparecimento de uma fase fria devida a factores astronómicos exteriores ao sistema climático (atmosfera, oceanos, continentes, criosfera, biosfera). As condições interglaciais satisfatórias podem estar a desaparecer.
Nos anos 1970 houve uma curta fase fria (entre 1960-1975). Nessa altura procurou-se justificar o frio com a presença de aerossóis industriais. Actualmente, pretende-se fundamentar o calor com a produção antropogénica do CO2.
Cientistas chineses (Zhen-Shan et Xian, 2007) *, aplicando uma metodologia multidisciplinar, estudaram a variação da temperatura entre 1881 e 2002 no Hemisfério Norte e na China. Encontraram variações quase-periódicas com um período indicativo de 60 anos.
Apesar da tendência de crescimento monótono da concentração do CO2, o paradigma da variação da temperatura com períodos de 60 anos apresenta crescimentos e decrescimentos intercalados, logo, não monótonos, segundo o estudo de Zhen e Xian.
Os autores chineses concluíram, pois, que a concentração atmosférica do CO2 não é determinante na variação periódica da temperatura. Para eles, o efeito da concentração tem sido exageradamente considerado na explicação da evolução climática. Este estudo concluiu que o clima deverá começar a arrefecer nos próximos 20 anos.
Aliás, esta conclusão está de acordo com a de astrónomos siberianos do Instituto de Geociências, de Irkutsk (em inglês: Earth's Crust Institute, solar-terrestrial physics institute). Estes cientistas, através do estudo dos ciclos e das manchas solares, de 1882 a 2000, deduziram que o mínimo da actividade solar deverá situar-se num ciclo de 2021 a 2026.
Daí resultará uma temperatura superficial global mínima (Bashkirtsev et Mashnich, 2003) *. Os cientistas siberianos determinaram também que a resposta da temperatura do ar aos ciclos das manchas solares está desfasada em atraso próximo de três anos para a Sibéria e de dois anos para o Globo.
Uma projecção semelhante, baseada em observações da actividade solar, foi anunciada pelo Observatório de Pulkovo, próximo de São Petersburgo, Rússia. O Prof. Habibullo I. Abdussamatov, director do Observatório, afirmou que, em vez de aquecimento, o planeta iniciará um arrefecimento lento entre 2012-2015. O valor mínimo do arrefecimento será alcançado entre 2050 e 2060.
Segundo o Prof. Abdussamatov este período de arrefecimento durará 50 anos e será comparável ao mínimo verificado na Pequena Idade do Gelo (1645-1715) quando a temperatura desceu 1 ºC a 2 ºC em relação ao valor actual (Abdussamatov, 2004; Abdussamatov, 2005; Abdussamatov, 2006) *.
Nos últimos 3000 anos observaram-se tendências para arrefecimento do clima terrestre (Keigwin et al. 1994; Khilyuk et Chilingar, 2006) *. Neste período os desvios da temperatura foram de 3 ºC com uma tendência para uma diminuição de, aproximadamente, 2 ºC.
Khilyuk e Chilingar afirmaram: «Esta tendência de arrefecimento permanecerá no futuro próximo. Vivemos num período geológico de arrefecimento e o aquecimento dos últimos 150 anos foi um fugaz episódio na história geológica da Terra». Esta afirmação está reflectida na Fig. ZJ10.
Em conclusão, não é o Homem mas sim a Natureza que domina o clima. O Protocolo de Quioto e as ideias forjadas nos relatórios do IPCC, sintonizadas com o malthusianismo, podem fazer realmente muito ruído. Mas de nada servem.
O Protocolo de Quioto vai causar muitos prejuízos nas economias e no bem-estar de milhões de pessoas. O esforço pedido aos cidadãos não pode fazer nada para alterar o clima. Será isto que todos nós descobriremos, num futuro próximo, como resultado de enormes e supérfluos sacrifícios.
(fim)
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*A bibliografia pode ser consultada no original de Zbigniew Jaworowski.
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