Trocas meridionais (4.1)
Marcel Leroux (Estocolmo, 11-12 Set. 2006, trad. Rui G. Moura)
(continuação)
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4 – Unidade aerológica do Atlântico Norte
Consideremos, a título de exemplo, a unidade de circulação do Atlântico desde o oriente das Montanhas Rochosas (Estados Unidos da América) até à Europa Ocidental, passando pelo Oceano Atlântico (Fig. ML10).
4.1 – Anticiclones Móveis Polares (AMP) e Aglutinações Anticiclónicas (AA)
A análise dos AMP que atravessaram esta vasta unidade, ao longo do período 1950-2000, revela uma clara divisão em duas áreas. A parte que fica a oeste da Gronelândia foi atravessada pelos AMP «americano/atlânticos» (70 % do total); a que fica a leste da Gronelândia foi cruzada pelos AMP «escandinavos» (30 %) - (Fig. ML11).
Os AMP americano/atlânticos (Fig. ML12) foram ejectados no noroeste do Árctico e somaram um número médio anual de 166,5. Isto é, saiu 1 AMP em cada 53 horas (1 em cada 2 dias e 5 horas).
A pressão média destes AMP foi de 1023,03 hPa (hectopascal), com um valor máximo de 1028 hPa. A duração entre a saída e a absorção numa AA foi de 6,5 dias, cobrindo uma distância de 6754 km à velocidade média de 43,5 km/h. Os valores mais elevados destes parâmetros aconteceram no Inverno.
A Fig. ML13 mostra que, independentemente do limiar de pressão, estes AMP seguiram o mesmo caminho. Quanto mais forte foram os AMP mais longe foram para Sul (Fig. ML13D).
Os AMP escandinavos (Fig. ML14) entraram nesta unidade do Atlântico através do norte do Mar da Noruega e representaram apenas uma fracção de todos os AMP pertencentes à respectiva unidade aerológica (Fig. ML10).
Voaram para leste e para o Sul através da Europa. Particularmente, dirigiram-se para o Mediterrâneo e para o Norte de África (Fig. ML15) onde forneceram os alísios continentais. O alísio continental tórrido e seco é designado por harmattan [nome árabe – NT].
Sobre a Europa, dois factores principais contribuem para a formação eventual de uma AA: a presença do relevo inultrapassável dos Alpes e a fusão de parcelas de AMP escandinavos com americano/atlânticos.
A diferença das densidades do ar de dois ou mais AMP joga um papel importante quando eles se encontram. A Fig. ML16 revela que um AMP americano/atlântico só tinha a possibilidade de se dirigir para Sul devido à barreira formada por uma AA de ar mais frio e denso existente sobre a Europa que estava a ser alimentada por AMP frios de origem escandinava.
As AA são mais frequentes no Inverno. Mas também podem ser formadas no Verão. Exemplo destas foi a de Julho - Agosto de 2003 sobre a Europa e no leste do Oceano Atlântico.
A Fig. ML17 (a sequência completa de 1 a 15 de Agosto está representada na referência bibliográfica “Leroux, 2005” abaixo citada) mostra que a canícula (dog days) está claramente ligada à chegada de vários AMP: durante o período completo fundiram-se 12 AMP, sendo 7 de origem americano - atlântica e 5 de origem escandinava.
A aglutinação de AMP fez aumentar a pressão atmosférica de superfície. A temperatura também subiu rapidamente visto que a condução do calor e a absorção do infravermelho são mais fáceis quando a pressão do ar é mais elevada e quando o ar não pode subir devido à estabilidade anticiclónica [subsidência ou pressão exercida de cima para baixo].
Nessas condições, o calor provocou uma considerável diminuição da humidade relativa. Ao mesmo tempo, o vapor de água do Atlântico e do Mediterrâneo não puderam penetrar na Aglutinação Anticiclónica. A onda de calor torna-se assim sinónimo de seca severa, embora temporária.
Tal período de canícula nada teve a ver quer com os níveis superiores [da troposfera], quer com o presumível ar quente vindo do Sul («vindo do Sara»!). E, obviamente, não teve nada a ver com o presumido efeito de estufa [nomeadamente, antropogénico].
A situação de canícula, embora satisfaça a todos os defensores das «alterações climáticas» e do «aquecimento global» para invocar imediatamente (com ímpeto) os seus pseudo-fenómenos, joga exactamente contra os argumentos falaciosos. [Isto é, a realidade refuta a fantasia das «alterações climáticas» e do «aquecimento global».]
(continua)
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Referência bibliográfica
- Leroux, Marcel (2005). Global warming, myth or reality ? The erring ways of climatology. Praxis-Springer, 509 pp.
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P.S:. Restabeleceu-se uma aglutinação anticiclónica complexa sobre a Península Ibérica que se estende a quase toda a Europa. Hoje, dia 4 de Fevereiro de 2007, as eólicas com telemedida pararam completamente (vide REN, dia 04-02-2007). É impressionante…
Esta nova estabilidade anticiclónica formou-se pouco depois das farripas de neve que caíram nos arredores de Lisboa, no dia 28 de Janeiro de 2007. Nenhum modelo clima-informático reproduz este fenómeno da Natureza.
(continuação)
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4 – Unidade aerológica do Atlântico Norte
Consideremos, a título de exemplo, a unidade de circulação do Atlântico desde o oriente das Montanhas Rochosas (Estados Unidos da América) até à Europa Ocidental, passando pelo Oceano Atlântico (Fig. ML10).
4.1 – Anticiclones Móveis Polares (AMP) e Aglutinações Anticiclónicas (AA)
A análise dos AMP que atravessaram esta vasta unidade, ao longo do período 1950-2000, revela uma clara divisão em duas áreas. A parte que fica a oeste da Gronelândia foi atravessada pelos AMP «americano/atlânticos» (70 % do total); a que fica a leste da Gronelândia foi cruzada pelos AMP «escandinavos» (30 %) - (Fig. ML11).
Os AMP americano/atlânticos (Fig. ML12) foram ejectados no noroeste do Árctico e somaram um número médio anual de 166,5. Isto é, saiu 1 AMP em cada 53 horas (1 em cada 2 dias e 5 horas).
A pressão média destes AMP foi de 1023,03 hPa (hectopascal), com um valor máximo de 1028 hPa. A duração entre a saída e a absorção numa AA foi de 6,5 dias, cobrindo uma distância de 6754 km à velocidade média de 43,5 km/h. Os valores mais elevados destes parâmetros aconteceram no Inverno.
A Fig. ML13 mostra que, independentemente do limiar de pressão, estes AMP seguiram o mesmo caminho. Quanto mais forte foram os AMP mais longe foram para Sul (Fig. ML13D).
Os AMP escandinavos (Fig. ML14) entraram nesta unidade do Atlântico através do norte do Mar da Noruega e representaram apenas uma fracção de todos os AMP pertencentes à respectiva unidade aerológica (Fig. ML10).
Voaram para leste e para o Sul através da Europa. Particularmente, dirigiram-se para o Mediterrâneo e para o Norte de África (Fig. ML15) onde forneceram os alísios continentais. O alísio continental tórrido e seco é designado por harmattan [nome árabe – NT].
Sobre a Europa, dois factores principais contribuem para a formação eventual de uma AA: a presença do relevo inultrapassável dos Alpes e a fusão de parcelas de AMP escandinavos com americano/atlânticos.
A diferença das densidades do ar de dois ou mais AMP joga um papel importante quando eles se encontram. A Fig. ML16 revela que um AMP americano/atlântico só tinha a possibilidade de se dirigir para Sul devido à barreira formada por uma AA de ar mais frio e denso existente sobre a Europa que estava a ser alimentada por AMP frios de origem escandinava.
As AA são mais frequentes no Inverno. Mas também podem ser formadas no Verão. Exemplo destas foi a de Julho - Agosto de 2003 sobre a Europa e no leste do Oceano Atlântico.
A Fig. ML17 (a sequência completa de 1 a 15 de Agosto está representada na referência bibliográfica “Leroux, 2005” abaixo citada) mostra que a canícula (dog days) está claramente ligada à chegada de vários AMP: durante o período completo fundiram-se 12 AMP, sendo 7 de origem americano - atlântica e 5 de origem escandinava.
A aglutinação de AMP fez aumentar a pressão atmosférica de superfície. A temperatura também subiu rapidamente visto que a condução do calor e a absorção do infravermelho são mais fáceis quando a pressão do ar é mais elevada e quando o ar não pode subir devido à estabilidade anticiclónica [subsidência ou pressão exercida de cima para baixo].
Nessas condições, o calor provocou uma considerável diminuição da humidade relativa. Ao mesmo tempo, o vapor de água do Atlântico e do Mediterrâneo não puderam penetrar na Aglutinação Anticiclónica. A onda de calor torna-se assim sinónimo de seca severa, embora temporária.
Tal período de canícula nada teve a ver quer com os níveis superiores [da troposfera], quer com o presumível ar quente vindo do Sul («vindo do Sara»!). E, obviamente, não teve nada a ver com o presumido efeito de estufa [nomeadamente, antropogénico].
A situação de canícula, embora satisfaça a todos os defensores das «alterações climáticas» e do «aquecimento global» para invocar imediatamente (com ímpeto) os seus pseudo-fenómenos, joga exactamente contra os argumentos falaciosos. [Isto é, a realidade refuta a fantasia das «alterações climáticas» e do «aquecimento global».]
(continua)
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Referência bibliográfica
- Leroux, Marcel (2005). Global warming, myth or reality ? The erring ways of climatology. Praxis-Springer, 509 pp.
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P.S:. Restabeleceu-se uma aglutinação anticiclónica complexa sobre a Península Ibérica que se estende a quase toda a Europa. Hoje, dia 4 de Fevereiro de 2007, as eólicas com telemedida pararam completamente (vide REN, dia 04-02-2007). É impressionante…
Esta nova estabilidade anticiclónica formou-se pouco depois das farripas de neve que caíram nos arredores de Lisboa, no dia 28 de Janeiro de 2007. Nenhum modelo clima-informático reproduz este fenómeno da Natureza.
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